Aos 20 e poucos anos, Caitlin decidiu seguir uma carreira que lhe permitiria compreender melhor algo que a perseguia desde a infância, quando vira uma criança a cair e a morrer num centro comercial: a morte e a nossa relação com os mortos. Tornou-se funcionária numa casa mortuária, mais em concreto responsável pelo crematório (nos EUA estes funcionam nas «funeral homes» e não nos cemitérios).
Sempre com respeito pelos mortos, faz descrições desassombradas dos corpos e de toda a panóplia de intervenções a que são sujeitos, desde a morte ao enterro ou cremação, passando pelo embalsamamento ou embelezamento, muito popular nos EUA. Mas fá-lo muitas vezes num tom crítico, dando por si a defender um destino do corpo o mais natural possível. E a decidir que, quando chegar a sua hora, quererá um funeral «verde» ou «natural», algo infelizmente ainda não praticado em Portugal mas que seria também o que quereria para mim.
Gostei muito deste livro.
2 comentários:
Existe a Capsula Mundi em Itália que se pode encomendar on-line. Uma urna biodegradável do tamanho de um ovo grande, que é enterrada, com uma arvore por cima...Ecológico e simbólico.
Mas cá onde a podes enterrar?
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