30 de abril de 2012

Há sempre uma primeira vez

É incrível como é que, vivendo há mais de 3 anos praticamente debaixo dela, nunca tinha passado pela ponte Vasco da Gama numa véspera de feriado, quando se encontra iluminada. E é bela.


PS: E por favor, não me perguntem como é que tirei esta fotografia.

Podia ser o meu pai

Não costumo publicar aqui vídeos, muito menos cómicos. Mas este não resisto. Porque está em alemão, segue abaixo a tradução:

- Pai, gostas do iPad que te oferecemos no teu aniversário?
- Sim, muito!
- E as aplicações, não te criam problemas?
- Não, nenhuns.

Mas quando é que matamos esta doença?

«Às vezes encontramo-nos com a cabeça nas mãos. Tudo o que poderia ter corrido bem correu mal. O mundo, que era igual à vida, afasta-se de repente. Distancia-se e continua a existir, como se nada tivesse a ver ou a haver connosco, como se fizesse questão de mostrar a independência dele, mundo, que não existe só porque nos damos conta dele. A má notícia é má, mas a pior, para quem cá está, é a pessoal. A minha pessoa é a Maria João e a Maria João passa mal. Nem o amor nem a sabedoria médica a podem salvar. Só uma conjunção das duas coisas, mais um acrescento de milagre.

O cabrão do cancro alastra-se. Exterminado no pulmão ou na mama, foge para o cérebro, onde se refugia e cresce. Forma uma força da morte, aproveitando as barreiras antigas entre o sangue e o cérebro, que infiltra conforme lhe apetece.

Hoje, domingo, é o último dia em que estaremos juntos, dois amores, felizes há quase vinte anos. Amanhã, logo às nove da manhã, estaremos na consulta dos excelentes neurocirurgiões do Hospital de Santa Maria, onde nos avisarão das complicações possíveis. Obama deveria inspirar-se na perfeição clínica e humana do serviço de saúde português e francês. Mas a dor não diminui. Nem a tristeza abranda.

Vai morrer o meu amor. Não vai. Como o meu amor por ela, nunca há-de morrer.

As coisas acontecem sem acontecer o pensamento nelas. A alma, o coração e a cabeça são coisas diferentes.

Que se dão bem. E são amigas. E deixam de ser quando morrem».


Miguel Esteves Cardoso, in Público

29 de abril de 2012

Ainda Miguel Portas e o seu último adeus



Assisti hoje à tarde, pela RTP, a trechos de uma cerimonia pública em homenagem a Miguel Portas, em que colegas, camaradas, amigos e familiares o recordaram, com palavras, com música, com sorrisos e com lágrimas. O encontro foi feito a pedido do próprio, nos jardins de Inverno do teatro São Luiz.

Foram três horas muito bonitas. Todas as pessoas deviam ter um adeus assim.

Splash!

Pois que acabo de me aperceber de como é bom andar de bicicleta na estrada depois de cair uma carga de água.

Via http://littlereasonstosmile.tumblr.com/

Estou em privação

Por isso hoje, faça chuva ou faça sol, tenho de pegar na minha.


28 de abril de 2012

Shame on me


Deparei-me há pouco com o metro cheio de gente, linha vermelha, à pinha até ao Oriente. Isto a um sábado, oito da tarde. Primeira coisa que me veio à cabeça: Pavilhão Atlântico, Tony Carreira. Cheguei agora a casa toda contente, triunfante por vir aqui à net confirmar a minha suspeita. Uuuppsss. São os Il Divo.

Com as minhas desculpa a quem gosta de Tony, mas de facto a turba de gente que vi não me parecia fã de Carrera. Atenção porque não faço ideia de quem são os Il Divo, se calhar ainda terei de vir aqui morder a língua.

Está a chover? Então vamos fazer um piquenique!

picNYC TABLE, Haiko Cornelissen Architecten

26 de abril de 2012

Não tivesse eu uma cozinha equipada... (I)

... e se tivesse pouco dinheiro, muito provavelmente decoraria o meu frigorífico com um dos ímanes da Kudu Magnets, para mudar sempre que me apetecesse.




Alguém se lembra desta bebida?


Não me lembrava disto há anos, e durante tempo anos era a única coisa que bebia quando saía. Hoje é mais vinho, caipirinha e whisky. Com muita moderação, claro.

25 de abril de 2012

Hoje, basicamente, foi assim


Eu gosto

(Em resposta à Mary.)


25 de Abril de 1974


Sempre na parede da minha sala. Como já o tinha dito aqui,
o meu avô é o jornalista de fato «debaixo» do candeeiro do lado direito.

Dia de vacinas

As minhas gatas costumam transfigurar-se quando vão ao veterinário, passando de dóceis gatinhas a feras temíveis. Hoje a TT fez jus à sua fama na clínica, apesar de no carro se ter portado tão bem (o chichi que fez no regresso não conta...). Já a Vespa merecia um prémio, comportamento exemplar. Daqui a um ano há mais.



24 de abril de 2012

Dia triste

Miguel Portas, 1958-2012(Enric Vives-Rubio)
A fotografia deste senhor deve estar hoje numa boa percentagem de blogues e sites deste país, mas também tem de estar no meu. Não sou Bloco, que me lembre nunca votei Bloco, mas sempre admirei Miguel Portas, pela simpatia, tolerância e sensatez. Os Portas - cada um à sua maneira, e goste-se ou não se goste - são uma grande família, e Miguel fazia-lhes jus. Estou com eles neste momento triste.

Ele há coisas...


Visionários deviam ser os meus pais quando me escolheram o nome, porque não me parece que na altura soubessem grande coisa sobre santos. Acabo de descobrir que Santa Rita é a santa das causas impossíveis...


23 de abril de 2012

Gotcha!

Dois meses depois de a ter descoberto aqui e de ter falado dela aqui, esta taça maravilhosa agora mora cá em casa. E garanto que é tão bonita ao vivo como na fotografia.


22 de abril de 2012

Pelas Beiras - Oliveira do Hospital

Almoço farto com os tios e os primos da Beira, numa mesa cheia de gente.

Fotografias, não há, o empenho em conseguir dar conta do que havia para comer não deixou tempo para mais nada.

Pelas Beiras - Currelos

É uma aldeia mínima do concelho de Carregal do Sal, terra do meu avô que lá passou pouco mais do que a infância. Visita inevitável ao cemitério, passagem pela nossa Casa da Rodela e espreitadela à antiga casa da bisavó Albertina, agora tão diferente do que me lembrava.

Não há fotografias, mas está programada nova visita dentro de poucas semanas.

Pelas Beiras - Viseu

O tempo a melhorar cada vez mais para ainda conseguirmos ver Viseu com sol.




A cidade está cada vez melhor, arranjada, limpa, com lojas bonitas e diferentes, com ruas com a iluminação perfeita, com um centro comercial tão bem integrado no centro, com um restaurante onde se come tão bem (no Cortiço aconselho vivamente o bacalhau na broa e o arroz de carqueja), com uma pousada lindíssima e confortável recuperada a partir de um antigo hospital.


Pelas Beiras - Sabugosa

Que bom, uma aberta para espiolhar o projeto dos meus tios para recuperação a médio-longo prazo. Agora já percebi que haverá por lá sempre um quarto para mim, só não sabemos é quando.



Pelas Beiras - Coimbra

Tanta chuva miudinha não nos deixaram ver grande coisa, mas ainda deu para dar com os primos à nossa espera na colina das faculdades. E para ir ao leitão, onde eu comi bife.

Fotografias, não há, a chuvinha não deixou.

20 de abril de 2012

Olha o meu carro na Motorclássicos!


Pena não ser o que está em primeiro plano, mas o da direita, que serviu para carregar o material.

Edição para guardar


Edição vintage da Sábado comemorativa dos 38 anos do 25 de Abril que se aproximam. Como se vivia, quanto se ganhava, o que se fazia nos tempos livres, o que se vestia, quem era o jet set, que anúncios se via... numa revista com um grafismo também de época, em que até os colunistas rejuvenesceram quase 40 anos.

Uma delícia para guardar.

19 de abril de 2012

O mapa e o território, de Michel Houellebecq

Várias pessoas olharam para mim espantadas quando disse que estava a ler um livro de Michel Houellebecq. Não é demasiado ordinário? Hard core? Não, não, neste caso não... Porque o que li dele, O mapa e o território, é tudo menos isso. Para além de ter a garantia de qualidade do prémio Goncourt, é efetivamente um muito bom livro que retrata o percurso artístico de Jed Martin, desde as fotografias ultra pormenorizadas tiradas aos mapas Michelin até uma série de retratos dos ofícios. Pelo meio, cruza-se com uma série de figuras do meio parisiense e inclusive com o próprio Houellebecq, que ganha um protagonismo que aqui não posso referir sob pena de estragar tudo (não resisto no entanto a entreabrir a cortina para dizer que a dado ponto o livro se transforma nun policial).

Houellebecq é de facto um escritor polémico, com um percurso um pouco sinistro pelo que entretanto descobri, mas este livro é daqueles que ficará na minha lista de «Para oferecer em qualquer ocasião». Difícil não gostar.

G'anda besta *

Vídeo da Sky News mostrando um professor egípcio a bater nos alunos. Impressionante como algumas das crianças mal resistem, tão habituadas devem estar ao tratamento.


* Não aconselhado a pessoas muito sensíveis.

Lá terá de ser

A minha garganta e o meu pescoço terão de voltar a andar aconchegadinhos.

18 de abril de 2012

My home is your home

Felizmente ninguém levou este convite à letra de ontem às seis da tarde até hoje às nove da manhã, quando as minhas chaves de casa ficaram assim (vista do lado de fora da porta, entenda-se):

Método

Que ninguém se atreva a dizer que a Vespa e a TT não são metódicas e extremamente organizadas (= vivem comigo...). No domingo de manhã deixei diversas tigelas com água e ração para durar 3 dias. Ontem à tarde cheguei e dei com isto. Para que não haja confusões acerca do que ainda falta comer:

17 de abril de 2012

Artistas há muitos

O hotel onde fiquei deve ter empregados com alma de artista. Se não, veja-se:

- no dia 1, ao entrar no quarto, dei com a colcha da cama toda repuxada, como que a formar um laçarote:


- os talheres ao pequeno almoço apresentavam-se assim (não consegui tirar uma fotografia discretamente):


- e, cereja no topo do bolo, quando no dia 2 entrei no quarto à tarde deparei com o meu pijama assim, a formar cinturinha e tudo:


Impagável.

Coisas dos Açores


Foram só dois dias, metade de um deles a trabalhar, mas deu para perceber que em Ponta Delgada há coisas:

boas...
- carne ótima
- manteiga e queijo maravilhosos
- autocarro com bilhete a um preço incrivelmente baixo (€0,35)
- combustíveis baratos (€1,36 o litro de gasóleo, €1,50 o de gasolina)
- super hiper civismo nas passadeiras
- uma rua com lindíssimas casas coloniais
- chá bom e português que ainda não me tinha lembrado de referir
- paisagens fantásticas
- pessoas simpáticas
- montes de coisas boas feitas à base de maracujá

... e menos boas:
- humidade difícil de suportar, esqueça quem gosta de andar com o cabelo alisado
- hotel nem por isso
- mais pessoas feias do que bonitas
- as indicações na estrada devem ter ficado esquecidas

Desculpe-me quem me achar injusta, mas dois dias não dá para muito...

Dois exemplos de bom vinagre português

Vinagre de vinho tinto, Herdade do Esporão 
Vinagre de vinho branco, José Gourmet

Dois exemplos de bom azeite português

Azeite aromático, José Gourmet 
Azeite de três tipos, Gallo