27 de fevereiro de 2011

Eu mereço ir para o céu...

... depois de hoje ao fim da tarde levar o meu sobrinho a ver isto, «um espectáculo para toda a família»:

Mas é de boa vontade e até fui eu a ter a ideia. Na verdade, ele nem sabe ao que vai até chegar à porta do Pavilhão Atlântico. Espero (mesmo, mesmo, a sério, a sério) que goste.

23 de fevereiro de 2011

Úteis

Como eu raramente guardo rancores, para compensar a minha bicicleta por me ter obrigado a andar 3 km a pé depois de um pipo partido, arranjei-lhe hoje dois acessórios imprescindíveis para os meus passeios citadinos. Para estrear já no próximo sábado.

20 de fevereiro de 2011

Ernestina, de Rentes de Carvalho

Que vergonha tenho de nunca ter ouvido sequer falar deste escritor, já com 80 anos, já com tantos livros publicados e, acima de tudo, que escreve tão bem. J. Rentes de Carvalho nasceu em Vila Nova de Gaia em 1930 mas vive na Holanda desde meados dos anos 5o, onde se pode dizer que é o escritor português mais conhecido, comprovado pelos inúmeros best sellers que por lá tem publicado. Por cá, é precisamente o contrário.


Apesar de não perceber o porquê deste desconhecimento, acredito que a partir de agora será diferente, uma vez que nas mãos da Quetzal os seus livros serão certamente bem tratados. Graças à minha priminha, eu comecei por ler Ernestina, um romance autobiográfico que começa em finais do século XIX e decorre até meados do século XX. Um romance que percorre o Portugal mais profundo de Trás-os-Montes, através de serras e vales, contando uma história de pobreza e miséria, de um Portugal que parece já não existir, em que se demorava um dia inteiro para ir de Mogadouro ao Porto. Um história de gente rude e bruta mas também de afectos, a história de seus avós, de seus tios e pais, narrada sempre de um modo directo, simples e comovente.

Para quem queira conhecer melhor o autor, clicar aqui. E para quem queira acompanhar o seu blog, Tempo contado, aqui.

Com sacrifício... - The real toy story, por Micgael Wolf



Mais imagens da série The real toy story aqui. Michael Wolf retrata operários em fábricas de brinquedos chinesas. Fazer brinquedos não é uma brincadeira.

Com talento... - Real fake art, por Michael Wolf


























Mais imagens da série Real fake art aqui. Verdadeiros artistas de imitação posam para Michael Wolf com as suas obras de arte. Afinal, Van Goghs e Picassos há muitos.

10 de fevereiro de 2011

Com zoom... - Transparent city, por Michael Wolf



Mais imagens da série Transparent city aqui. Um pouco de voyeurismo não faz mal a ninguém. Aqui, Michael Wolf passa de Hong Kong para Chicago e faz um zoom à privacidade de cada um de nós.

7 de fevereiro de 2011

Sem foco... - Architecture of density, por Michael Wolf

























































































Mais imagens da série Architecture of density aqui. Fotografias captadas em Hong Kong em que Michael Wolf isola os arranha-céus sem fim da sua envolvência, focando apenas a repetição de padrões que lhes é característica . Quantas vidas esconderão estas paredes?

6 de fevereiro de 2011

Sem ar... - Tokyo compression, por Michael Wolf



























Mais imagens da série Tokyo compression aqui. Instantes asfixiantes das carruagens apinhadas do metro de Tóquio. Michael Wolf capta rostos cansados, de olhos fechados, alheios a tudo o que não seja a necessidade de respirar.

Saber olhar com outros olhos

Descobri recentemente o trabalho deste fotógrafo. Michael Wolf é alemão, cresceu nos Estados Unidos e Canadá mas desenvolveu quase toda a sua carreira na Ásia. Fascinou-me a sua capacidade de ver com outros olhos, de conseguir classificar e arrumar as coisas em gavetas, de retratar cidades no seu melhor e no seu pior e de, simultaneamente não esquecer os seres humanos que nelas vivem. Estas são as minhas séries preferidas, que aqui destacarei nos próximos dias:

- Tokyo compression: imagens asfixiantes das carruagens apinhadas do metro de Tóquio. Wolf capta rostos cansados, de olhos fechados, alheios a tudo o que não seja a necessidade de respirar.

- Architecture of density: série de fotografias captadas em Hong Kong em que Wolf isola os arranha-céus sem fim da sua envolvência, focando apenas a repetição de padrões que lhes é característica . Quantas vidas esconderão estas paredes?

- The transparent city: um pouco de voyeurismo não faz mal a ninguém. Aqui, o fotógrafo passa de Hong Kong para Chicago e faz um zoom à privacidade de cada um de nós.

- Real fake art: verdadeiros artistas de imitação posam para Wolf com as suas obras de arte. Afinal, Van Goghs e Picassos há muitos.

- The real toy story: retratos de operários em fábricas de brinquedos chinesas. Quantas horas terão de trabalhar para produzir as figurinhas que nos chegam ao Ocidente a preços incrivelmente baixos?

5 de fevereiro de 2011

Esta é de filme

Eu sempre gostei bastante do Tio Patinhas e dos seus mergulhos numa piscina cheia de notas e moedas, mas até há pouco não tinha a mais pequena noção do que seria uma casa-forte. Sei que a do Banco de Portugal fica algures no Carregado, à prova de qualquer tipo de assalto. Mas agora tive a oportunidade de conhecer esta:

Inauguradas em 1964, as casas-fortes do antigo Banco Nacional Ultramarino eram verdadeiramente luxuosas, para combinar com as riquezas que guardariam. Construídas na cave da sede do banco, na rua Augusta, são de tal modo estanques e seguras que qualquer inundação na Baixa não as afectará. E a sua remoção implicaria alterações de fundo em todo o edifício. Agora, graças à presença do MUDE no local, parte das instalações foram abertas ao público, a propósito de uma exposição sobre sementes.

Eu acho que não se deve perder a oportunidade de visitar esta parte das antigas casas-fortes. Até porque, a avaliar pela espessura das portas, não haverá qualquer hipótese de entrar lá dentro a não ser que alguém no-las abra de livre vontade e com a combinação certa.

Estas imagens são apenas um appetizer, mais podem ser consultadas aqui. Ou directamente no local até 20 de Março, a sério que qualquer fotografia não lhe faz jus.