30 de março de 2017

O livro do hygge, de Meik Wiking

Este livro atraiu-me porque me pareceu muito bonito e pela promessa de dicas para se ser feliz. Aprendi que, para os dinamarqueses, algo que é hygge é algo que nos dá conforto, sensação de pertença, um sentimento de tranquilidade e segurança. E que passa pelas pequenas coisas.

Velas, muitas velas pela casa (de preferência sem cheiro, porque o que interessa é a luz quente que emanam). Bebidas quentes, uma manta macia e chuva lá fora. Comer bolos e doces, muitos. Estar com os amigos e com eles fazer coisas simples, como cozinhar uma refeição, ver um filme ou uma série. Deixar os telemóveis e tablets de lado e agarrarmo-nos a um bom livro. Andar de bicicleta sem rumo e sentir a Natureza à nossa volta. No fundo, dar uma oportunidade ao tempo.

Conheço algumas pessoas muito hygge, uma das quais uma das minhas melhores amigas. Tentarei também sê-lo mais.

29 de março de 2017

28 de março de 2017

Rara

Nos últimos meses tenho-me confrontado com o facto de que sou mais rara do que julgava... mas até nisto?

22 de março de 2017

O tamanho do mundo

Sabiam que Portugal, sendo um país pequeno, é na verdade pouco menor do que a Islândia, praticamente com a mesma área que a Hungria e maior do que a Irlanda? E que, apesar de nos mapas a Rússia parecer bem maior do que África, na verdade tem metade do tamanho?

Tudo porque, na escola, estudámos por mapas com a projeção de Mercator, que ao passar para duas dimensões um globo de três dimensões, acaba por distorcer o tamanho dos territórios.

Nas escolas de Boston começa-se agora a estudar o mundo pela projeção de Gall-Peters, com proporções mais fidedignas:


Espreitem este artigo da Visão, com estes e outros exemplos. Bem interessante.

21 de março de 2017

Um otimista na América, de Italo Calvino

Há tanto tempo que não lia nada de Calvino que já mal me lembrava de que era tão bom.

No final dos anos 50 e início dos anos 60, graças a uma bolsa da Fundação
Ford, Calvino passou seis meses nos Estados Unidos da América, deambulando por vários estados tal como tantos (incluindo eu) sonham.

Nova Iorque foi a sua cidade de eleição, e aquela onde passou mais tempo, mas Calvino partilha connosco também as suas impressões sobre Chicago, Detroit, Cleveland, Los Angeles, São Francisco, Boston, Nova Orleães e Savannah.

Sempre com um espírito positivo, descreve as cidades, a sua geografia, a sua arquitetura e sobretudo as suas gentes. Mas há algo que registou há 50 anos, quando regressou a Nova Iorque para terminar a sua viagem, que tomara a nós se verificasse em alguns casos nos dias de hoje:

"Estive fora dois meses e já não reconheço os lugares: casas que não havia antes, perspetivas que desapareceram. Contudo aqui não se sente o mesmo que em Itália. Porque entre nós quem vê surgir um feio edifício para especulação tem uma sensação de embrutecimento definitivo, sabe que irá tê-lo diante dos olhos toda a vida, que o verão os seus filhos e os seus netos. (...) Mas fica sempre esta consolação: à provisoriedade do belo corresponde a provisoriedade do feio; uma casa feia dura pouco, trata-se apenas de aguardar."

15 de março de 2017

Parabéns, Babá

Pelos 93 anos que faria hoje. Já lá vão 20 desde que nos deixou, mas a partir do ano passado tem mais dois seres por quem olhar, as suas bisnetas, que espero que herdem todas as suas qualidades: a inteligência, o amor pelos animais, a capacidade de adaptação e, sobretudo, o carinho que demonstrava por nós conseguindo sempre conciliá-lo com a disciplina.

14 de março de 2017

A peste, de Albert Camus

Shame on me, que nunca tinha lido um livro de Albert Camus. E desconfio seriamente de que tenha começado por um dos melhores.

Tudo se passa nos anos 40, numa cidade fictícia da Argélia, quando começam a aparecer ratos mortos pela cidade. Aquando da morte das primeiras pessoas, todos julgam ser algo passageiro e os ratos mortos um pequeno incómodo, até que de um momento a peste faz jus ao seu nome. Mata dezenas por dia e obriga ao fecho repentino da cidade, que fica de quarentena. Ninguém pode entrar nem sair.

Assim, assistimos ao desespero dos que ficam: os que tentam fugir da peste, os que tentam salvar os outros da peste, e os que apenas querem sair porque têm alguém lá fora, sem querer saber da peste.

Gostei muito. Já tenho ali O estrangeiro à espera.

13 de março de 2017

Ser mãe de gémeas é... #26

... ter de ser cada vez mais rápida com a colher, pois começam a não ter paciência para esperar os 10 segundos que demoro a dar uma colherada à outra.


9 de março de 2017

A primeira coleção

Sempre ouvi dizer que as coleções de cromos e afins são mais para satisfação dos pais do que dos filhos. Pois bem, concordo. As minhas filhas nem sabem o que é um animal, nem muito menos uma coleção, e já me meti no colecionável Os meus animais do zoo. São 60 animaizinhos amorosos com 60 livros sobre cada um, que depois no final me terão custado os olhos da cara. Mas não resisti.

7 de março de 2017

Ser mãe de gémeas é... #25

... de manhã conseguir mantê-las caladinhas no quarto um pouco mais de tempo porque sentem a companhia uma da outra e não se veem sozinhas.

6 de março de 2017

The book of you, de Claire Kendal


Comprei este livro porque o comparavam a Gone girl e Before I go to sleep, ambos verdadeiros thrillers de cortar a respiração. Com expectativas altas, portanto.

Na verdade, começa com ritmo, com a história de uma mulher vítima de stalking por parte de um colega de trabalho com quem se envolveu impulsivamente numa noite de copos. A partir daí, e da sua rejeição, Rafe aparece-lhe nos sítios mais inesperados e envia-lhe para casa presentes primeiro relativamente inocentes mas depois cada vez mais cheios de sugestões agressivas. E há ainda a posição de Clarissa como júri no julgamento de um caso com alguns paralelismos com o que lhe está a acontecer a ela.

Mas há também algum aborrecimento, a sensação de que o livro está a abrandar demais e que poderia haver muito mais surpresas. Não há. É pouco mais do que aquilo. 

1 de março de 2017

O imenso adeus, de Raymond Chandler


Julguem-me se quiserem, mas este livro esteve lá em casa uma boa temporada e peguei nele uma data de vezes, mas simplesmente não conseguia olhar para a capa original. Tinha vontade de voltar a encontrar o detetive Philip Marlowe (que conheci em A dama do lago), mas a capa...

Até que o livro foi reeditado na relançada coleção Vampiro, com uma linha de capas vintage impossíveis de passar despercebidas. Comprei o livro com a capa nova, vendi o outro pelo OLX e finalmente li-o.

Desta vez Marlowe conhece Terry Lennox, que um dia lhe pede para o levar de urgência ao aeroporto de Tijuana. Marlowe, sem querer conhecer o motivo do pedido, fá-lo, mas no regresso é preso, acusado de cumplicidade no assassínio da mulher de Lennox. Já em liberdade, e depois de saber que Lennox se suicidou, Marlowe decide investigar o caso por conta própria, ao estilo a que já me habituou. Ainda bem que ainda há uma série de livros dele para ler.

Nota: Esta era a tal capa que me afastava de pegar no livro...