4 de fevereiro de 2009

Não revolucionou a minha vida

Não para responder à Mary, mas porque já há 2 dias que queria escrever sobre este Revolutionary Road. E para quem acompanha os 2 blogs, nada como o contraponto da opinião de 2 pessoas que podiam ser irmãs…

Ia com uma expectativa alta, críticas muito favoráveis, um realizador de quem já tinha visto 2 bons filmes (Sam Mendes - American Beauty e Máquina Zero), conselhos de quem, com gostos parecidos com os meus, tinha visto e aprovado.

Resumindo, do que gostei:
- da base da história, um típico casal norte-americano, ele empregado de escritório, ela dona-de-casa, vida nos subúrbios, dois filhos e uma casinha perfeita com o relvado perfeito (só faltava o cão)… mas muita frustração, muito sonhos por realizar e vontades diferentes de o fazer;
- do ambiente dos anos 50 – o mobiliário, o vestuário, os carros;
- da cena final, discreta e cheia de humor.

Do que não gostei:
- da interpretação do casal principal – ele, Leonardo DiCaprio, não me consegue convencer no papel de pai de família (para ser sincera, nunca me convenceu noutros papéis); já com ela, Kate Winslet, aconteceu-me algo que não me acontecia há muito tempo, não conseguir abstrair-me de que estava a representar;
- do efeito «montanha-russa», com discussões brutais intercaladas por declarações inflamadas de amor pelo meio, da sensação de que nunca mais acabava ;
- das coincidências, de quem peca ter sempre o outro à espera com um sorriso nos lábios, não sei se para gerar remorsos se com outro objectivo.
Saí da sala com vontade de ir ver outra coisa.

Próximas sessões: Milk, A troca, O estranho caso de Benjamin Button, Dúvida, Vicky Cristina Barcelona, O rapaz do pijama às riscas, A duquesa

9 comentários:

Mary disse...

Pois... basicamente, concordo com todos os factores de que gostaste (a última cena é, de facto, genial). Quanto ao resto, devo dizer que não gosto nada do Leonardo diCaprio, mas acho que ele até faz um bom papel. Contra ele está, apenas, aquele ar demasiado jovem e fútil que o caracteriza, mas que, neste caso concreto, até vem reforçar a juventude da personagem (que tem apenas 30 anos), tão importante para a história - porque aqui não estamos a falar de crises de meia-idade, como em American Beauty, mas sim de um casal jovem - e já tão revoltado...

Quanto à "montanha russa", por acaso acho que é um dos pontos fortes do filme: adoro a alternância entre os planos estáticos típicos do Sam Mendes e as discussões viscerais, a qual, no fundo, vem reforçar as muitas ambiguidades e contradições que caracterizam as pessoas. E (consequentemente) as relações.

Mas enfim, como diria certamente Floripes, se aqui viesse, isto cada cabeça, sua sentença!

Bjs, a seguir vou atacar A Duquesa!

Vespinha disse...

Acho que desse vou gostar... :)

Anónimo disse...

Mary,
Já vim!
Em Freamunde também se diz, cada galhinha bica o seu milho!

Anónimo disse...

Mary,
Já vim!
Em Freamunde também se diz, cada galhinha bica o seu milho!

Mary disse...

Floripes, eu sabia: dei 5 minutos para esses dedinhos nervosos aqui virem parar! E não falhei!!!

Vespinha disse...

Ui, vamos ter aqui jogo de ténis? :)

Anónimo disse...

confesso que dificilmente verei novamente, no cinema, um filme com o diCaprio, ou com a Winslet, ou com o diCaprio e a Winslet. Acho-os artificiais, muito branquinhs com rosetas cor-de-rosa...

Nia disse...

Boas! Gostei do blog, principalmente da Vespa (mais uma aqui ;)

E tb não gostei do Revolutionary...

Anónimo disse...

Tb não adorei o revolutionary, mas ainda achei que as interpretações eram o melhorzinho que tinha!