Corre bem esta minha semana de férias cultural. Assim, para já, em 2 dias:
MUDE
Ante-estreia: Flashes do MUDE - Depois de uma parte da coleção ter estado exposta no CCB até 2006, e de muito se ter especulado acerca de para onde iriam as peças (entre outros locais, chegou a falar-se da Gare Marítima de Alcântara e do Pavilhão de Portugal, no Parque das Nações), o espólio colecionado por Francisco Capelo parece ter arranjado pouso na rua Augusta, na antiga sede do BNU. Para já, o que se vê é apenas uma pequeníssima amostra, num espaço amplo e totalmente descarnado, que, talvez por isso, não deixa de ter uma certa beleza e imponência. Peças emblemáticas, muita alta-costura, a abrir o apetite para tudo o resto que ainda está guardado e a não nos deixar envergonhados por comparação com outros grandes museus de design do mundo.
Ombro a ombro: Retratos políticos - Centenas de cartazes e retratos políticos que atravessam todo o século XX e entram no XXI, representando figuras tão diversas como Che Guevara, Ramalho Eanes, Barack Obama, Mário Soares, Arnold Schwarzenegger e Lenine. A não perder os cartazes de Yulia Tymoshenko, primeira-ministra ucraniana, que, com cara e penteado de anjo, aparece em cartazes promocionais vestida de astronauta, motard e outras coisas que tais.
MUSEU DO CHIADO
Arte moderna em Portugal: de Amadeo a Paula Rego – um percurso pela arte em Portugal na primeira metade do século XX, marcada pela emigração de alguns dos principais nomes para Paris (descobri agora que a Helena Vieira da Silva chegou a ser retirada a nacionalidade por Salazar). Além de Amadeo e Paula Rego, também lá estão Almada Negreiros (adorei ver de perto os estudos para a Gare Marítima da Rocha do Conde de Óbidos), Júlio Pomar, Fernando Lanhas, Nadir Afonso e tantos outros.
João Pedro Vale, Feijoeiro – uma instalação gigante feita de collants, esferovite e arame que materializa o universo de João e oo Pé de Feijão, que sobe pelo interior do museu acima e que apetece trepar para descobrir onde leva.
MUSEU COLECÇÃO BERARDO
Arriscar o real – Mais uma excelente parte da coleção deste homem que pode ser um bronco mas de quem começo a gostar e a quem temos de agradecer por trazer para Portugal obras deste calibre. É que, em cada nova exposição, não consigo deixar de me surpreender e maravilhar. Desta vez, do muito belo que vi, não resisto a registar o mais horrível: um filme com uma mulher na praia, nua, a fazer hula-hoop com um arco de arame farpado.
Art Déco e seus inimigos – Madeiras exóticas, metais, vidros, tecidos ricos, de Lalique e outros, em contraponto com os seus «inimigos», como Le Corbusier e Jean Prouvé. Poucas peças, mas interessante.
E, perguntar-se-ão, quanto paguei para ver isto tudo? Nada. Zero. Nicles. No MUDE e no Museu Berardo é sempre de graça, no Museu do Chiado ao domingo até às 14h não se paga. Com tanta coisa para conhecer, quem é que se quer enfiar num centro comercial?
MUDE
Ante-estreia: Flashes do MUDE - Depois de uma parte da coleção ter estado exposta no CCB até 2006, e de muito se ter especulado acerca de para onde iriam as peças (entre outros locais, chegou a falar-se da Gare Marítima de Alcântara e do Pavilhão de Portugal, no Parque das Nações), o espólio colecionado por Francisco Capelo parece ter arranjado pouso na rua Augusta, na antiga sede do BNU. Para já, o que se vê é apenas uma pequeníssima amostra, num espaço amplo e totalmente descarnado, que, talvez por isso, não deixa de ter uma certa beleza e imponência. Peças emblemáticas, muita alta-costura, a abrir o apetite para tudo o resto que ainda está guardado e a não nos deixar envergonhados por comparação com outros grandes museus de design do mundo.
Ombro a ombro: Retratos políticos - Centenas de cartazes e retratos políticos que atravessam todo o século XX e entram no XXI, representando figuras tão diversas como Che Guevara, Ramalho Eanes, Barack Obama, Mário Soares, Arnold Schwarzenegger e Lenine. A não perder os cartazes de Yulia Tymoshenko, primeira-ministra ucraniana, que, com cara e penteado de anjo, aparece em cartazes promocionais vestida de astronauta, motard e outras coisas que tais.
MUSEU DO CHIADO
Arte moderna em Portugal: de Amadeo a Paula Rego – um percurso pela arte em Portugal na primeira metade do século XX, marcada pela emigração de alguns dos principais nomes para Paris (descobri agora que a Helena Vieira da Silva chegou a ser retirada a nacionalidade por Salazar). Além de Amadeo e Paula Rego, também lá estão Almada Negreiros (adorei ver de perto os estudos para a Gare Marítima da Rocha do Conde de Óbidos), Júlio Pomar, Fernando Lanhas, Nadir Afonso e tantos outros.
João Pedro Vale, Feijoeiro – uma instalação gigante feita de collants, esferovite e arame que materializa o universo de João e oo Pé de Feijão, que sobe pelo interior do museu acima e que apetece trepar para descobrir onde leva.
MUSEU COLECÇÃO BERARDO
Arriscar o real – Mais uma excelente parte da coleção deste homem que pode ser um bronco mas de quem começo a gostar e a quem temos de agradecer por trazer para Portugal obras deste calibre. É que, em cada nova exposição, não consigo deixar de me surpreender e maravilhar. Desta vez, do muito belo que vi, não resisto a registar o mais horrível: um filme com uma mulher na praia, nua, a fazer hula-hoop com um arco de arame farpado.
Art Déco e seus inimigos – Madeiras exóticas, metais, vidros, tecidos ricos, de Lalique e outros, em contraponto com os seus «inimigos», como Le Corbusier e Jean Prouvé. Poucas peças, mas interessante.
E, perguntar-se-ão, quanto paguei para ver isto tudo? Nada. Zero. Nicles. No MUDE e no Museu Berardo é sempre de graça, no Museu do Chiado ao domingo até às 14h não se paga. Com tanta coisa para conhecer, quem é que se quer enfiar num centro comercial?
7 comentários:
Andamos pelos mesmos locais ;)
e acabaste de me «roubar» um post :)
Continuação de boas férias!
Bj
Podes ter outras perspectivas...
o que eu preciso mesmo de saber é se a exposição que está agora no museu a electricidade vale a pena! vais lá passar?
Qual é o nome (e assunto) dessa?
Remade in Portugal
O mote é: utilizar pelo menos 50 por cento de matéria proveniente de processos de reciclagem, no desenvolvimento das criações
Essa exposição deve ser bom, sininho! Prima, orgulho-me tanto de ti... és o público que eu sonho que encha os museus. Nem sabes como amei esta "Arricar o Real". Tem coisas impressionantes como este vídeo e aquela sala branca com as peças do Dan Flavin também teve um efeito espiritual em mim, apesar de me ter feito lembrar o Aldous Huxley do "Admirável Mundo Novo"... Quando pudermos, temos de combinar ir as duas de novo a exposições. Adoro partilhar coisas contigo, falamos a mesma linguagem das emoções artísticas. E somos generosas com a arte...! (Até 3a... beijinhos)
Sim, aquela sala enorme com as lâmpadas também é impressionante! E imaginarmo-nos trancados lá dentro com toda aquela luz?
Mal posso esperar por 3.ª para saber as novidades!
Enviar um comentário