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Depois de alguns encontros e desencontros ao longo dos anos, Frederik e Cati envolvem-se numa relação muito próxima, assombrada por algo de que nunca se livrarão (mas de cujo peso se libertarão): Cati e o filho de quatro anos são seropositivos. Apesar de estarem estáveis, o vírus está entranhado nas suas vidas, condicionando uma boa parte delas.
Apesar de ter um traço um pouco rude, Peeters transmite muito bem as emoções patentes nas personagens que são também a sua vida, pois a obra é autobiográfica. Vemos o amor na sua cara, vemos o medo, o cansaço e a preocupação no olhar de Cati, vemos a inocência na expressão do miúdo. E quase conseguimos ouvir os seus berros quando se assusta, ou o barulho da tesoura quando Cati corta o cabelo a Frederik enquanto conversam.
É uma história muito bonita, que tem ainda o poder de nos ensinar imenso, desmistificando as limitações que julgamos que o VIH impõe e abrindo horizontes para uma vida normal.
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