31 de outubro de 2007

TAC

Parece chinês: «hérnia postero-lateral e foraminal esquerda do disco C6-C7 com provável compromisso da emergência radicular esquerda, a valorizar no contexto clínico» e «alterações degenerativas de uncodiscartrose predominando em C5-C6 a condicionaar redução do calibre dos buracos de conjugação de predomínio direito, o que eventualmente também poderá condicionar conflito com a emergência radicular direita de C6».

É «só» o relatório da minha TAC. Resumindo: com 33 anos já tenho uma das famosas hérnias cervicais(embora pequena) e um início de artrose vertebral acompanhada de lesões discais. Sintomas: dores no ombro/omoplata esquerdos e braço e mão dormentes. Solução:para já, uma injecção com um corticosteróide para reduzir a inflamação, depois analgésico em doses variadas e por fim fisioterapia à séria (sendo que estou a rezar para não me prescreverem um colar cervical...). Se nada disto der resultado, faca.

Só me apetece enterrar a cabeça na areia.

PS: Para além disto, ainda antes de ir à fisiatra, já percebi que as corridinhas vão ter de desaparecer do meu programa... E nem quero pensar no que se refere a conduzir a Vespa.

30 de outubro de 2007

Está tudo doido?


Nos últimos tempos tenho ouvido uma série de histórias de pessoas que querem fazer intervenções cirúrgicas consideradas estranhas, para não dizer impensáveis (pelo menos a mim nunca tais coisas me passariam pela cabeça).

Um homem queria implantar mamas nas costas, não me perguntem para quê... Outro, um «artista» australiano chamado Stelarc, implantou uma orelha feita de cartilagem humana no braço e agora ainda quer juntar ao implante um microfone para captar todos os sons que a prótese pode escutar... Outros ainda, sofrendo de uma disfunção chamada em inglês Body Integrity Identity Disorder, querem amputar braços ou pernas (ou ainda ficarem cegos ou surdos) por acharem que só assim se sentem completos e, ao não encontrarem médicos que o façam, automutilam-se para atingirem os seus objectivos...

Porque não quero saber mais pormenores acerca desta realidade, comprei duas séries de Nip/Tuck... Pelo menos tenho a ilusão de que o que vejo é só ficção...

O que acabo de ler I - Dr. House - Guia para a vida, de Toni de la Torre:

O nome de House serve para tudo, até para vender livros com supostas teorias acerca de como nos tornarmos em houses de trazer por casa... Supostamente, o livro ensina a ser irritante, a ser arrogante, a não ter vida própria... Adoro o Dr. House, mas o próprio e ponto final. Acho que vou ler o livro de Hugh Laurie (O traficante de armas), ainda com alguma esperança de, agora sim, o ver nas entrelinhas...


O que acabo de ler II - Café cão, de Paul Gilligan:

Como adoro animais, e como tenho algum sentido de humor, adoro também banda desenhada que personifique animais. Em Café Cão, Poncho, a «personagem» principal, tem um comportamento manhoso e espertalhão, mais de gato do que de cão, mas hilariante na mesma. Muito recomendável.

26 de outubro de 2007

Nojento!

Um «artista» da Costa Rica, Guillermo Habacuc Vargas, expôs um cão vadio faminto numa galeria de arte. Ninguém o alimentou ou lhe deu água, acabando o bicho por morrer durante a exposição.

Guillermo Habacuc Vargas foi o artista escolhido para representar o seu país na "Bienal Centroamericana Honduras 2008". Existe uma petição onde é pedido que ele não receba este prémio.

Por favor assinem a petição preenchendo o seu nome, e-mail, localidade e país em: http://www.petitiononline.com/13031953/petition.html

Um dos links onde esta história pode ser lida é: http://www.pluginamp.com/network/node/3575

25 de outubro de 2007

In pain...

Dou por mim a pensar que no último mês e meio não me lembro de momentos em que me tenha sentido fisicamente 100% bem. Primeiro os dentes, com a colocação do aparelho. Depois a gastroenterite. Depois as dores nas costas. Depois novamente os dentes, com os sucessivos apertos no aparelho. E agora, quando achava que estava tudo a voltar ao normal, as dores nas costas voltaram... Com a agravante de que parece que estão relacionadas com a cervical, que me afectam o braço direito, que não me deixam concentrar em nada, que vão ter de implicar uma TAC e consequente fisioterapia.

Socorro. Quero voltar aos 20s.

22 de outubro de 2007

Na idade dos porquês

Confesso que ontem o meu estado de espírito era um misto de ansiedade e de receio. Ansiedade porque já tinha saudades do puto e das suas tropelias; receio porque nunca tinha estado tanto tempo sozinha com ele, além de que as últimas semanas tinham sido deveras complicadas: birras, agressões à irmã, pedidos de desculpa muito pouco sinceros... Mas como dizem que as crianças só se portam realmente mal com os pais, decidi arriscar...

E que bom, parecia um anjinho!

Depois da histeria inicial quando soube que ia ficar comigo umas boas horas, seguiu-se alguma perplexidade quando se apercebeu de que afinal os pais não nos iam acompanhar. Mas mal chegámos ao Alvito, parece que se esqueceu deles... Saltava de escorrega em escorrega, primeiro um bocadinho a medo, depois com toda a bravura. Mas sempre com um olhinho em mim, que o medo de se perder era maior do que o chamamento das diversões. E para tornar tudo ainda mais perfeito, uma organização de adopção animal tinha a bicharada à porta do parque: escolher os bichos ou o escorrega era o mais difícil. «Fa uma festinha, fa...» «Porque é que não fazes tu?» «Fa tu pimeio...»

De vez em quando, lá o via a apertar as perninhas e a mexer nas calças: «Queres ir fazer chichi?» «Não.» «Mas vamos lá, porque eu é que estou aflita.» E lá íamos, para ser mesmo ele a fazer chichi.

Depois o único senão da tarde, quando queríamos estacionar em Sete Rios e o lugar que eu tinha visto estava ocupado quando lá chegámos. «P***RA, 'tá 'cupado...», ouvi a vozinha lá atrás. «O que é que disseste?» «... (silêncio)» «Isso não se diz, é muito feio...» «Mas o lugar 'tá 'cupado!» Siga.

E então o momento mais esperado, o encontro com as gatas. Elas, acima de tudo assustadas, ele já sem medo das festinhas. Banho tomado (sem um único «Nã que'o»), com cabelo e tudo, frango comprado, lá lhe dei a escolher massa ou arroz. «Mafinha.» Ou massinha. Sopa comida, tudo engolido, iogurte devorado, com pressa de ir brincar mais um bocadinho. Deitado no chão da sala, ao lado da Vespa, a fazer-lhe festinhas na cabeça e a comentar: «Poquê que ela 'tá a fechar os olhos?» «Porque está a gostar das festinhas.» «Poquê que ela 'tá a 'banar o rabo?» «Porque está contente.» «Poquê que ela 'tá a rir?»

A repetir muitas vezes.

PS: Antes de tudo isto, durante a manhã, já tinha corrido 10 km. Depois conto.

20 de outubro de 2007

Preguiça...

... de escrever. Ou porque não tenho assunto ou porque os assuntos que tenho não são para aqui chamados. Amanhá terei certamente novidades: Corrida do Tejo de manhã, entreter o reguila-mor à tarde. Entretanto, não há desculpas para não pôr em dia o relatório das leituras...

O que acabo de ler - O Fio do Horizonte, de Antonio Tabucchi:

A par com outro do mesmo autor, é um dos livros que tenho comigo há meses (se não há anos) há espera de vontade. Porque no início, há uns 10 anos, lia-os de seguida (Requiem, Afirma Pereira, Os Últimos Três Dias de Fernando Pessoa, etc.), mas entretanto outros autores apareceram e passaram-lhe à frente na minha ordem de prioridades. Agora li este, que parte da história da entrada de um cadáver na morgue para uma busca bastante existencialista do funcionário que o recebe - e que acaba por, nele, se encontrar a si próprio. Livro curioso, mas não inesquecível. Ainda tenho outro de Tabucchi à espera...

16 de outubro de 2007

Auster só a escrever, não a filmar...

Tenho pena mas é o que acho. Como já tinha dito, adoro todos os livros de Paul Auster, sem excepção. Por isso, foi com algum entusiasmo que fui ver A Vida Interior de Martin Frost, realizado por ele, produzido por Paulo Branco e filmado em Portugal. Não gostei. Talvez estivesse com uma expectativa demasiado elevada, mas não gostei:

- dos planos e do movimento da câmara - a máquina de escrever a rodar, o fumo da chaleira sobre fundo escuro...

- da actriz principal - chama-se Irène Jacob e parece que é bastante apreciada, mas eu achei-a bastante irritante;

- do arrastar demasiado lento de tudo - a história (por acaso baseada numa das histórias dentro da história de O Livro das Ilusões) devia ter-se ficado pela curta metragem, que aliás acho que já existe;

- do inesperado que na maioria das vezes é muito tão previsível.

Resumindo a história, o escritor Martin Frost (David Thewlis) refugia-se na casa de campo de uns amigos para descansar após a conclusão de um romance. Uma bela manhã, logo a seguir a ter uma ideia para um conto, acorda com uma mulher ao seu lado na cama, Claire (Irène Jacob), em retiro para escrever uma tese filosófica. Ao longo do filme, vamos percebendo que a mulher é de facto a musa do conto que Frost quer escrever e que, consequentemente, vai definhanho à medida que o conto chega ao fim. E mais não conto. Só acrescento que pelo meio ainda aparece o canalizador e aspirante a escritor Jim Fortunato (Michael Imperioli, da série Os Sopranos), com alguma deixas engraçadas, e a sua musa desiludida, representada por Sophie Auster.

Aguardo um novo livro de Auster para me tirar este gosto desagradável da boca...

13 de outubro de 2007

Parabéns, maninho

Sabes que és a pessoa de quem mais gosto no mundo, a única por quem daria a minha vida se fosse preciso.

És lindo, um cavalheiro, muito corajoso, muito amigo, muito querido, tens sido muito forte e demonstrado que tens uma grande virtude: a capacidade de saber perdoar. Todas estas qualidades são muito verdadeiras, desde que avaliadas umas horinhas depois de acordares... ;)

Tenhas a idade que tiveres, e mesmo quando já formos velhinhos, serás sempre o meu maninho pequenino.

Adoro-te.

10 de outubro de 2007

Uma homenagem sentida...

... ao Bento, que viveu uma vida cheia mais de mar do que de terra, que chegou a almirante e que a morte se encarregou de levar cedo demais. Aos seus 3 filhos e meus amigos, uma grande lágrima de tristeza, a recordar as suas gargalhadas lentas e sonoras.

PS: Tentarei nunca mais me esquecer de que não há barcos mas sim navios...

8 de outubro de 2007

Os direitos do leitor

Os Direitos Inalienáveis do Leitor, segundo Daniel Pennac, comentados por mim:

1 - Não Ler - às vezes também me apetece ter um livro para ler e não ter vontade de o fazer. Se bem que neste momento esteja numa fase precisamente contrária;

2 - Saltar Páginas - é inevitável para passar à frente as partes «chatas» e, muitas vezes, para evitar pôr um livro de lado. Faço-o algumas vezes, não muitas;

3 - Não Acabar Um Livro - é o que acontece quando o «saltar páginas» não resulta. Mas às vezes volta-se a ele mais tarde, umas vezes para o acabar, outras para o pôr de lado novamente;

4 - Reler - faço-o pouco, sobretudo porque numa releitura fico geralmente decepcionada com o que antes me tinha fascinado. E há tantos livros para serem lidos...;

5 - Ler Não Importa o Quê - confesso que sou um bocado elitista no que leio e, quando não o sou, arrependo-me quase sempre (veja-se o tempo que gastei a ler Stephen King). Mas, à falta de melhor, leio o que me vem à mão, desde a bula dos medicamentos aos folhetos do supermercado. Just in case, faço os possíveis por trazer sempre um livrito ou uma NG comigo;

6 - Amar os «Heróis» dos Romances - não propriamente amar, mas admirá-los, conhecê-los melhor, encontrar pontos em comum e aprender alguma coisa com eles;

7 - Ler Não Importa Onde - eis uma grande verdade, até ao volante em fila lenta (lenta no sentido em que pode ir a andar a 20 km/h);

8 - Saltar de Livro em Livro - gosto de ter vários em carteira, geralmente de estilos diferentes: vários tipos de ficção, história, BD;

9 - Ler em Voz Alta - muito, muito raro... Mas quando o faço, e isso acontece normalmente quando leio histórias para crianças, surpreendo-me sempre com a musicalidade das palavras (e com a minha capacidade de fazer vozes completamente ridículas);

10 - Não Falar do Que se Leu - ultimamente não tenho falado, mas escrito... para mais tarde recordar. Entretanto, vou convencendo quem posso a ler o mesmo que eu, para que o possamos comentar.

O que acabo de ler - Como Um Romance, de Daniel Pennac:

Um guia divertido para pais, professores e educadores empenhados em levar os mais novos até à leitura, retratando não só o acto de ler mas também o livro e o leitor. Sem dramatizar e, acima sem condenar quem não gosta de ler, Daniel Pennac relata algumas experiências que revelaram bons resultados. Excelentes os 10 direitos inalienáveis do leitor.




Sem ler não sou ninguém.

Metálico... - Parte II

Ficou hoje completo o meu sorriso metálico, desta vez com uns elásticos mais para o verde do que para o azul... Ementa de hoje: caldo de canja de galinha, sem as massinhas (almoço) + iogurte líquido natural (lanche) + gelado Häagen-Dazs para um final de dia em grande (jantar). Cada «refeição» sempre seguida de uma escovagem completa.

7 de outubro de 2007

Viagens no scriptorium, de Paul Auster


«Writing is no longer an act of free will for me, it's a matter of survival.»

É assim que Paul Auster explica porque escreve. E ainda bem que precisa de escrever para sobreviver, e ainda bem que, segundo o próprio, precisa de sofrer para escrever. Para mim, saber do lançamento de um novo livro de Paul Auster gera um reflexo imediato: comprá-lo mesmo sem ler a sinopse. Porque sei que vou gostar. Auster sabe escrever histórias, cria personagens únicas e, mais do que isso, tem uma característica que adoro: as histórias dentro das histórias. São sempre um bónus. A ler toda a obra.

O que acabo de ler - Viagens no Scriptorium, de Paul Auster:

Um homem num quarto só com uma cama, uma secretária, uma cadeira, um candeeiro e quatro montes de folhas de papel, algumas escritas. Não sabe porque lá está, quando para lá foi e se de lá pode sair. De início não tem memória, mas ao longo do dia vai recebendo visitas que lhe oferecem peças de um puzzle para sempre inacabado. Peças de um passado de culpa mas também de injustiça, e sem o protagonista chegar a perceber porquê. 128 páginas do mais puro Auster, dentro de uma capa linda para a qual não me canso de olhar.

5 de outubro de 2007

Porque choro a ver filmes

Não costumo chorar a ver filmes, românticos ou outros. Mas choro se vejo animais a sofrer - chorei a ver o Rei Leão (!!) e a ver o Underground, de Emir Kusturica, numa cena inicial em que um jardim zoológico é bombardeado em Belgrado durante a II Guerra Mundial.

E hoje fiquei com lágrimas nos olhos ao ouvir nas notícias que uma gata desaparecida num trágico acidente automóvel há 7 anos apareceu agora em casa da dona, a 200 km do local do acidente. É muito lamechas, eu sei, mas se houvesse dúvidas relativamente ao meu elogio no Dia Mundial do Animal, eis algo que o sublinha.

O que acabo de ler - A História de Lisey, de Stephen King:

Lisey, viúva de um famoso escritor à semelhança de King, vê-se confrontada com recordações muito vivas do marido dois anos após a sua morte. Entre duas dimensões paralelas, a real e Boo'ya Moon, descobre o passado do marido e como esse passado continua a afectar a sua própria vida. Foi o primeiro livro de Stephen King que li, e acho que não vou ler mais nenhum. Primeiro porque, apesar de tudo, estava à espera de mais emoção. Segundo, porque acho que, para a minha realidade, o livro está demasiado cheio de referências à cultura e à população muito específicas de uma zona dos EUA.

Importa-se de repetir?

Dá para reconhecer? Pista: Está no Parlamento Europeu...

4 de outubro de 2007

Os animais são nossos amigos

Só para lembrar que hoje é o Dia Mundial do Animal. Quem me conhece sabe que adoro bichos, desde que não se aparentem com ratos ou algo do género. Aranhas, lagartos, cobras, nada me faz impressão, o que, como é óbvio, não me leva a ir a correr fazer-lhes festinhas. Mas também não sou capaz de matar nem uma formiga nem uma abelha (OK, excepto as melgas – mas essas não as mato, prefiro colocar um repelente). Às vezes penso que, se tivesse de mudar o rumo da minha vida, seria decerto para fazer algo relacionado com bichos, como pet-sitting, trabalho numa reserva ou algo do estilo.

Adoro gatos e cães, lobos e linces, mochos e corujas, tigres e leopardos, girafas e elefantes, lémures e chimpanzés, pássaros e borboletas, ursos e koalas, peixes e baleias, coelhos e tartarugas, raposas e veados, sapos e libelinhas… E admiro-os por serem genuínos, seres em que a defesa e o ataque dependem apenas de si próprios. Seres que quando dão amizade é sempre honestamente, sem precisarem de contrapartidas.

Em casa só tenho as duas gatas mas a Twiggy também está sempre no meu coração.

Às minhas bichinhas, um feliz Dia do Animal. Pelo menos uma dose reforçada de ração e de festinhas já ninguém vos tira.

1 de outubro de 2007

Transparente

Não é só um excelente escritor, é também uma excelente pessoa, bem com os outros e bem com a vida.

Há muitos anos que gostava de Richard Zimler (da sua escrita, entenda-se), desde que lançou O Último Cabalista de Lisboa. É curioso porque é um livro escrito nos Estados Unidos, em inglês, e que não conseguiu publicação em nenhuma editora norte-americana. Foi em Lisboa que uma editora (na altura a Quetzal) apostou no livro, e ainda bem. Porque a sua escrita é excelente, comovente e rigorosa no que à História diz respeito.

Passados uns anos li Goa ou o Guardião da Aurora e, mais recentemente, À Procura de Sana. O ano passado, no âmbito do curso de escrita que fiz no Corte Inglês, tive a sorte de o conhecer, numa conversa que teve com os participantes e onde mostrou que é alguém humilde e cheio de valor, muito agradecido ao público que o segue. Adorei a forma como falava, como gesticulava, como hesitava na construção de algumas frases.

A semana passada fui ao lançamento de A Sétima Porta (onde se deu a tal cena do «um» beijinho…). Mais uma vez fiquei impressionada com a tranquilidade de Zimler, que contou a forma como se reconciliou com a cidade de Berlim (porque se apaixonou por alguém cujos pais lá viviam). Mas, acima de tudo, impressionou-me a forma como agradeceu com toda a naturalidade e comoção ao seu companheiro de há 29 anos, Alexandre Quintanilha. Oxalá todas as relações fossem claras e transparentes como a sua.