5 de junho de 2009

OK, eu conto como foi Nova Iorque... mas ainda ficará tanto por dizer...

A pedido de muitas famílias (e acima de tudo da minha...), aqui vai a reportagem sobre os meus 7 dias em Nova Iorque. Parece muito mas é pouco, porque ainda ficará outro tanto por contar e por mostrar. Como sou muito organizadinha, arrumei tudo por tópicos, assim podem saltar logo para a parte que mais vos interessar.

And that's all, folks!

O melhor

- os esquilos – há-os em todos os parques, sem medo das pessoas e muitíssimo atrevidos. Vi-os muito de perto em Washington Square Park, onde quase já conhecem os transeuntes pelos nomes.

- a ponte de Brooklyn – tão cinematográfica que ao passar por cima tive dúvidas se não estaria numa sala de cinema em Lisboa…

- os preços – com o dólar a €0,71, as compras tornam-se mesmo um vício, porque tudo fica ao preço da chuva. Livros, sapatos, malas, ténis, tecnologia… só mesmo a comida escapa à regra.

- a simpatia no comércio – nunca, mas nunca tinha sido tão bem tratada em tantas lojas seguidas. Seja ou não uma simpatia genuína, a verdade é que ao entrar na maioria das lojas nova-iorquinas temos sempre alguém com um sorriso a dar-nos as boas-vindas e a colocar-se à nossa disposição. Depois, deixam-nos à vontade para vermos o que quisermos, e no final ainda nos desejam um bom dia.

- os museus – só fui a 4, cada um tão diferente do outro. O Guggenheim vale essencialmente pelo edifício e de algumas obras de arte moderna. O de História Natural e o Metropolitan, pela diversidade e quantidade de espólio (pergunto-me eu onde terão arranjado tantas dezenas de peças de cerâmica grega dos períodos vermelho e negro…). O MoMA, pelo edifício e pela coleção. Foi sem dúvida o meu preferido, com uma coleção de arte moderna e contemporânea que preenche quase todo o meu imaginário.


O pior- a comida – ou foi muito azar ou pouca pontaria, a verdade é quer foi muitíssimo difícil comer bem em NY. Aliás, a hora da refeição tornava-se frequentemente um momento de stress, tal era a dificuldade em encontrar algo de jeito para comer. Conseguimos desenrascar-nos em Little Italy, vá lá saber-se porquê, e pouco mais.

- a obesidade – nunca vi tantos obesos em toda a minha vida, miúdos e graúdos, homens e mulheres, corpos que sem dúvida facilmente ultrapassarão os 200 kg. Acredito que deve ser difícil ser magro em NY, com tantas solicitações e doses hercúleas. No entanto, grande parte dos estabelecimentos tem também exposto o número de calorias para cada refeição. Pergunto-me para quê.

- o cheiro e o lixo em algumas ruas – em NY não se recicla, e todos os dias se vê montes de sacos de plástico à beira das ruas à espera que alguém os vá buscar.

- os mendigos – são muitos, veem-se sobretudo à noite, e com um tipo de miséria mesmo muito miserável.

- Chinatown – pode ser muito típico, mas o que me ficará na memória será o mau cheiro e a água do peixe a escorrer pelos passeios.


As maiores surpresas
- a rapidez em arranjar um táxi – é mesmo como nos filmes, basta esticar o braço e um dos 100 000 táxis nova-iorquinos para à nossa frente.

- Ellis Island – uma ilha onde não pretendia ir e que me surpreendeu à grande. Porta de entrada de milhões de imigrantes nos EUA entre o final do século XIX e o início do XX, funciona agora como um museu vivo onde todo o processo de chegada está bem documentado.

- as luzes em Times Square – sabia que era um dos centros do mundo, mas nunca me tinha apercebido do ponto a que chega. Em Times Square, cruzam-se todas as pessoas de todas as idades de todas as raças. Em Times Square à noite é dia. Em Times Square nunca estamos sozinhos.

- o gigantismo de algumas lojas – surpreenderam-me sobretudo o Toys’r’us, com uma espécie de roda gigante lá dentro, e a megastore da M&M’s

- a excentricidade das viaturas – se cá pouquíssimos Hummers vejo, em NY até os há em versão limusine.


As maiores desilusões
- a zona de Wall Street – julgava-a mais grandiosa, mas achei toda esta zona uma confusão arquitectónica, com edifícios altos e baixos, novos e velhos, ruas estreitas e sinuosas mas sem charme. Surpreendeu-me apesar de tudo a dimensão exterior do edifício da Bolsa.

- a estátua da Liberdade – pequenina, pequenina.

- a sede da ONU – também a julgava bem maior, talvez num terreno mais amplo… mas em NY amplitude só mesmo em Central Park.

- a falta de bons caminhos para bicicletas em Central Park – ao contrário do Tiergarten, em Berlim, em Central Park há poucos sítios onde se possa circular de bicicleta, o que contraria a existência de tantas empresas de aluguer.

- o Paramount Hotel – apesar de extremamente bem localizado e de ter o design de Philippe Starck, não perdoo o facto de as zonas comuns estarem em obras.


O que vi mas que quero explorar melhor numa próxima oportunidade: SoHo, Greenwich Village.


O que não vi e que também fica para a próxima: Harlem, Brooklyn, Queens, Coney Island.

9 comentários:

Mary disse...

Subscrevo tudo menos a facilidade em arranjar táxis... acredita que tiveste muita sorte, "só" isso!

Vespinha disse...

A sério? É que foi sempre mesmo TÃO fácil!

Vespinha disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Margarida disse...

Saciaste-me:) Fiquei com saudades de Nova Iorque, deve ser bom lá viver...

Cookie disse...

Que relato organizado, sim senhora!!!
Não conheço :-((( Ainda!!! ;-)

Anónimo disse...

foste ao serendipity (café)?

PSousa disse...

Amiga,

isto devia ser o princípio de um guia para turistas...

Senti-me quase «lá»

Obrigado pela partilha!

Bj

Mariana disse...

O ano passado estive 12 dias em NY, e o teu post fez-me ter saudades! Este ano espera-me fazer o costa a costa! :)

Vespinha disse...

Voltava lá IMEDIATAMENTE!