25 de janeiro de 2013

As raparigas que sonhavam ursos, de Marco Lanagan


A capa engana, ai engana mesmo e muito. Duas raparigas abraçadas a um urso que parece de peluche e o prémio World Fantasy Award 2009 levariam muita gente a equacionar escolher este livro para oferecer a um adolescente. Engano!

Eu gostei do livro, mas nele fala-se de e mostra-se incesto, zoofilia, violação e bruxaria. O lugar é indefinido, uma pequena vila talvez medieval. O tempo são vários, um criado pela imaginação em que uma mulher vive numa casinha num bosque com as suas filhas, isoladas de todos os perigos; e outro, paralelo, em que a vida decorre numa vila normal, com pessoas boas e pessoas más, com uma realidade com que as duas filhas só tomarão contacto já na adolescência. 

Pelo meio, há ursos que se relacionam com as três mulheres, uns com boas, outros com más intenções. Há pássaros que se transformam em joias. Há um lobo com feitio de cão que me fez chorar com saudades da minha Twiggy. 

São mais de 400 páginas, com ritmo variável e algumas um pouco difíceis de passar. Mas, numa avaliação geral, aconselho este As raparigas que sonhavam ursos, de Margo Lanagan, nem que seja por ser um livro bastante diferente do que tenho lido e por pertencer ao âmbito do fantástico, que não costumo escolher. Mas, sublinho, é para adultos. Sem dúvida.

4 comentários:

Fashionista disse...

parece ser o meu género.

Luisa disse...

Lá está, não devemos julgar um livro pela capa.

Vespinha disse...

Eu às vezes compro pela capa e não me arrependo. Este foi-me oferecido.

Anónimo disse...

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