A livraria do
Diário de Notícias estava localizada numa das zonas mais nobres de Lisboa, na esquina do Rossio com a rua do Ouro. Há uma meia dúzia de anos foi alugada por um grupo editorial, que lhe retirou o clássico letreiro com letras garrafas azuis e que mudou também a caixilharia das montras e das portas. Entretanto, o espaço voltou a mudar de mãos, agora para a Feira dos Tecidos. Uma desgraça. Ao olhar hoje para ela, com portas e montras de PVC branco e um letreiro banal, quem diria o que foi há bem poucos anos?
Nota: E está este espaço catalogado no Inventário Municipal de Património!
A original:
O entretanto:
Hoje:
12 comentários:
É tão feio.
Como permitiram uma coisa destas, é que não se entende.
Feira de roupa na baixa pombalina.
Fico doente cada vez que ali passo...
Até tenho vergonha de lá passar!!!
Portugal a morrer aos poucos...
é mau demais :(
Muita gente passava lá, mas pouca entrava para comprar livros...
Os culpados somos nós!
José Santos, concordo inteiramente contigo.
Ainda assim, não se percebe que raio de arquitecto engendrou tamanha aberração e que raio de arquitecto a aprovou. A mudança de ramo é uma fatalidade incontornável, porque o DN não é o Estado e não pode ser censurado por não querer custear do seu bolso a manutenção de um fetiche estético nostálgico incapaz de gerar receitas par ase sustentar, mas permitir ao novo "dono" afrontarnos com este horror, já é uma atribuição da Administração Local que não tem desculpa.
Não concordo que os culpados sejamos nós, um estabelecimento como aquele, sobretudo catalogado no Inventário Municipal, devia persistir com as suas cartacterísticas originais independentemente do tipo de negócio praticado. Acho que a culpa será, sim, de quem teve a ideia e de quem deixou que ela se concretizasse.
Um dos muitos sinais da leviandade da Administração Pública, ou da falta de estética e cultura que a anima e nos desanima...
Fico doente cada vez que ali passo porque as asneiras sucederam vertiginosamente e o projeto era excelente. Podia perfeitamente ter-se mantido igual com a venda de roupa. Mas também é divertido ver como damos por nós a defender uma fachada de azulejos amarelos, com caixilhos azuis e letras gigantes de plástico. Além da destruição massiva da estrutura do edifício.
Bruno Tinoco
Tens razão, Bruno, nisso dos azulejos e do néon. Mas tonaram-se um clássico e agira desapareceu... :(
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