4 de setembro de 2007

Feels like home...

Já tinha comentado há dias o meu regresso à Adraga, mas agora quero fazer um elogio àquela que é para mim a melhor praia do mundo. Já não ia lá há mais de 5 anos, penso que desde que os meus pais trocaram a casa em Almoçageme pela da Ericeira. Não que a Ericeira e Ribeira d’Ilhas não sejam fantásticas, mas a Adraga… é sempre a Adraga.


















Por que adoro esta praia:

- As recordações de infância / adolescência – aqui passei os melhores verões da minha vida. Com os meus amigos, com os meus pais, com os amigos dos meus pais, com os filhos dos amigos dos meus pais… Ao fim do dia, era difícil tirar-nos da água, quando as ondas eram maiores mas também mais perfeitas. E quando voltávamos para Lisboa, ainda antes de existir a casa de Almoçageme, a paragem na serra de Sintra para uns banhos em água gelada numa fonte bem escondida.

- O mar alteroso – é mesmo assim que gosto dele. Bravo, frio de fazer doer os ossos, com correntes fortes e inesperadas, a enrolar-nos entre espuma e areia… Só para corajosos ou para quem, como eu, o conhece bem desde criança. E mesmo assim, cuidado com ele! Lembro-me de, um dia, até o meu pai ter precisado da ajuda do «rambo» para de lá sair… Já para não falar da quantidade de vezes que os biquinis e fatos de banho nos pregavam uma partida e saíam do sítio.

- O que está escondido – na maré baixa, as rochas deixam de esconder as outras duas praias: a do cavalo, à esquerda, mínima e onde a areia nunca seca; e a «lá do fundo», não sei se tem nome, onde o nudismo passa despercebido.

- As falésias que a rodeiam – a pé, de bicicleta, de carro até romper o escape, e de jipe, muitas vezes as subi para espreitar o algar e a praia vista de cima. Um dia quem as subiu foi o Zé Gato, quando o meu pai e o meu irmão o tentaram levar à praia e o desgraçado do bicho, em pânico, trepou por ali acima assustado com a areia nas patinhas.

- O peixe do restaurante – um simples peixe grelhado regado com azeite ou molho de manteiga e uma mousse «com cheirinho» tornam perfeito um final de dia. A acompanhar, um bom vinho, na minha adolescência substituído por um Trina de pêssego que até já nem se fabrica.

- A aldeia lá em cima – Almoçageme não é só a aldeia de passagem a caminho da praia. Durante anos, lá passei todos os fins-de-semana, em casas que cada vez estavam mais perto do mar. As festas no Verão, as pequenas feiras no largo, com rifas e cassetes pirata, a banda dos bombeiros a passar.

- Os passeios de bicicleta – só pelo meio da aldeia ou por atalhos até às Azenhas do Mar, passando pela Praia Grande e pela Praia das Maçãs, os caminhos escondidos são muitos mas só para os conhece.

- O sossego – por ser longe de Lisboa, por ter poucos lugares de estacionamento, pela bravura e temperatura das águas e pelas manhãs enevoadas, a Adraga é ainda um paraíso. Só lá vai quem gosta mesmo.

- E tanto fica por dizer.

PS: Obrigada, L., por me teres lembrado que a Adraga estava aqui tão perto.

4 comentários:

sininho disse...

;)

Mary disse...

Ora bolas, agora deste-me vontade de lá voltar! Lá terá que ser, inclusive um peixinho grelhado para matar saudades :-)

Anónimo disse...

Adorei...........faz-me recuar no tempo........tb foi assim com a mesma história que passei a minha juventude........eheheheheheh

Vespinha disse...

Na mesma praia? :)