Hoje em dia marcar férias para agosto é uma verdadeira dor de cabeça, sobretudo com duas crianças que exigem que seja um apartamento com dois quartos, que haja uma piscina para se entreterem de manhã e que a praia seja perto.
Se calhar é pedir muito, mas a verdade é que já perdi a conta às horas que gastei a fazer pesquisas, quase todas a devolverem-me resultados que exigem o pagamento de entre dois e três mil euros por apenas sete noites. Finalmente, lá consegui, prescindindo da praia walking distance.
Marcar férias em agosto no Algarve é bem mais difícil do que marcar uma semana em Nova Iorque. Já contando com os voos e o hotel.
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4 de março de 2020
28 de setembro de 2019
5 de setembro de 2019
23 de agosto de 2019
E as minhas férias foram... delas!
Nunca nestes três anos tinha sentido tanto a necessidade de ter férias depois das férias como este ano. Entre idas à piscina, à praia e a parques infantis, à mistura com muitas birras para comer e dormir, estas duas semanas foram absolutamente esgotantes.
A conclusão a que chego é: elas estão a precisar de escola. Não para me «livrar» delas, mas porque precisam de rotina, de regras, de refeições e sestas a horas certas, de não estarem sempre em ação. Desde que nasceram, pela primeira vez sinto-me em privação de sono, pois as noites refletem a agitação dos dias, com muitos acordares agitados e madrugadores e muita resistência nas sestas.
Para elas foi bom, tenho a certeza, mas também será bom e positivo terem uma vida mais regrada.
A conclusão a que chego é: elas estão a precisar de escola. Não para me «livrar» delas, mas porque precisam de rotina, de regras, de refeições e sestas a horas certas, de não estarem sempre em ação. Desde que nasceram, pela primeira vez sinto-me em privação de sono, pois as noites refletem a agitação dos dias, com muitos acordares agitados e madrugadores e muita resistência nas sestas.
Para elas foi bom, tenho a certeza, mas também será bom e positivo terem uma vida mais regrada.
2 de agosto de 2019
18 de outubro de 2018
E Barcelona continua... Barcelona
Ainda não falei aqui da minha viagem «do ano», aquela que faço por esta altura graças à minha Mãe, que tem a coragem e a generosidade de ficar com as miúdas.
Desta vez fui com o meu Pai, para recordar outras viagens que fizemos há anos e porque ele é boa companhia e tem muita pedalada. Há oito anos que não ia à cidade e é impressionante as coisas novas que descobri apesar de já lá ter estado uma meia dúzia de vezes.
O que me impressionou mais, para o bem e para o mal:
- Casa Vicens - o primeiro projeto de Gaudí e o último a ser recuperado e aberto ao público, há cerca de um ano. Um encanto que mistura modernismo com a cultura oriental.
- Hospital de Sant Pau (complexo modernista) - projetado por Lluís Domènech i Montaner e construído entre 1905 e 1930, hoje parece saído de um conto de fadas. Composto por vários pavilhões, alguns visitáveis, foi até há bem pouco tempo um dos principais hospitais de Barcelona. A visita vale muito a pena.
- Comida boa e (relativamente) barata - basta sair um pouco do centro para encontrar tapas e pinxos a preços ótimos que nunca nos deixam com a barriga vazia.
- Palau de la Música Catalana - já lá tinha ido a um concerto mas desta vez fui a uma visita guiada. Além de ter visto maravilhas, fiquei a saber que para ir a um concerto é preferível ficar lá para cima e para trás, onde se tem uma visão mais global da sala.
- Parc d'Atraccions Tibidabo - infelizmente durante a semana só a parte panorâmica está aberta, mas é suficiente para ter uma vista brutal sobre a cidade e para matar um bocadinho as saudades de um parque de diversões. Não poder andar na montanha-russa foi a minha pedra no sapato.
- La Boquería - é sempre incontornável, este mercado. Pelos fabulosos sumos ao preço da chuva e pelas fantásticas sanduíches de presunto e queijo manchego da La Torna.
- Gente miserável - não falo de pedintes nem de sem-abrigo, mas de gente em estado mesmo miserável, transparente ao olhar e que por ali anda com uma dignidade abaixo de um animal.
- Bairro de Santa Catarina - do outro lado da Via Laietana, um bairro onde nunca tinha ido e que faz com que o Bairro Gótico pareça a Quinta Avenida. Ruas estreitíssimas e labirínticas, que poderiam ser encantadoras se não estivessem tão maltratadas e com urina por todo o lado.
- Manifestações independentistas - por acaso estava em Barcelona no 1.º aniversário do referendo, o que deu para presenciar várias manifestações, milhares de pessoas de todas as idades a lutar por autonomia. Mas nos outros dias, as bandeiras da Catalunha estão por todo o lado, e os lacinhos amarelos são uma constante nas lapelas.
- A moda das trotinetas - parece que entretanto já chegou a Lisboa através da Lime (a preços astronómicos), mas em Barcelona parece-me algo que não é novo, tendo em conta a quantidade de gente que se desloca de trotineta elétrica. Às centenas.
- As pequenas surpresas que estão sempre à espreita.
Desta vez fui com o meu Pai, para recordar outras viagens que fizemos há anos e porque ele é boa companhia e tem muita pedalada. Há oito anos que não ia à cidade e é impressionante as coisas novas que descobri apesar de já lá ter estado uma meia dúzia de vezes.
O que me impressionou mais, para o bem e para o mal:
- Casa Vicens - o primeiro projeto de Gaudí e o último a ser recuperado e aberto ao público, há cerca de um ano. Um encanto que mistura modernismo com a cultura oriental.
- Hospital de Sant Pau (complexo modernista) - projetado por Lluís Domènech i Montaner e construído entre 1905 e 1930, hoje parece saído de um conto de fadas. Composto por vários pavilhões, alguns visitáveis, foi até há bem pouco tempo um dos principais hospitais de Barcelona. A visita vale muito a pena.
- Comida boa e (relativamente) barata - basta sair um pouco do centro para encontrar tapas e pinxos a preços ótimos que nunca nos deixam com a barriga vazia.
- Palau de la Música Catalana - já lá tinha ido a um concerto mas desta vez fui a uma visita guiada. Além de ter visto maravilhas, fiquei a saber que para ir a um concerto é preferível ficar lá para cima e para trás, onde se tem uma visão mais global da sala.
- La Boquería - é sempre incontornável, este mercado. Pelos fabulosos sumos ao preço da chuva e pelas fantásticas sanduíches de presunto e queijo manchego da La Torna.
- Gente miserável - não falo de pedintes nem de sem-abrigo, mas de gente em estado mesmo miserável, transparente ao olhar e que por ali anda com uma dignidade abaixo de um animal.
- Bairro de Santa Catarina - do outro lado da Via Laietana, um bairro onde nunca tinha ido e que faz com que o Bairro Gótico pareça a Quinta Avenida. Ruas estreitíssimas e labirínticas, que poderiam ser encantadoras se não estivessem tão maltratadas e com urina por todo o lado.
- Manifestações independentistas - por acaso estava em Barcelona no 1.º aniversário do referendo, o que deu para presenciar várias manifestações, milhares de pessoas de todas as idades a lutar por autonomia. Mas nos outros dias, as bandeiras da Catalunha estão por todo o lado, e os lacinhos amarelos são uma constante nas lapelas.
- A moda das trotinetas - parece que entretanto já chegou a Lisboa através da Lime (a preços astronómicos), mas em Barcelona parece-me algo que não é novo, tendo em conta a quantidade de gente que se desloca de trotineta elétrica. Às centenas.
- As pequenas surpresas que estão sempre à espreita.
1 de outubro de 2018
27 de agosto de 2018
Férias
Basicamente foram à volta destes dois seres, pequenos mas já grandes nas palavras que dizem, nas coisas que fazem, no amor que geram. Houve dias esgotantes, cheios de birras, teimosias ou fraldas para mudar. Houve dias cheios de descobertas e com muitas gargalhadas. Houve dias em que desejei estar a trabalhar. E hoje, que regressei ao trabalho, fiquei com um apertozinho no peito por não estar com elas.
10 de novembro de 2017
Copenhaga: as maravilhas
Aqui, aquelas coisas que recomendo a toda, toda a gente, porque não serão de certeza uma desilusão. São coisas únicas no mundo.
Lousiana Museum of Modern Art
Apesar de já me terem dito que valia muito a pena, acho que é mesmo indispensável. A coleção é muito interessante (destaco as esculturas esguias de Giacometti), as exposições temporárias também, e a ligação entre as várias partes do edifício e o exterior que conjuga arvoredo com mar é fantástica. O restaurante dá vontade de lá ficar durante horas e a loja seria uma perdição se eu tivesse dinheiro. Imperdível mesmo.
Tivoli Gardens
Um parque de diversões à moda antiga, isto é, sem megalomanias mas muito alegre. Fez-me lembrar a nossa velha feira popular, mas com divertimentos mais arrojados e com um ambiente muito mais bonito e mágico. Muita luz ambiente, muitos restaurantes, muitos doces, muitos gritos de excitação, muitas barraquinhas de brindes, muitos risos de crianças. Um local onde qualquer pessoa gostaria de ir.
Glyptoteket
Estava nos meus planos visitar este museu de escultura criado pelo fundador da Carlsberg, mas não fazia ideia do que me esperava. São autênticas florestas de estátuas que nos fazem perdermo-nos lá pelo meio, em salas ligeiramente obscurecidas para realçar o mármore das peças. O jardim de inverno, com a sua cúpula de vidro, é também muito agradável. Um museu diferente.
9 de novembro de 2017
Copenhaga: as surpresas
Aqui, aquelas coisas que surgiram por acaso ou por mera sorte e que transformaram momentos banais em momentos memoráveis.
Exposição Stanley Kubrick
Está numa galeria a que não tinha planeado ir, a Kunstforeningen Gl. Strand, mas ao saber desta exposição não pude deixar de entrar. Estão lá todos os filmes do realizador, alguns acompanhados de objetos irónicos originais. Os fatos dos símios de 2001, os vestidos das miúdas e a máquina de escrever de Shining, entre uma data de outras coisas. Fiquei com vontade de ver os filmes todos.
Exposição Nordic Noir Art
Ao descer a rampa em espiral da Torre Redonda (Rundetaarn, um dos melhores locais para uma vista mais elevada sobre a cidade), reparei numa saída a meio para uma sala bem iluminada. Lá dentro, o trabalho de dois artistas, Carsten Krogstrup e Steen Larsen, com obras hiper-realistas cheias de histórias para contar.
Superkilen
Não tinha planeado ir, porque fica um bocado longe do centro, mas acabei por aproveitar o autocarro gratuito para lá ir. É um parque curioso equipado com peças de várias zonas do mundo (de Lisboa está lá um dos bancos riscados da Expo), numa perspetiva multicultural que se enquadra muito bem na zona onde se insere.
Exposição Rineke Dijkstra
Está no Louisiana Museum e é uma grande mostra das mega fotografias de Rineke Dijkstra. São várias as coleções: a de jovens na praia que, apenas pela sua atitude e só de fato de banho, refletem bem o país e a cultura onde vivem; a de três irmãs fotografadas periodicamente ao longo de seis anos; a de recém-mães (uma, uma hora depois de ser mãe, outra após um dia e outra após uma semana); a de crianças irmãs fotografadas no ambiente que os pais querem, vestidas com as roupas que os pais querem...
Museu Marítimo da Dinamarca
Não planeara lá ir, mas no comboio a caminho do Louisiana decidi avançar por mais umas estações e ir espreitar. Fica em Helsingor, construído num subterrâneo a partir de uma doca seca, com projeto do ateliê BIG. Além de valer pelo edifício, a exposição é muito interessante e interativa, explorando a vida dos marinheiros, os seus hábitos em terra e no mar, os instrumentos que usavam, as mercadorias transportadas... Tudo muito, muito atrativo.
As crianças
Nunca tinha estado de férias num local tão frio (excetuando algumas temporadas na neve), por isso foi muito engraçado ver a quantidade de bebés transportados nos seus carrinhos faça chuva ou faça sol (e apanhei máximas de 7 ºC). É um facto: o clima não é impedimento para nada.
A facilidade em andar a pé
Estava com um certo receio de me cansar muito depois do que me sucedeu o ano passado, até porque há muito tempo que não fazia uma viagem “de cidade”. Mas foi fácil, muito. Andei bastante e nem senti necessidade de andar de bicicleta para chegar a alguns locais mais distantes.
Os cafés
São bons e muitos, estão em todo o lado. Com uma boa quantidade e variedade de bolos e pão (sim, há pão muito bom na Dinamarca, e não precisa de ser daquele escuro e amargo), até livrarias mais pequenas têm o seu cafezinho lá dentro. Muito acolhedores e sempre com gente sozinha ou na conversa.
8 de novembro de 2017
Copenhaga: as desilusões
Aqui, aquilo que de algum modo não estava à espera, ou que esperava que fosse diferente, e que me deixou com um certo amargo de boca.
A limpeza em geral
Esperava ver uma cidade imaculada, mas não. Não é que haja muito lixo no chão, mas os comboios estão sujos, há paredes pintadas com garatujos e entrar numa loja de fast food faz-nos pensar que houve uma debandada geral, tal o lixo que ficou para trás.
Os preços
Gosto muito do design dinamarquês, mas o sueco não lhe fica atrás e a preços que há três anos, em Estocolmo, me pareceram bem mais simpáticos. Pela primeira vez faço uma viagem e não trago praticamente nada, exceto uns vestidos e uns teddy bears para as miúdas, e umas recordações muito básicas para a família próxima. É mesmo tudo muito caro.
A neutralidade
Tinham-me dito que os dinamarqueses eram extremamente simpáticos, mais do que os suecos. Pois não achei bem isso. Não são antipáticos mas também não são simpáticos. Entramos nas lojas e recebem-nos com alguma indiferença, enquanto em Estocolmo senti mais alegria. São neutros e estão ali para cumprir as suas funções.
Thorvaldsens Museum
É um museu de escultura e pintura exclusivamente com obras do artista Bertel Thorvaldsen mas achei todo o ambiente um bocado soturno, sem valorizar muito as peças.
Christiania Freetown
Esta é aquela parte de Copenhaga que até há uns anos era completamente clandestina e onde se traficava estupefacientes como quem vende castanhas assadas. Hoje não está muito diferente. Apesar de a zona estar legalizada e os habitantes já pagarem impostos, as bancas a vender todo o tipo de ervas e outras coisas continuam a ser muitas. Há quem a considere uma enorme curiosidade, eu achei-a bastante decadente.
Loja da Lego
Sendo uma marca dinamarquesa com a projeção que tem no mundo, imaginava algo grandioso, com todas as coleções e mais algumas. Encontrei uma loja grande mas não enorme, inclusive com alguma limitação nas peças (uma das referências que tenho é a Lego Architecture, e os exemplares que lá vi são pouquíssimos). Uma loja Toys’r’us ou a Hamleys de Londres estão mais bem fornecidas.
7 de novembro de 2017
Copenhaga: os clássicos
Arrumo nesta categoria aquelas coisas que toda a gente quer à partida ver em Copenhaga e que eu também não quis deixar de ver.
Nyhavn
É o “porto novo”, aquela imagem clássica de Copenhaga com as casinhas coloridas a ladear o canal preenchido de barcos. É muito bonito, sobretudo num dia de sol em que as cores das casas ganham outra vida.
Pequena sereia
Já sabia que era de facto muito pequena, por isso não me desiludiu nem me entusiasmou. Aproveitei um passeio de barco para a ver de passagem.
National Museum of Denmark
Um museu sobre quem habitou o território desde a pré-História até aos nossos dias. A parte da Pré-História e dos primeiros povos (talvez até à Idade Média) está bastante bem organizada, mas depois andei ali um bocado perdida a saltitar entre os anos posteriores.
Os passeios de barco
São uma boa forma de ficar a conhecer toda a zona portuária em pouco mais de uma hora. De ambos os lados do canal, zonas de lazer na água, edifícios modernos como a Ópera ou o Diamante Negro (a biblioteca), ou zonas mais residenciais com vistas brutais.
Os palácios
Visitei Rosenborg e Amalienborg e ficaram alguns de fora. É sempre interessante ver palácios por dentro, sobretudo se estiverem fiéis à época, mas é algo que também temos por cá por isso não foi nada de extremamente surpreendente.
As bicicletas
Metade da população de Copenhaga desloca-se de bicicleta, com uma grande tranquilidade. Ao contrário do que senti em Amesterdão, onde parecia que os ciclistas se deslocavam com fúria, o que causava grande stress nos peões, em Copenhaga andam com uma enorme calma, o que acaba por refletir a sua maneira de ser.
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