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27 de janeiro de 2020

Auschwitz: 75 anos de lbertação



Foi a 27 de janeiro de 1945 que o campo de concentração e extermínio de Auschwitz, e a sua extensão de Birkenau, foi libertado pelo Exército Vermelho.

Quando lá chegaram, restavam apenas 7500 prisioneiros, uma vez que desde outubro anterior toda a população vinha sendo executada, deportada para outros campos (na chamada Marcha da Morte, com 60 000 pessoas) e a maior parte das provas destruídas, devido à aproximação das tropas soviéticas.

Mas o local ficou, assim como muitas das suas estruturas, que nos permitem testemunhar hoje as atrocidades de que os seres humanos são capazes.

31 de outubro de 2019

As gémeas de Auschwitz, de Eva Mozes Kor

Desde que tenho gémeas que agarro tudo o que tenha gémeos pelo meio, e este livro tem a vantagem de abordar o Holocausto, tema que sempre me interessou bastante. Já sabia que o doutor Mengele tinha uma fixação por gémeos, com os quais podia fazer experiências sempre com diferentes variáveis disponíveis, mas não sabia em concreto que tipo de coisas fazia, e que quando um gémeo morria o outro deixava de ter préstimo.

Mas, à parte uma pequena percentagem do livro que aborda estas experiências, é mais uma história de sobrevivência, neste caso em concreto de uma criança de 10 anos que se reveza para sobreviver e manter viva e motivada a sua irmâ gémea.

Eva Mozes Kor dedicou o resto da vida a divulgar a sua história, fundando inclusive a CANDLES (Children of Auschwitz Nazi Deadly Lab Experiments Survivors) e um museu do Holocausto em Indiana, EUA.

Resumindo, é mais uma história interessante mas que não acrescenta muito de novo ao que já sabia sobre Auschwitz. Mas bom para quem está a começar a entrar no tema.

9 de novembro de 2018

Em Berlim, duas datas que vale a pena recordar

Há 80 anos, em 1938: a Kristallnacht (Noite de cristal), quando mais de mil sinagogas e centenas de estabelecimentos de judeus foram destruídos, quase cem judeus foram espancados até à morte e mais de  20 mil levados para campos de concentração. Era o início da «solução final».


Há 29 anos, em 1989: a queda do Muro, construído em 1961, símbolo da bipolarização do Mundo durante a Guerra Fria. Era o início da Alemanha unida e de um Mundo mais livre.


11 de junho de 2018

O diário de Anne Frank - Diário Gráfico


O Diário de Anne Frank - Diário GráficoGostei muito desta versão gráfica do diário de Anne Frank, por vários motivos.

Em primeiro lugar, porque à partida sou fã de novelas gráficas, de como se pode transformar um romance ou um diário num livro de «banda desenhada».

Em segundo lugar, porque a adaptação gráfica de um diário é muito difícil, e esta está muito bem feita, conseguindo condensar vários momentos do original sem o desvirtuar. Além disso, os autores (Ari Folman e David Polonsky) tiveram a humildade de, sempre que a imagem não era suficiente, simplesmente transcreverem algumas palavras do diário original.

Em terceiro lugar, porque realça alguns aspetos que no diário estão um bocadinho mais escondidos mas que não deixam de ser importantes, como a relação conflituosa que Anne tinha com a mãe.

Em quarto lugar e último lugar, porque a arte está muito bonita, com personagens bastante realistas e cores muito adequadas ao ambiente.

Este livro não é para crianças, o que não impede que a partir da adolescência possa (e deva) ser lido. A história de Anne é trágica, cheia de esperanças e angústias, e os desenhos não escondem isso. Belo livro.

21 de julho de 2017

Nós os quatro, quatro dias

O meu Pai, eu, a minha irmã e o meu irmão, numa viagem planeada pelo meu Pai para conhecermos parte das nossas raízes e, sobretudo, para estarmos os quatro juntos. A Terceira será a nossa casa, aquela que já o foi dos nossos antepassados.


Nota: As bebés ficarão muito bem entregues com a minha Mãe, que faz jus à expressão de que uma avó é duas vezes mãe.

12 de julho de 2017

E a história repete-se

Disse-me a minha Mãe que em pequenos tivemos um brinquedo igualzinho, oferecido pela minha avó paterna, a Avó Luisa, e agora é a minha Mãe que a oferece às minhas filhas. É da Tupperware, a bola de atividades Shape-O, comercializada com a mesma forma há mais de 50 anos. E de facto, quando abri a caixa, algo na minha memória apitou. Só desejo que contribua para trazer às minhas filhas uma infância tão feliz quanto a que eu tive.

25 de abril de 2016

42 anos

A minha idade e os anos de democracia em Portugal. Benditos todos os que lutaram por ela.

1 de fevereiro de 2016

Fukushima cinco anos depois

Em março de 2011, um acidente nuclear na cidade japonesa de Fukushima obrigou à evacuação de cerca de 300 mil pessoas de uma zona que ainda hoje se encontra radioativa. Mas a Natureza não para, e vai fazendo o seu trabalho.

Estas imagens foram captadas pelo fotógrafo polaco Arkadiusz Podniesinski em finais do ano passado, quando conseguiu autorização para entrar na zona de exclusão. O trabalho de Podniesinski, tendo sempre como cenário locais abandonados, devido a desastres não (Chernobyl, Pripyat, Kolmanskop...), pode ser visto no seu site Uncovering hidden world.

Veículos abandonados perto da central.
Corredor de um antigo supermercado.
Ruínas da escola primária.
O interior de um centro comercial.
Computadores num escritório cobertos de excrementos de pássaros.
Sala de aula abandonada.
Sala de jogos a ganhar camadas de pó.
Sacos contendo solo contaminado.

9 de novembro de 2015

6 de novembro de 2015

Os sismos explicados às crianças

Este filme de animação já tem alguns anos, mas achei que fazia sentido relembrá-lo aqui, depois de no domingo terem passado 260 anos sobre o grande terramoto de Lisboa.

Fazia parte da série Tinoni e Companhia, tem voz de António Feio, e explica de forma leve e divertida o que é um sismo e o que se deve fazer quando acontece. Acho que todos os miúdos o deviam ver.


20 de outubro de 2015

O perdão

A 13 de maio de 1981, na Praça de São Pedro no Vaticano, o Papa João Paulo II foi atingido por quatro balas disparadas pelo turco Mehmet Ali Agca.


Agca, fugido da prisão na Turquia onde tinha sido condenado a prisão perpétua por ter assassinado um jornalista, foi novamente preso em Itália, com igual sentença. A 28 de dezembro de 1983, João Paulo II visitou-o na cadeia e perdoou-o. Mais tarde, em 2000, pediu a sua libertação.


Agca regressou à Turquia para cumprir a pena de que tinha fugido, converteu-se ao Cristianismo e em 2010 foi finalmente libertado. A 27 de dezembro de 2014, voltou a Roma para depositar rosas brancas no túmulo do Papa.

19 de outubro de 2015

Buzzer, gato-modelo 1912-1916

Em inícios do século XX, Arnold Genthe, famoso fotógrafo alemão a trabalhar num estúdio em Nova Iorque, decidiu usar o seu gato Buzzer em muitos dos retratos de senhoras. Porque, segundo ele, o bicho punha-as mais à vontade, «originando imagens mais naturais e menos ensaiadas».


Ora vejam:





24 de agosto de 2015

Museu do Aljube


Há quatro anos, fui à antiga prisão do Aljube ver a exposição A voz das vítimas, sobre os perseguidos pelo Estado Novo. A exposição estava excelente, e na altura achei que toda a gente a devia ir ver, apesar de temporária.

Pois agora já o podem fazer. Inaugurado no dia 15 de abril deste ano, o Museu do Aljube mostra tudo aquilo que eu vi na exposição e muito mais. Na verdade, é praticamente uma história de grande parte do século XX português. Ficamos a saber mais sobre os fascismos em geral, quase tudo sobre o Estado Novo, o colonialismo e a luta anticolonial, o que era viver na clandestinidade, como eram tratados e interrogados os presos políticos (esta parte é particularmente impressionante), as grandes mas raras fugas e finalmente os caminhos que levaram à liberdade.

Algumas informações úteis:
- a entrada é discreta e faz-se de lado, e não na rua principal (na fotografia abaixo, no recanto logo a seguir à escadaria). Não caiam no erro de, como eu, começar a protestar enquanto pensei que estava fechado;
- não percam a vista da cafetaria no quarto andar, uma perspetiva diferente da dos outros miradouros;
- não se paga entrada!


Nota: Se puderem, não percam a exposição temporária que agora lá está: Manifestação - Um direito. Muito completa e a prova de que, ao contrário de hoje, os portugueses andavam com muito mais energia para fazer valer os seus direitos.

7 de julho de 2015

Maria Barroso. Teremos saudades


Tinha este tópico agendado para hoje de manhã, escrito ontem à noite quando Maria Barroso ainda estava vivo. E acabo de saber que o primeiro parágrafo já não faz sentido, mas publico-o na mesma. Obrigada, Maria Barroso.

«Desde o dia 26 de junho, quando soube da sua entrada em coma, que todos os dias tenho um bocadinho de esperança de ouvir que o estado desta senhora não seja de facto, como dizem, irreversível. Não apenas porque simpatizo muito com aquela figura pequenina, mas sobretudo pelo serviço que, quase sem se notar, prestou à democracia no nosso país. Uma humanista no verdadeiro sentido do termo, uma mulher que não teve medo, que casou por procuração com o marido na cadeia, que não teve vergonha em se virar para a Igreja quando o filho esteve à beira da morte, que sabia manter uma posição quando acreditava nela e alterá-la quando percebia que não tinha razão.

Tomara grande parte das repúblicas terem uma primeira-dama como ela.»

No regresso do exílio em abril de 1974.
Uma grande senhora entre grandes senhores. 
Nos tempos de primeira-dama.
Sempre na linha da frente.
Tempos felizes que já não voltam.

1 de junho de 2015

Cartas de crianças a Salazar


Recomendo vivamente a leitura deste artigo da Sábado, publicado ontem online, sobre cartas que crianças enviaram a Salazar, sempre a pedir qualquer coisa: proteção para os exames que vão fazer ou para intervenções cirúrgicas, melhores empregos para os pais, intervenção junto de Nossa Senhora, livros escolares para estudar, fotografias do presidente do Conselho para guardarem sempre consigo... Alguns chegam a confessar boicotar os cartazes de Humberto Delgado e a fazer queixas dos pais.

Um artigo extremamente curioso que demonstra como uma geração pode ser moldada desde idades bem tenras.