19 de setembro de 2014

Nada a temer, de Julian Barnes

Para comprar este livro,
clicar aqui.
Este livro não é um romance. Mas também não é só um ensaio. Nem só uma autobiografia. É um livro de reflexões sobre a morte, em que Julian Barnes relata os primeiros contactos que teve com a mesma, o motivo por que às vezes a teme, as discussões que tem com o irmão filósofo acerca dela.

É um livro cheio de reflexões de outros sobre a morte, escritores, cientistas, religiosos, filósofos. Cheio de tipos de morte. Cheio de últimas palavras na hora da morte. Cheio de dúvidas sobre o que deixamos depois da morte. Não é um livro fácil, é preciso concentração (muita) para seguir alguns dos raciocínios, e também não é um livro que tenha resolvido o meu medo da morte, como se anuncia na capa. Mas é um livro que nos mostra a morte através de outros olhares, que equaciona a existência ou não depois da morte, que retrata crentes, ateus e agnósticos e as vantagens de cada um.

A primeira frase do livro diz muito do que vamos ler: «Não acredito em Deus, mas sinto a Sua falta.» Uma posição que, estando próxima do ateísmo, abre as portas para o resto. Eu, que acho que me encontro entre o agnóstico e o crente, acho que vale a pena lê-lo. Mas com concentração e paciência.

Sem comentários: