1 de outubro de 2007

Transparente

Não é só um excelente escritor, é também uma excelente pessoa, bem com os outros e bem com a vida.

Há muitos anos que gostava de Richard Zimler (da sua escrita, entenda-se), desde que lançou O Último Cabalista de Lisboa. É curioso porque é um livro escrito nos Estados Unidos, em inglês, e que não conseguiu publicação em nenhuma editora norte-americana. Foi em Lisboa que uma editora (na altura a Quetzal) apostou no livro, e ainda bem. Porque a sua escrita é excelente, comovente e rigorosa no que à História diz respeito.

Passados uns anos li Goa ou o Guardião da Aurora e, mais recentemente, À Procura de Sana. O ano passado, no âmbito do curso de escrita que fiz no Corte Inglês, tive a sorte de o conhecer, numa conversa que teve com os participantes e onde mostrou que é alguém humilde e cheio de valor, muito agradecido ao público que o segue. Adorei a forma como falava, como gesticulava, como hesitava na construção de algumas frases.

A semana passada fui ao lançamento de A Sétima Porta (onde se deu a tal cena do «um» beijinho…). Mais uma vez fiquei impressionada com a tranquilidade de Zimler, que contou a forma como se reconciliou com a cidade de Berlim (porque se apaixonou por alguém cujos pais lá viviam). Mas, acima de tudo, impressionou-me a forma como agradeceu com toda a naturalidade e comoção ao seu companheiro de há 29 anos, Alexandre Quintanilha. Oxalá todas as relações fossem claras e transparentes como a sua.

4 comentários:

Anónimo disse...

pois...

Mary disse...

Fiquei com curiosidade de ler um livro dele (quando tiver tempo, o que não deve ser tão cedo, mas enfim)... qual recomendas, para começar?

Vespinha disse...

Sem dúvida O Último Cabalista... Posso emprestar-to, autografado e tudo!

Anónimo disse...

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