28 de fevereiro de 2008
Missão Adopção
«Ganhe um amigo que nunca o vai abandonar» é o lema da Missão Adopção, a campanha lançada pela Pedigree com o apoio de uma série de associações de defesa dos animais, instituições e meios de comunicação. O objectivo é arranjar donos responsáveis para os milhares de cães que vivem em canis, por abandono e maus tratos.
Gosto muito da campanha e gosto da ideia de uma marca se empenhar a sério no bem-estar do público-alvo para quem trabalha. Não gosto nada de quem é capaz de abandonar e de quem maltrata animais indefesos, dando-lhes pontapés ou atirando-lhes pedras.
E, se há dúvidas, a Missão Adopção faz um teste para sabermos se estamos prontos para adoptar:
«- Quando vê um cão sente uma vontade irresistível de lhe fazer festas na cabeça?
- Quando encontra um pau procura de imediato um cão com quem brincar?
- Fala com cães sem perguntar a si mesmo porque é que está a falar com um cão?
- Fixa o nome dos cães que conhece masesquece o dos donos?»
Se respondermos sim, estamos prontos para adoptar. E com muito por onde escolher:
http://www.missaoadopcao.com/page/home
25 de fevereiro de 2008
Deprimente...
... é quando se chega a casa do trabalho às 11h da noite, se abre o frigorífico e se encontra uma embalagem de sopa fora do prazo.
24 de fevereiro de 2008
Pausa para ir à ópera
Há muito tempo que a Vespa não abrandava. As últimas 6 semanas têm sido de trabalho intenso, e ainda mais 2 se avizinham. Mas na 4.ª feira saí «cedo», às 18h00, porque tinha bilhetes para a ópera. Tinha, isto é, o meu pai tinha, porque foi o presente que e eu e o meu irmão lhe demos no dia 12. Quando era miúdo, o meu pai ia à ópera por obrigação, apanhando grandes estuchas e tendo ficado «vacinado» durante muitos anos. Mas agora, quase 50 anos depois, voltou.
Fomos ver La Clemenza di Tito, a última ópera composta por Mozart. Em resumo, Tito, o imperador, é traído por Sestus, grande amigo da sua confiança que, apaixonado por Vitellia, o tenta matar a pedido da mulher furiosa, que pensava que o imperador se ia casar com outra. Mas Tito sobrevive e Sestus, apesar de muito arrependido, é condenado à morte. O imperador vê-se então num dilema: a sensação de traição e a vontade de perdoar. É própria Vitellia que acaba por confessar o plano que tinha concebido. E o clemente Tito a todos perdoa.
A minha última ida à ópera tinha sido no Bolshoi de Moscovo, há 3 anos, para ver uma peça que durou 4 horas. Por isso, esta de 2 horas foi bem leve (se bem que vi meu pai a cabecear 2 ou 3 vezes…). Excelente termos ficado na primeira fila, porque víamos de perto a orquestra. Mau, porque não tínhamos um plano geral do palco.
Do que menos gostei: da encenação a cargo de Joaquim Benite, que situa a peça nos anos 20 do século XX. Em declarações à Agência Lusa, o encenador dizia que o fez para tornar a ópera «mais compreensível para a época actual». Ora, convenhamos, por este motivo faria mais sentido situá-la no século XXI. Honestamente, preferia ter assistido à La Clemenza di Tito enquadrada na Roma antiga…
Do que mais gostei: de todo ritual. De sair mais cedo, de me vestir para a estreia, de ver o meu pai e meu irmão todos aperaltados, de termos ido num carro à altura, enfim, de toda a encenação que envolve uma ida à ópera «à moda antiga». E, claro, de estarmos os 3 juntos numa noite que nunca vamos esquecer.
Fomos ver La Clemenza di Tito, a última ópera composta por Mozart. Em resumo, Tito, o imperador, é traído por Sestus, grande amigo da sua confiança que, apaixonado por Vitellia, o tenta matar a pedido da mulher furiosa, que pensava que o imperador se ia casar com outra. Mas Tito sobrevive e Sestus, apesar de muito arrependido, é condenado à morte. O imperador vê-se então num dilema: a sensação de traição e a vontade de perdoar. É própria Vitellia que acaba por confessar o plano que tinha concebido. E o clemente Tito a todos perdoa.
A minha última ida à ópera tinha sido no Bolshoi de Moscovo, há 3 anos, para ver uma peça que durou 4 horas. Por isso, esta de 2 horas foi bem leve (se bem que vi meu pai a cabecear 2 ou 3 vezes…). Excelente termos ficado na primeira fila, porque víamos de perto a orquestra. Mau, porque não tínhamos um plano geral do palco.
Do que menos gostei: da encenação a cargo de Joaquim Benite, que situa a peça nos anos 20 do século XX. Em declarações à Agência Lusa, o encenador dizia que o fez para tornar a ópera «mais compreensível para a época actual». Ora, convenhamos, por este motivo faria mais sentido situá-la no século XXI. Honestamente, preferia ter assistido à La Clemenza di Tito enquadrada na Roma antiga…
Do que mais gostei: de todo ritual. De sair mais cedo, de me vestir para a estreia, de ver o meu pai e meu irmão todos aperaltados, de termos ido num carro à altura, enfim, de toda a encenação que envolve uma ida à ópera «à moda antiga». E, claro, de estarmos os 3 juntos numa noite que nunca vamos esquecer.
18 de fevereiro de 2008
14 de fevereiro de 2008
Será que afinal é uma vantagem?
«Beneficiei dessa fortuna dos míopes que, porque o são, não vêem a luz, mas a multiplicação dela.»
José Saramago, Manual de Pintura e Caligrafia
José Saramago, Manual de Pintura e Caligrafia
12 de fevereiro de 2008
Parabéns, Papá
Tenho (e acho que o temos se aplica também ao Migas) muito orgulho em ser tua filha. Porque conseguiste tomar decisões muito difíceis a meio da tua vida e porque a conseguiste refazer depois dos 50, sozinho e sem cederes em tomar o caminho mais fácil, como tantos outros fazem. Porque continuas a ser exactamente o mesmo pai que eras antes e porque estás sempre disponível para nos ouvires. Porque te preocupas connosco sem quereres que nos preocupemos contigo. Enfim, porque és o nosso pai. Mesmo quando és um «velho rezingão» que se mostra zangado sem sequer se aperceber disso... Parabéns pelos teus 55 anos.
6 de fevereiro de 2008
Má (péssima) publicidade
Não posso deixar de registar o meu desagrado com a mais recente campanha da cadeia Media Markt. Uma campanha de extremo mau-gosto. Não é que alguma vez tenha gostado das campanhas, mas esta ultrapassou os meus limites de tolerância.
A campanha dá pelo nome de «Parvónia» e caricatura descaradamente os habitantes dos países de Leste, que supostamente ficam muito espantados com os preços praticados nas lojas Media Markt. Se bem que no site da empresa se diga que a Parvónia é um «local onde ninguém vai ou visita e que nem aparece no mapa», as semelhanças são mais do que evidentes. Pelo sotaque, pela indumentária, pelo carro que usam, pelos tipos físicos (pele clara, olhos azuis, bigode). Dos cidadãos da Pavónia, diz-se que «são desligados do mundo, vivem no antigamente e basicamente... são parvos». Adjectivos como «fraco», «trapalhão», «ridículo» e «pseudo-inocente» fazem ainda parte da campanha.
Será que há assim tanta gente com mau-gosto e falta de respeito pelo próximo? Para sair para a rua, uma campanha destas tem de passar por uma data de gente. E isto assusta-me. Porque bastaria olhar à nossa volta para não fazer uma barbaridade destas e constatar a quantidade de pessoas oriundas dos países de Leste que por cá trabalham, e muito. Mais do que muitos portugueses.
Acho que antes de avançarem com esta campanha deviam ter olhado melhor para os números recentes do Relatório de Desenvolvimento Humano 2007-2008. Nomeadamente nos que se referem às taxas de literacia da população adulta:
- Portugal: 93,8%
- Roménia: 97,3%
- Eslovénia: 99,7%
- Lituânia: 99,6%
- Estónia: 99,8%
- Letonia: 99,7%
Os números falam por si. E agora, quem é que vive na Parvónia?
A campanha dá pelo nome de «Parvónia» e caricatura descaradamente os habitantes dos países de Leste, que supostamente ficam muito espantados com os preços praticados nas lojas Media Markt. Se bem que no site da empresa se diga que a Parvónia é um «local onde ninguém vai ou visita e que nem aparece no mapa», as semelhanças são mais do que evidentes. Pelo sotaque, pela indumentária, pelo carro que usam, pelos tipos físicos (pele clara, olhos azuis, bigode). Dos cidadãos da Pavónia, diz-se que «são desligados do mundo, vivem no antigamente e basicamente... são parvos». Adjectivos como «fraco», «trapalhão», «ridículo» e «pseudo-inocente» fazem ainda parte da campanha.
Será que há assim tanta gente com mau-gosto e falta de respeito pelo próximo? Para sair para a rua, uma campanha destas tem de passar por uma data de gente. E isto assusta-me. Porque bastaria olhar à nossa volta para não fazer uma barbaridade destas e constatar a quantidade de pessoas oriundas dos países de Leste que por cá trabalham, e muito. Mais do que muitos portugueses.
Acho que antes de avançarem com esta campanha deviam ter olhado melhor para os números recentes do Relatório de Desenvolvimento Humano 2007-2008. Nomeadamente nos que se referem às taxas de literacia da população adulta:
- Portugal: 93,8%
- Roménia: 97,3%
- Eslovénia: 99,7%
- Lituânia: 99,6%
- Estónia: 99,8%
- Letonia: 99,7%
Os números falam por si. E agora, quem é que vive na Parvónia?
4 de fevereiro de 2008
Vale da Pinta...
3 de fevereiro de 2008
Coisas de Carnaval
Não gosto do Carnaval que se comemora por cá. Não gosto de ver crianças, às vezes de meses, mascaradas de enfermeiras, de Peter Pan ou de abelhas. Porque as máscaras não são para as crianças, mas para os pais e para os adultos em geral, que as tratam como se fossem bonecos. Que fazem questão que as máscaras estejam sempre impecáveis, mesmo que as crianças estejam com um ar infelicíssimo dentro delas. E os desfiles de Carnaval das escolas, como vi em Algés na 6.ª feira, com os miúdos todos vestidos de igual, com umas cartolas pretas, com um ar mais uma vez infeliz, a serem expostos a quem os quisesse ver. Deprimente.
Não gosto dos desfiles em Portugal a imitar os desfiles no Brasil. O Carnaval de Torres, da Mealhada, de Loulé, com as bailarinas em biquíni como se estivesse um calor à Rio. E ouvir na televisão declarações do género: «As pessoas deviam vir a Sesimbra ver o verdadeiro Carnaval de Portugal que, para mim, é o mais parecido com o do Brasil.» Como ouvi ontem.
A haver Carnaval, prefiro o genuíno português:
- o de Cabanas de Viriato, um Carnaval espontâneo e propositadamente desorganizado, em que toda a vila participa, ao som dos tambores, na Dança dos Cus ou Dança-Grande. Um Carnaval onde todos se misturam, os da vila e os de fora, e onde não há desfiles com espectadores.
- o Carnaval de Podence, onde homens e rapazes se mascaram com fatos de lã verde, amarela e vermelha, e percorrem a vila atrás das raparigas.
- o Carnaval de Lazarim, o dos caretos, com máscaras artesanais de ar demoníaco feitas de madeira. Na vila, dizem-se quadras de má-língua de rapazes para raparigas e vice-versa, deixando as politiquices de lado.
Carnavais genuínos, sem imitações.
Não gosto dos desfiles em Portugal a imitar os desfiles no Brasil. O Carnaval de Torres, da Mealhada, de Loulé, com as bailarinas em biquíni como se estivesse um calor à Rio. E ouvir na televisão declarações do género: «As pessoas deviam vir a Sesimbra ver o verdadeiro Carnaval de Portugal que, para mim, é o mais parecido com o do Brasil.» Como ouvi ontem.
A haver Carnaval, prefiro o genuíno português:
- o de Cabanas de Viriato, um Carnaval espontâneo e propositadamente desorganizado, em que toda a vila participa, ao som dos tambores, na Dança dos Cus ou Dança-Grande. Um Carnaval onde todos se misturam, os da vila e os de fora, e onde não há desfiles com espectadores.
- o Carnaval de Podence, onde homens e rapazes se mascaram com fatos de lã verde, amarela e vermelha, e percorrem a vila atrás das raparigas.
- o Carnaval de Lazarim, o dos caretos, com máscaras artesanais de ar demoníaco feitas de madeira. Na vila, dizem-se quadras de má-língua de rapazes para raparigas e vice-versa, deixando as politiquices de lado.
Carnavais genuínos, sem imitações.
2 de fevereiro de 2008
Alimentação
A minha tem sido péssima nos últimos dias... Pizzas, hamburgueres, torradas, chocolates, cafés. Porque chego a casa tarde e não me apetece fazer nada. E porque, comendo pouco durante o dia, à noite só me apetece ingerir comida altamente calórica e pouco saudável. Mas vou tentar que a próxima semana seja diferente. Para me precaver, já enchi o frigorífico de comida saudável e rápida que me pode saciar quando chegar tarde: sopas, pratos com espinafres, iogurtes... Vou tentar resistir à tentação de passar no McDonald's ao fim do dia. E de, ao chegar a casa, ligar de imediato para encomendar pizzas. Vou obrigar-me a comer a meio da manhã e a meio da tarde. Vou obrigar-me a beber mais água. Vou...
1 de fevereiro de 2008
Só para dizer...
... que estou de volta durante o fim-de-semana. Depois de uma semana caótica, com dias de trabalho a durar entre 12h e 14h, vamos ver se escrevo alguma coisa, em vez de me limitar a ler... E já só faltam 28 dias para me libertar outra vez.
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