10 de janeiro de 2020

Cosmópolis, de Don DeLillo

Não gostei deste livro de Don DeLillo, apesar de ser considerado um clássico do autor e até ter sido adaptado para o cinema por David Cronenberg.

Tudo se passa em menos de 24 horas, em que o milionário Eric Packer, dentro da sua limusina, percorre as ruas de Manhattan num dia particularmente agitado, marcado pela visita do presidente à cidade, por protestos antiglobalização e pelo funeral megalómano de um rapper conhecido. Dentro da sua limusina, acompanhada da parte de fora seu pelo corpo de guarda-costas a pé, Eric faz negócios graças aos seus múltiplos ecrãs, recebe funcionários das suas empresas e até é observado pelo seu médico, uma rotina diária de que não abdica.

De vez em quando, sai. Para se encontrar com uma ou outra amante, porque viu a recém-mulher a passar na rua, para comer qualquer coisa ou para participar infiltrado numas filmagens. Mas lá dentro vai perdendo a sua fortuna de forma voluntária, numa queda que acompanha o percurso da limusina na descida pela ilha.

Para além da decadência, que é o que torna o livro interessante, achei-o enfadonho, cheio de reflexões que tive dificuldade em acompanhar. Este é um daqueles casos em que, se tivesse visto o filme antes, talvez tivesse algo a ganhar.

Sem comentários: