12 de janeiro de 2013

Coisas que ouvi no autocarro

Ao fim de semana ando bastante de transportes públicos, geralmente de metro ou autocarro. O metro é de facto mais rápido, mas o autocarro passa mesmo à porta de casa e leva-me diretamente até à Baixa, dando-me tempo para ler uma Time Out quase inteirinha, ir espreitando pela janela e ouvir uma conversa ou outra.

Mas hoje foi demais. Na ida, uma velhota falava com uma amiga dizendo-lhe que não andava na rua à noite por causa dos assassinos, ao mesmo tempo que ia descrevendo as paredes grafitadas que via pela janela, falava mal dos aldrabões e das brasileiras, dos que fazem filhos e depois os matam (palavras dela lidas no Correio da Manhã). No regresso, uma outra senhora já um pouco mais nova descrevia a uma amigo as desgraças de outra: que tinha perdido o pai, a mãe e uma irmã, e agora uma amiga, cujo processo de falecimento descreveu ao pormenor.

Fiquei deprimida. Isto não se faz a um sábado.

5 comentários:

  1. Foi dose!!!
    Haja alegria. Bom resto de fim de semana.

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  2. As pessoas falam de cada coisa!

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  3. Ando de transportes todos os dias. Um leitor de MP3 é indispensável. De outra maneira nem conseguiria ler. Ouço cada barbaridade... :(

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  4. A minha mãe farta-se de reclamar que as jovens que partilham o autocarro com ela (que passa em frente a uma universidade) fartam-se de contar as proezas sexuais em voz alta no autocarro. Ou então fazem resumos da casa dos segredos. A minha mãe diz que qualquer dia aperta o pescoço a uma.

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