25 de junho de 2009

A 6 meses de distância…



… já tenho a certeza de que quero ver este filme. Porque:

- Londres é um dos melhores cenários para histórias de mistério passadas na transição para o século XX. E eu adoro filmes de mistério;

- Holmes é o supra-sumo do método científico e da dedução, com raciocínios que às vezes até tenho medo de um dia ter. E eu sempre adorei a série de televisão;

- é realizado por Guy Ritchie, o mesmo de Snatch – Porcos e Diamantes (e, sim, o ex-marido de Madonna). E eu adorei este filme;

- Watson transformou-se em Jude Law e Holmes em Robert Downey Jr. O que, se o filme não prestar, servirá sem dúvida de compensação. (Acho que neste caso não preciso de especificar o que adoro…)

24 de junho de 2009

Mas isto é escolha que se faça?

Fotografia de Lorenzo Agius.

Hoje acordei enjoada...

Não sei se foi por ter comido ontem gelado à sobremesa ou salada ao jantar... mas esta noite sonhei com comida. Que me lembre, pela primeira vez na minha vida. Mas o mais estranho é que quando acordei a meio do sonho estava brutalmente enjoada e ainda agora, enquanto como os meus cereais, revolve-se-me o estômago quando penso no sonho. Estava com a minha amiga Mary e com PM, que tinha acabado de fazer algo parecido com cupcakes, mas que deviam ser gigantes, porque se serviam à fatia. Ambos os comiam com gosto e eu também. Havia um de algo que não me lembro e outro de chocolate. A minha irmã também lá estava, e a certa altura não quis mais, porque um deles tinha toucinho (!!) pelo meio. Até que me apercebi que também o que eu comia era feito com, entre outras coisas, batata esmagada... E comecei a não conseguir sentir sequer o gosto do chocolate, e a comer com grande sacrifício para não fazer a desfeita a PM, com quem não costumo fazer cerimónia e que tinha tido uma trabalheira a fazer o pitéu. Ainda agora não me lembro do sabor, mas que me continua a dar náuseas, continua. Acho que hoje estarei a grelhados e frescos o dia todo.

23 de junho de 2009

In Vespa

Se adoro o filme Querido diário, e não me canso de o rever, é sem dúvida por cada uma das 3 crónicas que contém, mas acima de tudo por «In Vespa». Nele, Moretti percorre de Vespa as ruas desertas de Roma, saboreando os bairros, imaginando as casas, andando aos esses numa liberdade absoluta.



Também eu gosto de andar por Lisboa de Vespa, de preferência aos domingos, quando não há trânsito e me posso concentrar muito mais no que vejo e no que sinto do que na condução pura. Mas, mesmo tendo esta Vespa há 7 anos, nunca me meti em grandes concentrações, como tantas vezes vejo por aí. No próximo domingo vai ser a estreia. No III Passeio de Vespas, organizado pelo Hóquei Clube de Sintra, estrear-me-ei nos passeios coletivos, onde a minha não será aquela «Vespa castanha» mas mais uma entre tantas. Acho que vou gostar.

15 de junho de 2009

Singularidades das previsões meteorológicas

Mas o que é que se passa nesta cidade que ninguém acerta com o tempo que vai fazer no dia seguinte? Já nem me queixo das subidas e descidas diárias, porque dessas já não há quem não se queixe… Mas como é possível discrepâncias destas nas previsões a 4 dias?

Ora vejamos o tempo para Lisboa nos sites mais «credíveis» que encontrei:

- The Weather Channel (usado pela Yahoo): dia 16 (19º / 31º), dia 17 (21º / 33º), dia 18 (21º / 35º), dia 19 (22º / 36º)

- AccuWeather (usado pelo Sapo): dia 16 (20º / 29º), dia 17 (22º / 32º), dia 18 (23º / 34º), dia 19 (23º / 33º)

- Instituto de Meteorologia e Geofísica: dia 16 (22º / 30º), dia 17 (22º / 32º), dia 18 (19º / 31º), dia 19 (19º / 33º)

- BBC Weather: dia 16 (20º / 37º), dia 17 (22º / 37º), dia 18 (21º / 34º), dia 19 (22º / 36º),

- CNN Weather: dia 16 (22º / 28º), dia 17 (21º / 32º), dia 18 (23º / 33º), dia 19 (23º / 32º)

- WeatherOnline: dia 16 (19º / 30º), dia 17 (22º / 35º), dia 18 (23º / 35º), dia 19 (23º / 36º)

Em resumo, amanhã a temperatura máxima pode andar entre os 28º e os 37º mas na 6.ª feira teremos mais sorte, a diferença nas máximas previstas será de apenas 4º (entre os 32º e os 36º).

Por acaso não tenho esse hábito, mas desgraçadas das pessoas que precisam de preparar o que vestir para si e para os miúdos no dia anterior. Arriscam-se a levar sandálias e ficarem com os pés congelados ou a levarem gorro e derreterem lá dentro…

12 de junho de 2009

Cada um o seu cinema

Será possível juntar 36 realizadores de cinema e fazer um filme coletivo para comemorar os 60 anos do Festival de Cannes em 2007? Certamente que sim, desde que se lhes dê um fio condutor. Que foi, precisamente, a sua visão do cinema, dos espetadores, das salas. Em Chacun son cinéma (ou Ce petit coup au coeur quand la lumière s'éteint et que le film commence), 34 filmes/skectches curtinhos (2 deles foram realizados por «duplas»: Jean-Pierre Dardenne e Luc Dardenne, e Joel e Ethan Coen) mostram-nos outras tantas perspetivas, umas cómicas, outras trágicas, umas reais, outras surreais, umas que relembrarei, outras que já esqueci.


Dos 34, os 14 de que realmente gostei:

- Diario di uno spettatore - Nanni Moretti a fazer de si próprio. Que vontade de ver muito mais Nanni depois daqueles 3 minutos…

- 47 ans aprés - relato da consagração em Cannes do egípcio Youssef Chahine 47 anos depois do início da sua carreira.

- At the suicide of the last jew in the world in the last cinema in the world – David Cronenberg filma-se a si próprio com uma arma na mão a tentar suicidar-se, enquanto duas vozes off comentam calmamente a cena em tom de reportagem.

- Occupations - perspetiva trágico-cómica de Lars von Trier do que um chato ao nosso lado no cinema pode levar uma pessoa normal a fazer. A «pessoa normal» é representada por von Trier.

- War in peace - numa aldeia africana a guerra ainda vive mesmo depois de acabar, sobretudo nos olhos de tantas crianças. Wim Wenders filmou-os bem profundamente.

- Anna - de Alejandro González Iñárritu (o realizador de Babel), o clássico da cega que vai ao cinema mas, pelo que percebi, com um novo ponto de vista, o da cega que ficou recentemente cega.

- En regardant le film - Zhang Yimou retrata de forma divertida a excitação da chegada de uma tela de cinema a uma aldeia chinesa.

- Cinéma de boulevard - uma história de amor que começou numa sala de cinema e que durou décadas, até na sala já só se sentar um casal partido ao meio. De Claude Lelouch.

- Cinema érotique - uma anedota clássica que Roman Polanski adaptou para uma sala de cinema onde passam filmes pornográficos em decadência.

- The last dating show - muito engraçada, esta ida ao cinema de um casal multicultural filmada por Bille August, em que os desencontros da língua podem ser uma ajuda para o romance… ou talvez não.

- Irtebak - um realizador israelita representado por si próprio (Elia Suleiman), numa autocrítica cheia de humor negro.

- Happy ending - com cada vez mais filmes à escolha em cada vez mais salas de cinema, o que pode ser alvo da escolha de pai e filho num fim-de-semana? Ir ao futebol, segundo Ken Loach.

- Rencontre unique - o nosso centenário Manoel de Oliveira surpreende ao realizar um filme mudo que retrata o divertido encontro único entre Kruschev e o «camarada papa» João XXIII.

- À 8 944 km de Cannes - um fala-barato e um incrédulo num diálogo alucinante e hilariante sobre o Festival de Cannes. De Walter Salles com os cantores Castanha e Caju.

Não posso chamar a isto um «filme», mas é sem dúvida uma experiência a não perder (cinemas El Corte Inglés). De preferência, com um bloco de notas ao colo, para no final relembrar tudo bem relembradinho...

9 de junho de 2009

Eu vezes 3,51

Nunca tinha feito o teste da pegada ecológica do WWF, e confesso que neste momento sinto o meu rosto bem mais vermelho de vergonha do que verde de ambientalista. Em resumo, se todos fossem como eu, seriam necessários 3,51 planetas Terra para suprir as necessidades da humanidade... Se por um lado reciclo, não desperdiço água, poupo energia nos aparelhos e raramente uso o ar condicionado, por outro lado estrago tudo quando moro numa casa sozinha para mais do que uma pessoa, conduzo um jipe e consumo carne e produtos embalados com alguma frequência.

Se estou bem posicionada comparada com a média de um português (4,4), de um alemão (4,2) ou de um norte-americano (9,4), estou bem abaixo da média mundial (2,7). Pena é que esta média seja tão baixa sobretudo devido aos países em desenvolvimento, enquanto os desenvolvidos, upa-upa... Para ver os níveis da pegada ecológica pelo mundo, clicar aqui.

7 de junho de 2009

Em breve na minha casa de banho

Trazidos do MoMA para a sala, encherão afinal a parede da minha pequena casa de banho das visitas:















5 de junho de 2009

OK, eu conto como foi Nova Iorque... mas ainda ficará tanto por dizer...

A pedido de muitas famílias (e acima de tudo da minha...), aqui vai a reportagem sobre os meus 7 dias em Nova Iorque. Parece muito mas é pouco, porque ainda ficará outro tanto por contar e por mostrar. Como sou muito organizadinha, arrumei tudo por tópicos, assim podem saltar logo para a parte que mais vos interessar.

And that's all, folks!

O melhor

- os esquilos – há-os em todos os parques, sem medo das pessoas e muitíssimo atrevidos. Vi-os muito de perto em Washington Square Park, onde quase já conhecem os transeuntes pelos nomes.

- a ponte de Brooklyn – tão cinematográfica que ao passar por cima tive dúvidas se não estaria numa sala de cinema em Lisboa…

- os preços – com o dólar a €0,71, as compras tornam-se mesmo um vício, porque tudo fica ao preço da chuva. Livros, sapatos, malas, ténis, tecnologia… só mesmo a comida escapa à regra.

- a simpatia no comércio – nunca, mas nunca tinha sido tão bem tratada em tantas lojas seguidas. Seja ou não uma simpatia genuína, a verdade é que ao entrar na maioria das lojas nova-iorquinas temos sempre alguém com um sorriso a dar-nos as boas-vindas e a colocar-se à nossa disposição. Depois, deixam-nos à vontade para vermos o que quisermos, e no final ainda nos desejam um bom dia.

- os museus – só fui a 4, cada um tão diferente do outro. O Guggenheim vale essencialmente pelo edifício e de algumas obras de arte moderna. O de História Natural e o Metropolitan, pela diversidade e quantidade de espólio (pergunto-me eu onde terão arranjado tantas dezenas de peças de cerâmica grega dos períodos vermelho e negro…). O MoMA, pelo edifício e pela coleção. Foi sem dúvida o meu preferido, com uma coleção de arte moderna e contemporânea que preenche quase todo o meu imaginário.


O pior- a comida – ou foi muito azar ou pouca pontaria, a verdade é quer foi muitíssimo difícil comer bem em NY. Aliás, a hora da refeição tornava-se frequentemente um momento de stress, tal era a dificuldade em encontrar algo de jeito para comer. Conseguimos desenrascar-nos em Little Italy, vá lá saber-se porquê, e pouco mais.

- a obesidade – nunca vi tantos obesos em toda a minha vida, miúdos e graúdos, homens e mulheres, corpos que sem dúvida facilmente ultrapassarão os 200 kg. Acredito que deve ser difícil ser magro em NY, com tantas solicitações e doses hercúleas. No entanto, grande parte dos estabelecimentos tem também exposto o número de calorias para cada refeição. Pergunto-me para quê.

- o cheiro e o lixo em algumas ruas – em NY não se recicla, e todos os dias se vê montes de sacos de plástico à beira das ruas à espera que alguém os vá buscar.

- os mendigos – são muitos, veem-se sobretudo à noite, e com um tipo de miséria mesmo muito miserável.

- Chinatown – pode ser muito típico, mas o que me ficará na memória será o mau cheiro e a água do peixe a escorrer pelos passeios.


As maiores surpresas
- a rapidez em arranjar um táxi – é mesmo como nos filmes, basta esticar o braço e um dos 100 000 táxis nova-iorquinos para à nossa frente.

- Ellis Island – uma ilha onde não pretendia ir e que me surpreendeu à grande. Porta de entrada de milhões de imigrantes nos EUA entre o final do século XIX e o início do XX, funciona agora como um museu vivo onde todo o processo de chegada está bem documentado.

- as luzes em Times Square – sabia que era um dos centros do mundo, mas nunca me tinha apercebido do ponto a que chega. Em Times Square, cruzam-se todas as pessoas de todas as idades de todas as raças. Em Times Square à noite é dia. Em Times Square nunca estamos sozinhos.

- o gigantismo de algumas lojas – surpreenderam-me sobretudo o Toys’r’us, com uma espécie de roda gigante lá dentro, e a megastore da M&M’s

- a excentricidade das viaturas – se cá pouquíssimos Hummers vejo, em NY até os há em versão limusine.


As maiores desilusões
- a zona de Wall Street – julgava-a mais grandiosa, mas achei toda esta zona uma confusão arquitectónica, com edifícios altos e baixos, novos e velhos, ruas estreitas e sinuosas mas sem charme. Surpreendeu-me apesar de tudo a dimensão exterior do edifício da Bolsa.

- a estátua da Liberdade – pequenina, pequenina.

- a sede da ONU – também a julgava bem maior, talvez num terreno mais amplo… mas em NY amplitude só mesmo em Central Park.

- a falta de bons caminhos para bicicletas em Central Park – ao contrário do Tiergarten, em Berlim, em Central Park há poucos sítios onde se possa circular de bicicleta, o que contraria a existência de tantas empresas de aluguer.

- o Paramount Hotel – apesar de extremamente bem localizado e de ter o design de Philippe Starck, não perdoo o facto de as zonas comuns estarem em obras.


O que vi mas que quero explorar melhor numa próxima oportunidade: SoHo, Greenwich Village.


O que não vi e que também fica para a próxima: Harlem, Brooklyn, Queens, Coney Island.

4 de junho de 2009

Road rage

Ainda só estou a trabalhar há 3 dias e já estou exausta do trânsito que tenho enfrentado todos os dias para ir para a empresa. Por sorte, ou não, tenho o carro a polir, por isso tenho ido de Vespa. O que não me impede de ter de furar os engarrafamentos gigantescos que agora povoam a 2.ª circular e de ter de passar uns bons 20 minutos a fazer slalom, sempre com medo que um automobilista distraído se me atravesse à frente. E que me está a valer com uma senhora dor nas costas.

Agora, interrogo-me: será que esta atual passagem para a CRIL é definitiva? É que se sim o caso é grave. Muito grave. Não vou aqui descrever o traçado das vias, mas em resumo uma obra desta envergadura passa remeter a entrada na A5 e na CRIL para apenas uma faixa, quando antigamente se fazia pelo menos em duas. Além de ter também entupido a radial de Benfica, que era uma excelente alternativa para atravessar uma parte de Lisboa e que agora é um verdadeiro funil entupido.

Tenho esperança de que alguém abra os olhos a tempo e que tudo isto seja ainda provisório. Porque quando passar a ir de carro não me apetece demorar mais de uma hora a fazer o percurso que faço normalmente de manhã em 20 minutos. Se não, proponho pôr em prática a ideia de um colega meu: um «desligão», com condutores mais do que fartos a desligar os carros em plena 2.ª circular e a parar a cidade inteira.

3 de junho de 2009

I'm back

Acho que partilho com muitos bloggers esta dificuldade em voltar a arrancar. Depois de uns dias sem publicar, parece que a imaginação se foi, apesar de tantas coisas para dizer.

Enquanto a vontade a sério não vem, anuncio desde já que a partir de agora este blog vai seguir as regras do novo acordo ortográfico, por isso nada de estranhar eventuais faltas de hífenes, de consoantes ou um ou outro acento que possa desaparecer... Bem sei que a obrigatoriedade do uso das novas normas só vigorará em 2014 e que o Ministério da Educação ainda não definiu datas para os manuais escolares as adotarem, mas não custa nada começar a praticar.

(Quem é que descobre neste meu tópico a única palavra que mudou?)