31 de agosto de 2011

Que caia e parta (pelo menos) os dentes da frente...

... à besta que há cerca de duas horas me roubou a bicicleta estacionada ao pé da gare do Oriente. Não porque ela valesse muito, porque não valia; não porque fosse de uma marca xpto, porque não era; apenas porque era minha, já tinha sido do meu pai, e foi minha companheira nos tantos passeios que adoro dar. Esta não perdoo.

30 de agosto de 2011

Fascínio


E é tão simples fazer duas crianças felizes.

Scotland fave pics

Voltei com a cabeça cheia de belas imagens, daquelas impossíveis de registar, mas estas são algumas que, ao vê-las, me permitem aproximar um bocadinho mais do que vivi:







28 de agosto de 2011

E voltámos sem comprar os kilts...

Agora que já estou de férias outra vez, e antes de partir para nova viagem, posso finalmente contar como foi a primeira parte das minhas férias. Sete dias na Escócia, com um grupo de três pessoas das mais diferentes que há: um bonacheirão que não se chateia com nada e que diz piadas do melhor, uma boémia que vai alegre para todo o lado e que acha graça a todas as piadas, uma pilha elétrica que adora tirar fotografias engraçadas mas que não acha graça a quase nenhuma das piadas, e uma que faz birra quando não tem o que comer ou quando está com sono (= eu). E não é que, quase inexplicavelmente, tudo correu bem? E a Escócia? Bem, a Escócia...

Na ilha de Skye
... ultrapassou as expectativas porque:
 nas Highlands, as paisagens são majestosas, de cortar a respiração e impossíveis de reproduzir em qualquer fotografia;
 tirei a barriga de misérias no que a animais diz respeito: ovelhas a perder de vista em qualquer tipo de terreno (brancas, brancas de cara preta e totalmente pretas); vacas de franja; raposas em plena Edimburgo a atravessar a rua durante a noite; bandos de veados a correr ao longe; e gatos domésticos grandes e meigos como nunca vi;
 os condutores escoceses são do mais cívico que há. Não há um, atenção, um único, que não agradeça ao cederem-lhe passagem;
  o whisky tomado junto à «fonte» tem de facto outro sabor, neste caso a destilaria do Glenfiddich, onde fomos extremamente bem recebidos sem pagar um cêntimo.

Edimburgo, Victoria Street
... cumpriu as expectativas porque:

fez sol quando tinha de fazer sol e choveu quando tinha de chover. Acho que ninguém se importaria de, como nós, ter apanhado um dia inteiro de chuva na zona de Loch Ness. Porque assim ganha outro encanto;
  as cidades são sensivelmente aquilo que esperava delas: Edimburgo é muito bonita, apesar de não ter ficado no meu top 3; Aberdeen uma perda de tempo; Inverness bonita mas não memorável; Stirling com algum encanto mas com um ambiente péssimo;
  as vilas e aldeias são como a maioria das vilas e aldeias quando se sai de Portugal: cuidadas e com alma.







Hairy cow
... ficou aquém das expectativas porque:
   num país com tanto gado bovino e com tanta costa, não se percebe porque é que comer um bife é tão caro e porque é que bom peixinho nem vê-lo, a não ser embrulhado numa bela crosta de massa frita. Querida comida mediterrânica...;
  comer qualquer coisa decente em condições decentes depois das nove/dez da noite é missão (muito) difícil. Na primeira noite, em Edimburgo, a alternativa às onze e meia da noite foi comer uma sandes de pita num beco infecto porque o único snack-bar aberto entretanto já estava a fechar;
  arranjar alojamento sem reservar é uma dor de cabeça, que nos levou a alguns dos hostels mais inconcebíveis e descuidados onde já fiquei até hoje.




PS: Amanhã, um best of de imagens.

29 ways to tay creative


É por ainda me faltar seguir tantos destes princípios que já me inscrevi nas TEDxEdges em outubro. 

27 de agosto de 2011

Middlesex, de Jeffrey Eugenides

Como será nascer menina, crescer rapariga e, na adolescência, descobrir que afinal se é rapaz?

A partir da história de um hermafrodita, que a narra na primeira pessoa, Jeffrey Eugenides conta a história de três gerações, desde os avós nascidos na Grécia e emigrados, passando pelos pais nascidos e criados já numa América industrial, e terminando em Calliope/Cal, fruto de uma imensa miscelânea genética. As dúvidas e estranhezas durante o crescimento de Cal cruzam-se com a evolução da vida dos avós e dos pais, num mundo em que o política e religiosamente correto fica de lado. Como na vida real, portanto.

Middlesex valeu a Eugenides o Prémio Pulitzer em 2003 e percebe-se porquê. Não é um dos livros da minha vida mas é, sem dúvida, um must-read.

26 de agosto de 2011

Fica o registo


Dez mil quilómetros em ano meio e sem praticamente um arranhão. Mas é melhor ficar caladinha, não vá o diabo tecê-las...

24 de agosto de 2011

408 horas

N.º de horas de férias para gozar durante os próximos dias, a partir de amanhã à noite. Para viajar, rir, reencontrar, dormir, beber, brincar, ler, comer, comprar, passear, escrever, mergulhar, visitar, jogar, guiar, esplanar, fotografar, festejar, aproveitar.

Sweet nothings, John William Godward, 1904

20 de agosto de 2011

Os velhos são lixo?

Temos uma m**** de sistema de saúde em que, por um doente ter mais de 80 anos, não se intervém ativamente quando este entra no hospital em coma com fortes suspeitas de um AVC. Segundo o protocolo, as primeiras 4 horas são cruciais. Já lá vão 48 e a intervenção tem sido mínima, sem monitorização permanente, num hospital em que o fim de semana é feito sem médicos à exceção dos que estão de banco.

Revolta e vergonha. Não consigo encontrar mais palavras para esta falta de humanismo.