31 de julho de 2008

Fechada

Numa casa de banho interior sem janela. Numa casa vazia. Num prédio vazio. Numa urbanização em que só 3 prédios abaixo há gente. Sem telemóvel. Sem água (só um restinho na sanita). 10 minutos.

Aconteceu-me num destes fins-de-semana, numa das várias mudanças de tralha para a casa nova. Por curiosidade, decidi entrar na casa de banho e fechar a porta, para ver o espaço efectivo, uma vez que é muito pequena. Quando quis sair, a porta simplesmente não abriu. Primeiro, entrei em pânico ao perceber que estava com o telemóvel noutra divisão a metros de distância. E sem água. Foi só quando me acalmei que, com força, consegui abrir a porta, cuja lingueta está mal afinada.

Agora, à distância, dá para rir. Mas podia ter sido pior. Podia não ter aberto a porta. Podia não ter um jantar combinado e não terem dado pela minha falta. E, se os telemóveis tocassem, ouvi-los-ia mas não os poderia atender. E a água da sanita podia ter acabado. Assim, é só mais uma história para contar.

28 de julho de 2008

Where the hell is Matt?

É um símbolo de liberdade, de evasão, de um mundo sem fronteiras. Com a sua dança simples e trapalhona, traz-nos imagens de todo o planeta, numa versão sempre divertida, alegre e feliz.

Matt, australiano, fazia jogos de computador, até que um dia resolveu estourar todas as suas economias numa grande viagem pela Ásia. Até aqui, nada de novo, muita gente já fez o mesmo. Só que a dada altura deram-lhe a ideia de fazer «aquela dança», a tal dança apalhaçada que Matt dança melhor e pior do que ninguém. Os vídeos começaram a circular na Net e uma marca de pastilhas elásticas propôs-lhe um patrocínio para fazer o mesmo à volta do mundo.

A partir daí, é ver os vídeos. Nos primeiros Matt aparece sozinho, com uma alegria contagiante e uma música que nos dá vontade de saltar da cadeira e começar a dançar como ele e com ele. Nos mais recentes, as multidões seguem-no, do Iemen ao Brasil, da Noruega (não me atrevia a dançar sobre aquela rocha) à Rússia. Passando por Lisboa, claro. E as paisagens nem precisam de ser maravilhosas, mas Matt torna-as fantásticas. A rever muitas vezes (thanks, maninho, por me teres apresentado o Matt).

Ainda sozinho:





Já com uma legião de fãs:



E o site do Matt: http://www.wherethehellismatt.com/index.shtml?fbid=BU7-N6

24 de julho de 2008

The final countdown

E pronto, está marcado. Tenho exactamente 15 dias para abandonar esta casa. A partir de dia 08.08.08 (não sei que significado esta data redonda poderá ter - espero que bom...), fecho uma porta e esperarei por abrir outra. Depressa, espero.

21 de julho de 2008

Nem de propósito

Aqui há dias publiquei um tópico intitulado «Não faças aos outros...», sobre uma campanha contra os maus tratos aos animais.

Hoje, descubro no YouTube o videoclip de Disco Lies, de Moby, um defensor acérrimo dos direitos dos animais (novo álbum - Last Night). A música, fantástica, ao melhor estilo disco. O videoclip, completamente non-sense e sinistro, e por isso adorei-o: um pinto que cresce e, em tons de vingança divertida, decide perseguir o dono da cadeia de fast-food de frango. Mais uma vez não aconselhado a pessoas impressionáveis.

20 de julho de 2008

Os meus livros...

... vão ser a última coisa a sair de minha casa quando me mudar. Neste momento, estou, os móveis, os livros e as gatas. Abro os armários da cozinha, e nada. Abro a despensa, e nada. Abro o frigorífico, e quase nada. Abro o roupeiro, e só algumas peças de verão. Já foi todo o recheio, ficaram só as cascas, à espera da mudança feita por profissionais.

Mas a casa ainda parece a mesma. Porque os livros ainda cá estão, por todo o lado. Deixei-os para o fim porque, por sugestão, da minha mãe, são demasiados e demasiado pesados para ser eu a levá-los todos. E eu aceitei a sugestão, toda contente. Porque sem eles é que a casa ficará vazia, sem alma. E quero que a alma seja a última coisa a sair desta casa.

18 de julho de 2008

Julho para mim está a ser assim

Acordar, ir para o trabalho, ver uma 3.ª versão de capas, chumbar as capas, olhar para os prazos, ler provas de português, ir ao oftalmologista, continuar a ler provas de português, sair de lá bem-disposta, ir à Câmara de Lisboa, sair de lá mal-disposta, ir para casa, fazer caixas de mudanças, dormir, acordar, ir para o trabalho, olhar para os prazos, voltar a perceber que só falta um mês para estar tudo pronto, contar pelos dedos de meia mão quem não vai de férias, ficar furibunda com originais de economia, começar a reorganizar os originais, engolir uns sapos, ler provas de português, ir jantar à minha mãe, ir para casa, dormir, acordar, ir para o trabalho, continuar a reorganizar a economia, ler provas de história, adiar ler provas de inglês, ver esboços de ilustrações, ver novas propostas de capas, voltar a chumbá-las, sair, ir ao Meco jantar e beber uns copos, ir para casa, dormir, acordar cheia de dores de cabeça, ir trabalhar cheia de dores de cabeça, ler provas de português, continuar com a economia, tomar um ben-u-ron, ter uma discussão, fazer comentários a mais esboços, aprovar as capas, ir para casa ainda com dores de cabeça, fazer caixas de mudanças, preparar avaliações, adormecer a saber que me vou/que me vão chatear, acordar com o despertador avariado, ir para o trabalho.
E ainda falta 6.ª feira.

Stress?

14 de julho de 2008

Adio, Adieu, Auf Wiedersehen, Goodbye

Homenagem aos meus óculos e às minhas lentes que não conto voltar a usar tão cedo nem tão tarde, e que guardarei apenas como uma recordação de 25 anos a ter de os carregar. Um mês e meio depois da colocação das lentes intraoculares, o saldo é muito positivo e só me voltam a apanhar na consulta de oftlamologia dos Capuchos no dia 25.05.09.

12 de julho de 2008

Dobro

O dobro do tamanho, o dobro do espaço, o dobro da segurança. Mas... o dobro do consumo, o dobro das avarias, o dobro das despesas de manutenção. Hoje, o dobro valeu-me apenas duas viagens entre casa nova e casa velha, bem carregadinho até cima e a cumprir a sua função. Lindo menino.

11 de julho de 2008

Hipersensibilidade antiviral

Só para justificar porque desde há uma semana deixei de conseguir visitar e comentar quaisquer blogs do Sapo. Ou o meu antivírus está hipersensível ou o Sapo criou uma nova ferramenta que está a querer invadir o meu PC com trojan horses... E não aguento estar a tentar ler um blog com a janela do antivírus constantemente a aparecer e a apitar. Tenho pena, mas é insuportável... Alguém me explica o que se está a passar?

7 de julho de 2008

Não faças aos outros...

Imagens da campanha da TBWA/Paris para a Humans for Animals. Não aconselhada a pessoas impressionáveis. A mim, confesso, fez-me impressão. Mas tanta como faria se as posições estivessem invertidas. E estão-no demasiado frequentemente.

6 de julho de 2008

Padrões da Ericeira

As ruas da Ericeira são um bocadinho labirínticas. E como gostaria eu de me poder perder lá no meio, mas o meu sentido de orientação é mais forte do que a deambulação. Assim, tento distrair-me com pormenores, na esperança de, ao voltar à realidade, não saber onde está o Norte. Ontem, ao fim da tarde, distraí-me com os padrões da Ericeira, azulejos antigos que cobrem ainda tantas casas da vila e que lhes dão um charme especial.






4 de julho de 2008

Planos para o fim-de-semana

Não fazer rigorosamente nada. Deixo as gatas, deixo a casa, deixo a cidade, deixo a net, deixo a TV por cabo. Pego no jipe, em livros, em uma ou outra revista. E em mais ninguém. E parto para a Ericeira até domingo, onde o mar é mais azul e onde planeio estar sem ninguém me chatear. Não queria levar telemóvel. Mas levo.

2 de julho de 2008

NG Fan

Quem «me lê» com alguma regularidade já terá percebido que sou leitora fiel da National Geographic. Leio todos os números de fio a pavio, mesmo que os acumule durante meses para depois os pôr em dia - como acontece agora, quando leio o de Março. Em cada edição, encho-me de uma nova visão de histórias de vidas humanas e animais, e sobretudo as imagens transportam-me para um mundo que às vezes esqueço que é também o meu. Este bebé gorila do Gabão, a viver num centro de recuperação, espreita agora do meu wallpaper: