Ausência de luz. Ausência de som. Ausência de estímulos. Ausência de cheiro. Privação sensorial. Parece algo saído de um filme de Sci-Fi ou de um livro de Dan Brown (o seu último livro fala de algo parecido…). Mas não é. É algo bem real e está bem perto. Chama-se flutuação.
No dia 30, os que me aturam todos os dias ofereceram-me uma sessão de 50 minutos, porque pelos vistos há muito tempo que eu andava a dar sinal de que gostava de experimentar. Entre o Rato e o Jardim das Amoreiras fica o float in, uma experiência que aconselho a todos porque vai para além de tudo o que tenha imaginado.
Uma sala branca com luz ténue e uma grande banheira «quase tanque» ao centro. Antes de entrar na água, um duche. Depois, entro na banheira com 600 litros de água quente e 300 quilos de sal. Flutuo automaticamente, sem qualquer tipo de esforço. Três botões permitem-me comandar o resto: um desliga a luz, outro desliga a música, o último serve para uma emergência. O que sinto a seguir é difícil de descrever: vazio. Tão vazio que me permite adormecer sem pensar em nada. Duas ou três vezes, abro os olhos e vejo nada. Ouço nada. Sinto nada.
Até que, 50 minutos depois, três flashes trazem-me de novo para a realidade, num acordar em que me sinto da mesma forma: vazia. No final, novo duche para libertar todo o sal. Quando saio da sala, tenho um chá à minha espera num sala bastante zen, tudo com um timing perfeito.
Flutuei ontem e quero flutuar mais vezes.
5 comentários:
que bom!!
3 vivas à Alf, que se lembrou dessa surpresa! :)
tenho de experimentar.
não consigo imaginar a privação sensorial.
Rama, ela é de facto um poço sem fundo cheio de ideias!
Sininho, experimenta, é extremamente difícil descrever...
Não me tinhas contado nada sobre esta experiência...! Deve ser engraçado, embora duvide que me consiga "desligar" como é suposto...?
Já tinha lido sobre o que era, mas não como é... parece uma experiência do outro mundo... a ser testada brevemente ;)
Bj
(Parabéns aos autores da oferta!)
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