13 de dezembro de 2010

Para homens de barba rija

Logo na primeira cena tive de fechar os olhos. Mas depois fiz um esforço e acompanhei tudo até ao fim.

Numa prisão de Zamora, um futuro guarda prisional quer conhecer melhor o espaço um dia antes de começar. Enquanto faz uma ronda com os futuros colegas, ainda vestido à civil, um motim explode entre os prisioneiros mais perigosos. Na precipitação da fuga, Juan Oliver fica para trás e, para sobreviver, tem de fingir que é um assassino acabado de prender.

A partir daqui é um jogo de nervos, o confronto e depois a cumplicidade com Malamadre, o líder da prisão. E o braço-de-ferro com as autoridades por melhores condições lá dentro, fazendo-se valer de terem como reféns 3 presos políticos da ETA.

Cela 211, realizado por Daniel Monzón, ganhou 8 dos prémios Goya, entre eles o de melhor realizador, melhor realizador, melhor actor principal, melhor actor revelação e melhor argumento. E tem ainda o mérito de grande parte dos figurantes serem prisioneiros a sério. Extremamente realista, extremamente bem realizado, extremamente bem representado.


PS: Alguém me ajuda a identificar quem me faz lembrar o Malamadre?

1 comentário:

sininho disse...

é o pedro abrunhosa com um nariz emprestado...