28 de agosto de 2011

E voltámos sem comprar os kilts...

Agora que já estou de férias outra vez, e antes de partir para nova viagem, posso finalmente contar como foi a primeira parte das minhas férias. Sete dias na Escócia, com um grupo de três pessoas das mais diferentes que há: um bonacheirão que não se chateia com nada e que diz piadas do melhor, uma boémia que vai alegre para todo o lado e que acha graça a todas as piadas, uma pilha elétrica que adora tirar fotografias engraçadas mas que não acha graça a quase nenhuma das piadas, e uma que faz birra quando não tem o que comer ou quando está com sono (= eu). E não é que, quase inexplicavelmente, tudo correu bem? E a Escócia? Bem, a Escócia...

Na ilha de Skye
... ultrapassou as expectativas porque:
 nas Highlands, as paisagens são majestosas, de cortar a respiração e impossíveis de reproduzir em qualquer fotografia;
 tirei a barriga de misérias no que a animais diz respeito: ovelhas a perder de vista em qualquer tipo de terreno (brancas, brancas de cara preta e totalmente pretas); vacas de franja; raposas em plena Edimburgo a atravessar a rua durante a noite; bandos de veados a correr ao longe; e gatos domésticos grandes e meigos como nunca vi;
 os condutores escoceses são do mais cívico que há. Não há um, atenção, um único, que não agradeça ao cederem-lhe passagem;
  o whisky tomado junto à «fonte» tem de facto outro sabor, neste caso a destilaria do Glenfiddich, onde fomos extremamente bem recebidos sem pagar um cêntimo.

Edimburgo, Victoria Street
... cumpriu as expectativas porque:

fez sol quando tinha de fazer sol e choveu quando tinha de chover. Acho que ninguém se importaria de, como nós, ter apanhado um dia inteiro de chuva na zona de Loch Ness. Porque assim ganha outro encanto;
  as cidades são sensivelmente aquilo que esperava delas: Edimburgo é muito bonita, apesar de não ter ficado no meu top 3; Aberdeen uma perda de tempo; Inverness bonita mas não memorável; Stirling com algum encanto mas com um ambiente péssimo;
  as vilas e aldeias são como a maioria das vilas e aldeias quando se sai de Portugal: cuidadas e com alma.







Hairy cow
... ficou aquém das expectativas porque:
   num país com tanto gado bovino e com tanta costa, não se percebe porque é que comer um bife é tão caro e porque é que bom peixinho nem vê-lo, a não ser embrulhado numa bela crosta de massa frita. Querida comida mediterrânica...;
  comer qualquer coisa decente em condições decentes depois das nove/dez da noite é missão (muito) difícil. Na primeira noite, em Edimburgo, a alternativa às onze e meia da noite foi comer uma sandes de pita num beco infecto porque o único snack-bar aberto entretanto já estava a fechar;
  arranjar alojamento sem reservar é uma dor de cabeça, que nos levou a alguns dos hostels mais inconcebíveis e descuidados onde já fiquei até hoje.




PS: Amanhã, um best of de imagens.

3 comentários:

Cristina Torrão disse...

Eu também adoro a Grã-Bretanha. Embora não conheça a Escócia, já estive várias vezes em Inglaterra e uma no País de Gales. Mas é verdade que há sempre problemas com a alimentação e o alojamento. Costumo dizer que as únicas coisas que se salvam são o chá, as bolachas e os bolos (e algumas sanduiches que servem com o chá).

P.S. Parabéns pelo novo visual, muito bom :)

Vespinha disse...

E os scones, sim, os scones... :)

Cristina Torrão disse...

Ah, claro, esqueci-me de os nomear extra. Mas merecem, sim! :)