
31 de março de 2008
E também o cinema…

30 de março de 2008
Pôr a amizade em dia
25 de março de 2008
Barulhinhos de gato bom

24 de março de 2008
Parabéns, Mary

22 de março de 2008
A propósito da Páscoa, a religião

Mas tenho alguma pena de não ser crente. De ir à igreja e ter fé, de participar em procissões (como a que no domingo de ramos passou por baixo da minha janela, em plena cidade), de ter mais justificações para tudo o que vai acontecendo.
O meu pai teve uma educação católica, com primeira comunhão e julgo que mais algumas coisas. A minha mãe não sei, penso que teve uma educação mais laica. Casaram-se pela igreja, por um padre que hoje se encontra casado e acho que com filhos. De 3 irmãos, fui a única baptizada. A partir de mim, os meus pais, devido a algumas atitudes da Igreja, decidiram não baptizar mais filhos.
Hoje, pais divorciados, a minha mãe começa a redescobrir a Igreja, mais por causa de um padre em específico do que por qualquer outra coisa. Vai à missa ao domingo, mas só semana sim, semana não, quando lá está o dito padre com a postura que lhe agrada. O meu pai mantém a postura de há 30 anos, laico e a acreditar acima de tudo no valor do Homem.
Também eu acredito no Homem mas, num misto de algo que se pode assemelhar com uma religião, acredito também que aquilo que fazemos como seres vivos trará os seus resultados em nós próprios, hoje ou em qualquer outra altura. Não consigo acreditar que a morte seja o fim, não consigo acreditar que sejamos apenas uma amálgama de músculos, ossos, sangue e veias que deixa de funcionar e pronto. Muitas vezes sinto-me protegida pelos meus familiares queridos que já cá não estão. E sei que este sentimento não está só na minha cabeça.
Sim, acredito em algo superior, ou em nós, seres vivos como seres superiores.
21 de março de 2008
Tempo
«O tempo perguntou ao tempo quanto tempo o tempo tem. O tempo respondeu ao tempo que o tempo tem tanto tempo quanto o tempo tem.»

20 de março de 2008
3584 páginas depois...

A Primavera...

19 de março de 2008
Maravilhas da língua inglesa...
12 de março de 2008
Leituras

À espera de um autocarro ou do metro: os diagramas da rede, de preferência aqueles que contêm os nomes de todas as ruazinhas à volta para que haja mais matéria de entretenimento.
A tomar o pequeno-almoço (em casa): a Net.
A tomar o pequeno-almoço (fora): qualquer lista que haja em cima da mesa, sobre sumos naturais ou outra coisa qualquer.
Na casa-de-banho: o correio que estava por abrir, folhetos de promoções de grandes superfícies, embalagens de shampoo ou o que estiver à mão.
A conduzir (parada no trânsito): à falta de um livro, folhetos de publicidade, inlays de CD, facturas de gasóleo.
A conduzir (em andamento em vias rápidas): os letreiros de entradas e saídas, a publicidade nas carrinhas por que passo. Nota: ontem passei por um reboque propriedade de um tal «Zé Mau»...
A conduzir (em andamento na cidade): outdoors, nomes de lojas, nomes de ruas...
E mais não digo porque tenho de ir trabalhar. Em livros.
8 de março de 2008
Ultimato
Um ultimato a mim própria: se não acabar a campanha editorial até ao final da próxima semana, vou ter de recorrer a mais do que café para me manter desperta. Porque, com o mau humor com que ando, já me sinto uma sacana... agora só me falta transformar-me no resto.

3 de março de 2008
Está marcada...
Rói-me um misto de medo e de desejo. Medo da anestesia geral, de não ficar bem anestesiada e sentir tudo, de não acordar depois, de estar internada num quarto cheio de desconhecidos, de não conseguir dormir de noite, de as lentes não ficarem bem postas, de o meu corpo as rejeitar, de surgirem infecções.
Desejo de poder acordar de manhã e ver tudo nítido, de não ter de esticar o braço para agarrar nos óculos, de à noite me poder deitar sem tirar as lentes, de dar mergulhos no mar sem medo de as perder. Desejo de liberdade.
2 de março de 2008
Pausa para ver Momix
Quanto aos Momix, sabia apenas que ia ver algo que misturava dança e mímica. Mas foi muito mais do que isso.
No espectáculo Opus Cactus, a companhia norte-americana homenageia o deserto, ou os desertos. Os desertos norte-americanos, com os tufos de ervas a rolar, lagartos e cobras. Os desertos árabes, com as suas músicas sentidas e escorpiões. Os desertos da África profunda, com as suas tribos e rituais. Jogando com música, luz e corpos, retratam-se animais, plantas, coisas... Até nos esquecermos de que o que estamos de facto a ver são pessoas. Uma surpresa muito boa.