25 de janeiro de 2010

90 + 5 minutos de extrema felicidade

Depois de ter assistido a um filme que me conseguiu transportar à minha infância, e ao valor que devemos dar à ausência de responsabilidades dessa época, tive um encontro que me transportou até ao início da minha independência e que me fez chorar de alegria como há muito não me acontecia.

Tal como previa, O sítio das coisas selvagens é fantástico, apresentando uma criança que, revoltada com a vida que tem, viaja para uma ilha desconhecida onde vivem monstros felpudos mas com características muito humanas, com invejas e ciúmes, amizade e amor. Uma criança que, ao ser confrontada com a necessidade de ter de tomar medidas e decisões, se apercebe de que a infância é para ser vivida em cheio, sem responsabilidades nem preocupações, dando valor àquilo que tem.
Mas o melhor de tudo ficou para o fim, quando, ao sair da sala, ouço alguém a chamar por mim. Volto-me e de dou de caras com a «nossa Joaninha», uma miúda que conheço há 10 anos e com quem, sabe-se lá por que motivos, perdi o contacto há cerca de quatro. Uma miúda que se calhar nem sonha (ou talvez sonhe...) com a importância que teve para a minha família, uma miúda que associo a alguns dos melhores momentos da minha vida. A Joaninha que conheci adolescente e que espero agora conhecer melhor já adulta. A Joaninha com olhos brilhantes e que deixou os meus também molhados, ansiosa pelos encontros que aí vêm.

Bendita a hora em que decidi ir à sessão das 20h ver este filme antes que desaparecesse das salas.

2 comentários:

PSousa disse...

Bonito!

(finalmente tenho o DVD pronto a devolver - já não era sem tempo)

Bj

Vespinha disse...

:)