31 de agosto de 2013

A(s) parte(s) boa(s) do dia

- Ouvir da boca da veterinária da Loba que eu lhe salvei o dia, por aparecer num dia difícil com a minha boa disposição e com uma cadela jovem e tão bonita.
- Almoço de família com conversas parvas e outras mais sérias.
- Ida ao cinema para ver RPG. Não é «o» filme, mas é português e é uma boa distração (mais pormenores um dia destes).
- Descobrir uma loja chamada Espaço Casa onde comprei quatro copos vermelhos lindos e uma minibalança por seis euros.

KO - Take II

Pois pensava eu que hoje seria um dia calmo que compensaria o de ontem? Vejamos:

- Acordar às 6h da manhã cheia de calor apesar de ter o despertador agendado para as 8h30.
- Ir buscar a Loba para a levar ao veterinário.
- Ao chegar a casa da minha mãe, que se tinha magoado num olho e levá-la às urgências do Amadora-Sintra. Com a Loba na bagageira.
- Três minutos depois de a deixar no Amadora-Sintra, receber uma chamada dela dizendo que ao fim de semana urgências oftalmológicas só no S. José (isto é assunto para outro tópico um dia destes).
- Voltar ao Amadora-Sintra e levá-la para S. José. Repito, com a Loba na bagageira.
- Mais de uma hora depois, chegar finalmente ao veterinário.
- Calor infernal, vários animais à frente e sobretudo o caso que mais detesto: uma eutanásia.
- Felizmente, a consulta a correr calmamente, tão cansada já ela estava. Mas fiquei com a certeza de que precisará de umas sessões de treino profissional. Não queiram saber o estado em que tenho os braços, devido aos saltos que me lança de cada vez que me vê. É que esta menina, apesar de ter apenas 8 meses, já está com 29,3 kg.

Outra vez no tapete, portanto.

Juro que me começa a apetecer uns dias assim

Wish me luck

Hoje é a primeira ida da Loba ao veterinário. Só espero que não destrua tudo pelo caminho.

Não, esta não é a Loba, mas é capaz do mesmo ou pior. :)

30 de agosto de 2013

KO


- Dormir pessimamente por causa do calor.
- Ir à editora e partir para Coimbra.
- Em Coimbra, andar a pé, ir a uma reunião e descer e subir a escadaria monumental.
- Regressar para Lisboa.
- Ler e responder a e-mails.
- Sair a correr para levantar duas encomendas nos CTT que aguardavam há dias.
- Chegar à estação do Oriente e só poder levantar uma.
- Mandarem-me para Cabo Ruivo e, lá chegada, dizerem-me que não era lá.
- Ir à terceira estação e levantar finalmente a encomenda.
- Ir abastecer o carro e ter um sujeito à frente que fazia tudo muuuiito lentamente.
- Chegar a casa que está um forno.
- Descobrir que o vaso com a maior planta do pátio está desfeito.

Estou no tapete.

Dois em um

Let's explore diabetes with owls, de David Sedaris

O que tem este título a ver com o livro? Muito pouco, a não ser talvez uma das crónicas ser sobre a busca de uma coruja empalhada para oferta no Dia dos Namorados.

David Sedaris escreve sobre tudo. Tudo mesmo. Sobre a educação dada às crianças. Sobre o que é perder um visto de residência. Sobre os bares dos comboios de longo curso. Sobre Barack Obama. Sobre o casamento gay. Sobre o ixo deixado nas bermas da estrada. Sobre porque escreve um diário. Sobre os seus dentistas preferidos

São 26 crónicas o mais diferentes possível umas das outras, mas sempre ligadas à realidade e com um toque satírico. Há quem diga que o escreve é apenas para entreter o público. Pois a mim entreteve-me bastante e ainda aprendi umas coisas. Como bónus, ainda consegui dar umas gargalhadas.

PS: David Sedaris ainda só tem dois títulos traduzidos para português: Álbum de família (que já li e de que gostei bastante, uma série de crónicas sobre a família e sobre os relacionamentos) e Diário de um fumador (que ficou já na minha to read list). Merece bem que se traduzam mais.

29 de agosto de 2013

Terminado um, qual o próximo?

Ring a bell

Estou totalmente fascinada com estas campainhas para a bicicleta. Pena que só se vendam numa loja online americana. Ou talvez não... assim não mas roubam.



RPG: o primeiro filme de ficção científica português

Garanto que quando ouvi falar pela primeira vez deste filme, não fiquei entusiasmada por aí além, até porque não é um género de cinema que costume ver. Mas à medida que vou lendo e vendo mais coisas, vou ficando com mais vontade de ver o resultado.

RPG (real-play game) passa-se em 2057, quando uma empresa vende a possibilidade de se viver para sempre, e sempre jovem. Mas para isso é preciso jogar, e o jogo é perigoso. Para além de alguns atores portugueses, o filme (produzido por Tino Navarro e realizado por David Rebordão, em apenas cinco semanas) conta com Rutger Hauer (um dos protagonistas de Blade Runner e do mítico Terror na Autoestrada). E grande parte das cenas foram filmadas no abandonado Hotel do Muxito, no Seixal, sítio que tenho muita curiosidade em conhecer.

Em resumo, um filme que estreia hoje e que afinal que quero ir ver. Mas de que gostava de ter a vossa opinião se entretanto o forem ver antes.

27 de agosto de 2013

Eis porque nunca poderia ser escritora

Faltam-me a inspiração e a persistência.

A de agora e a de antigamente

De facto, para quem como eu se apega bastante a alguns bens materiais (como os carros que fui tendo e as Vespas), não há nada como o veículo antigo ficar na família quando se compra um novo. Apesar de já ter a GTS há 3 anos, esta foi a primeira vez que a estacionei ao lado da ET4, que agora anda com o meu irmão. São as duas lindas, não são?

Lionel Asbo, de Martin Amis

Lembram-se de Trainspotting, sobretudo do ambiente de subúrbio em que se passava? Pois agora transponham esse ambiente para um livro, em que tio e sobrinho desempenham os papéis principais de uma família altamente disfuncional.

O tio é um homem de esquemas, recorrendo na concretização dos seus negócios a cães que alimenta a Tabasco. O sobrinho é um rapaz órfão, cheio de boas intenções mas que por vezes não consegue fugir à teia decadente em que vive. Um dia, na cadeia, o tio Lionel ganha um prémio. E a vida tem de mudar de alguma forma, para o bem e para o mal. A não perder, sobretudo por quem, como eu, ainda achava que a vida na Grã-Bretanha era inevitavelmente cheia de classe.

26 de agosto de 2013

E também há 25 anos...

... outra notícia abalava o país. Carlos Paião, que «preferia ser um bom cantor a um mau médico», morria num acidente de viação depois de um espetáculo. Tinha 30 anos e era uma figura simpática, que deixou músicas que ficaram para sempre. Quem nunca trauteou Play Back, Pó de Arroz ou Cinderela?

Para quem não se lembra dele, eis algumas das músicas que já alegraram muitas das minhas viagens de carro.


 

Quem disse que os animais não se riem?

Ter todas as idades numa só

25 de agosto de 2013

Há 25 anos a nossa Lisboa acordava assim

Todo o Chiado em chamas depois do início do incêndio no Grandella.
Os escombros na Rua Nova do Almada.
A Rua do Carmo, com as famosas esplanadas que dificultaram os primeiros socorros.
O que sobrou dos Armazéns do Chiado.
E apenas num dia uma parte do centro histórico da cidade desfez-se em cinzas. Muitos terão sido os fatores que contribuíram para a dimensão da tragédia: o alarme tardio (o incêndio deflagrou entre as 3 e as 4 da manhã, nos desertos Armazéns Grandella), as esplanadas em betão construídas no centro da Rua do Carmo que dificultaram a passagem dos carros de bombeiros, a falta de pressão das águas, muitas botijas de gás armazenadas no interior dos edifícios, os subterrâneos pouco conhecidos debaixo dos armazéns que facilitaram a propagação rápida e silenciosa das chamas.

Vinte e cinco anos depois, esta é uma das zonas mais vivas e mais visitadas de Lisboa. Asneiras houve, sim. Mas também uma grande capacidade de reconstrução e de renascimento.

24 de agosto de 2013

Olá, já estou com a minha nova família!

Eu e as minhas orelhas... dizem que sou uma mistura de lobo com coelho, o que vos parece?
Esta não me larga, mas tanto insiste que eu lá me vou sentando e deitando conforme me pede...
Este também não me larga, mas por outros motivos... é um tarado!

PS: Aos meus donos que vão começar a vida noutro país: não se preocupem que eu estou bem entregue, tenho bastante mimo e a companhia do Cascão, que quando não me quer saltar em cima é um bom amigo.

É hoje o encontro, fingers crossed!

É daqui a bocado que a Lola vai conhecer o Cascão, e se tudo correr bem ficará já em casa da minha mãe e do meu irmão. Não tenho dúvidas de que para ela vai ser uma brincadeira, só espero é que ele ache o mesmo. Mas penso que sim. :)

23 de agosto de 2013

Apresento-vos... a Vespa gata

Sexta-feira, 23 (antes fosse 13)

Saio de casa de carro e viro para a via principal. 20 metros depois despisto-me e abalroo dois pilaretes de ferro, para além de ter dado cabo da parte dianteira da frente do carro. Não me perguntem o que aconteceu. Não ia ao telemóvel, não estava com sono, nada.

Ainda antes de sair do carro e ao ligar os 4 piscas, vejo pelo retrovisor uma carrinha da Polícia que por acaso fazia a ronda naquele momento. Como houve danos na via pública, tiveram de chamar a brigada de acidentes.

Entretanto, colocamos o triângulo. Quinze minutos depois, um carro que tinha estacionado faz marcha atrás, destrói-me o triângulo e ignora todos os meus acenos e os da Polícia. Mais uma despesa, portanto.

Quarenta minutos depois chega finalmente a brigada. Pedem-me os documentos, faço o teste da alcoolémia e em menos de nada fico a saber que terei de pagar €60 de multa por ainda ter na carta a minha morada antiga. Mas o agente teve piedade de mim e acabou por me dar um mês para a atualizar.

O carro ainda anda, mas a oficina onde o quero deixar está fechada. Com a ajuda da Polícia, volto a estacioná-lo na garagem, à espera do mês de setembro para poder ir ao arranjo, que deve ser uma pequena fortuna. Pego na Vespa e venho trabalhar. Quero regressar depressa para casa.


PS 1: Resta-me ainda agradecer ao meu(minha) vizinho(a) que saiu da garagem logo a seguir a mim, que assistiu a tudo e que me ultrapassou como se nada fosse. Espero ter oportunidade de lhe agradecer pessoalmente.

PS 2: Ao chegar à empresa, vêm finalmente entregar-me o carro de serviço que me está atribuído. Lindo dia para isto.



A escravatura moderna: encapotada e exigente

Um colega chamou-me há dias a atenção para estes dois anúncios de emprego publicados recentemente no Expresso Emprego. E eu questiono-me: até onde é que nos vamos rebaixar? Absoluta disponibilidade para trabalhar ao fim de semana? Disponibilidade total para trabalhar fora de horas e fins de semana, bem como para deslocações a vários países? Ter 35 anos com 5 anos de experiência em empresas multinacionais e dominar quatro língua para além do português? E questiono-me ainda: tudo isto por quanto? Muito mais haveria ainda a dizer, mas fico-me por aqui.

Procuram pessoas ou super-homens e super-mulheres?


22 de agosto de 2013

Ou... dar o exemplo

Esta é uma direta para o meu pai

O mundo está louco

A oposição garante que são mais de mil vítimas, entre as quais mulheres e crianças, alvo de um ataque com armas químicas nos arredores de Damasco. O governo sírio defende-se dizendo que lançou um ataque mas sem armas químicas. E nós, aqui neste cantinho, o que vemos são centenas se corpos espalhados pelos hospitais, famílias inteiras  mortas em que os únicos sinais de doença visíveis são a pele acinzentada e espuma na boca. E médicos desesperados sem meios para agir.

Que mundo é este em que em vez de usarmos a ciência para salvar a usamos para matar?

21 de agosto de 2013

Paradise on earth

A minha maldição, LOL!

Poupar água


Em Portugal é algo a que não damos muita importância, sobretudo porque a água ainda é barata e abundante. Eu, com o uso doméstico e com as regas de 2 em 2 ou 3 em 3 dias, pago por mês nunca mais de €13.

Mas a água falta em muitos locais do mundo. Locais onde as mulheres têm de percorrer quilómetros para ir buscar um mísero cântaro com água. Locais onde não há água para as necessidades mais básicas.

Por isso me custa tanto ver condutas de água abertas junto a obras, ver regas em jardins públicos durante as horas de calor, ver pessoas em casa a manter as torneiras abertas indiscriminadamente. Eu tento poupar, não porque a «minha» água vá para África, mas por princípio. Só rego à noite, coloquei redutores de caudal nas principais torneiras e muito raramente a deixo a correr quando não estou a precisar. Não custa nada e faz-nos sentir um bocadinho melhor.

20 de agosto de 2013

Dias meus


Mas não sou só eu que me arrasto. Hoje saí de casa pelas 8h30, e a TT ficou na cama. Quando regressei, pelas 18h30, apareceu-me vinda do quarto a espreguiçar-se. Não queria acreditar. O lugar onde tinha ficado de manhã ainda estava quente...

Audrey Catburn

Dedicada à Gata.

A gaiola dourada


Fui ver este filme com algum ceticismo, pensando que iria ver uma sátira estereotipada aos emigrantes portugueses em França. E é uma sátira, mas uma sátira muito inteligente e divertida. Que mostra os portugueses como pessoas trabalhadoras, que muitos desprezam mas que acabam por considerar indispensáveis. Ri-me bastante, porque os estereotipos estão lá, mas também pensei em quão verdadeiros eles acabam por ser. A ver sobretudo agora no verão, quando tantas vezes olhamos de lado para os emigrantes.

19 de agosto de 2013

Campanhas que vejo por aí


Depois de me explicarem este slogan de Fernando Seara, percebi a mensagem. Mas juro que a acho mutíssimo rebuscada.

Dúvidas, há?


A TT não é uma gata qualquer, e este anúncio vintage é disso a prova.

De como eu fugi do Algarve (e de como há males que vêm por bem)

Idas as férias, já posso contar o que me levou a fugir do Algarve. Então foi assim:

Eu e uma amiga alugámos uma casa a um amigo dela, num local onde nunca tínhamos estado, perto de Olhão. Segundo a descrição, num aldeamento sossegado com piscina e com uma esplanada onde serviam boas tostas. Duas semanas antes, esta minha amiga deixou de poder ir comigo logo nos primeiros dias, combinando encontrar-nos mais tarde. Logo outra se prontificou para ir em vez dela. Só que, dois dias antes, também esta deixou de poder ir. Conclusão: fui sozinha para os primeiros quatro dias, na expectativa de descansar e de pôr muita leitura em dia. Só que...

... o aldeamento era longe como tudo. Longe da praia, longe de qualquer tipo de comércio, carregado de insetos dos que gostam de picar. A esplanada era um snack-bar manhoso, onde só mesmo as tostas se safavam. Os vizinhos falavam alto, eles chamavam as mulheres e os filhos do carro, buzinando, havia pessoas a passar férias em garagens alugadas. Para ir para a praia, só de barco, em filas intermináveis e com toda a gente a discutir com os que tentavam passar à frente. Em casa, a televisão tinha mais de 500 canais por satélite, nenhum dos quais em português. No apartamento de baixo, alguém deixava um cão todo o dia numa varanda mínima, sob um sol abrasador.

Aguentei três dias e fugi para o Alentejo, ao encontro da primeira amiga que assim já não iria ter comigo. E assim passámos, em casa de uma recém-amiga, umas das férias mais calmas de sempre. Com base em Odemira, com acesso a praias quase desertas, com tempo para ler, para dormir, para ir ao supermercado sem filas, para conhecer outras pessoas da vila que nunca pensei encontrar e gostar tanto.

E assim o pesadelo se transformou numa espécie de sonho. Sim, há mesmo males que vêm por bem. E não, não devo voltar ao Algarve tão cedo.





PS: Há uns 30 anos, lembro-me de termos ido de férias em família para o Algarve. Também dessa vez fomos ao engano, e também dessa vez aguentámos três ou quatro dias até o meu pai explodir e decidir não voltar a passar férias lá em baixo. A história é cíclica.

18 de agosto de 2013

O quê? Amanhã já vou trabalhar?

Arco de luz: só hoje

Hoje é o último dia que têm para assistir ao espectáculo «Arco de luz», uma projeção em 3D sobre a fachada norte do Terreiro do Paço para comemorar a reabertura do Arco da Rua Augusta depois das obras de recuperação. É uma aula de História ao vivo produzida pela ocubo.com, e que termina hoje após 10 dias de exibição, às 21h30, 22h30 e 23h30. São sessões de 20 minutos que não se esquecem tão cedo.