22 anos passaram sobre o massacre de Santa Cruz, em Díli

E como neste caso prefiro não falar por mim, escrevo pela minha mãe, que lá esteve uns anos depois pela AMI e que conviveu com um povo como existem muito poucos:

12 de novembro de 1991 

Nesse dia tinha havido uma missa por alma de Sebastião Gomes, um jovem membro da resistência timorense, seguida de uma romagem de cerca de 2000 pessoas à sua campa.
O exército indonésio abriu fogo sobre a população, matando no local 74, na maioria jovens, e vindo a morrer de ferimentos mais 127 pessoas nos dias seguintes.
Até 2012, a localização de muitos corpos continuava ainda desconhecida.
Muitos manifestantes foram presos, e só foram libertados na altura do referendo, que se realizou a 30 de agosto de 1999, organizado pela ONU. 80% optou pela independência. 

Quer «isto» dizer que faz hoje 22 anos que ficou viúva a cozinheira que colaborava connosco na AMI e que estava grávida, a Marquitas.

Pouco mais há a dizer.