1 de outubro de 2009

Gosto de ver o mundo aos quadradinhos



Terminada esta sequela, quase faço um esforço para voltar a ler prosa... Porque de banda desenhada nunca me canso. Em miúda, os sábados eram sagrados para ir com a minha mãe à «papelaria da dona Paula» comprar todas as novidades da semana. Tio Patinhas, Mónica, Mickey, Super Almanaques e outros que tais. Confesso que, neste campo, fui um bocado mimada, saía sempre de lá com pelo menos 5 ou 6 álbuns.

Passei depois pela fase dos Tintins, muitos herdados do meu pai e lidos em francês. Os Astérix também foram de rajada, e hoje, já com algumas saudades desses tempos, apercebo-me no entanto que ainda tenho tanto a descobrir.

À data de hoje, estes são os meus favoritos, não necessariamente por esta ordem:

Alan Moore (Inglaterra, 1953) – é o autor dos desenhos dos quatro livros lá de cima, mas também de Watchmen, que mo deram a conhecer. Ao lê-lo, fico cheia de vontade que os super-heróis ou alguém por eles existissem à séria.






Enki Bilal (França, 1951) – banda desenhada com um traço inimitável de um realismo impressionante que tanto viaja às vastas planícies geladas da URSS como a um futuro frio e muito duro.






Schuiten (Bélgica, 1956) e Peeters (frança, 1956) – só conheço a saga «As cidades obscuras», uma série de histórias sobre cidades que não existem mas que podiam existir, num ambiente muito retro e cheio de edifícios possíveis ou impossíveis.


Luís Louro (Portugal, 1965) – personagens inesquecíveis que se aventuram pelas ruas de Lisboa, em álbuns cujas cores dominam e saltam das páginas para fora.
Miguelanxo Prado (Espanha, 1958) – histórias caricatas e absurdas mas com princípio, meio e fim, desenhadas por este galego que também trabalha a cor com mestria.


Mutts, de Patrick McDonnell - tão simples, tão terno, tão inocente e tão cómico. Este cão e este gato são verdadeiros companheiros, como todos gostaríamos que os nossos animais fossem.

Aqui há gato, de Darby Conley – um siamês espertalhão e um rafeiro bonzão, em que o primeiro faz a vida negra ao segundo. Por me fazer lembrar uma das minhas gatas e por ser de facto muito engraçado, não me canso de reler cada um dos 4 álbuns.

Muitas, muitas provas de que a banda desenhada merece mesmo a classificação como «nona arte».

6 comentários:

sininho disse...

o que tu me foste lembrar... e o spirou? e o michel vaillant? e a mafalda? e o calvin? e...? :)))

Vespinha disse...

Sim, Calvin também, mas estes são o meu top no momento, estou viciadíssima em Alan Moore (by the way, pesquisa a imagem dele na net, é sinistro...)... Mas agora tenho a missão do 2666! :)

Ka disse...

Partilho contigo a paixão pelo Prado, Mutts, Aqui há gato e Alan Moore. Ando à procura de Luís Louro (só tenho 1 livro) e pelo Bilal ainda não me consegui apaixonar...
Se gostas de tiras cómicas recomendo-te também o Adam, Sopa de Pedra ou o Foxtrot.
Do Alan Moore, além da Promethea (que remete para universos mitológicos e simbólicos) tens um dos meus livros preferidos de BD - Piada Mortal, em que ele nos dá a conhecer a sua versão da origem do Joker, arqui-inimigo do Batman.

Boas leituras!

Rita disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Vespinha disse...

O «Piada mortal» vai já para a minha «to read list»! Sabes o título em inglês?

Ka disse...

Assim de repente não sei, mas acho que facilmente encontras quer a versão portuguesa, como a inglesa...