31 de janeiro de 2010

Prefiro as sextas-feiras 13...


... porque não me apetece ter mais nenhuma como a última sexta-feira 29. Senão, vejamos:

Até às 17h00: A fazer um relatório bem aborrecido, em contra-relógio para não ter de o levar para o fim-de-semana. Queria acima de tudo um fim de dia descansado.

17h00: Telefonema da minha mãe. Está no hospital desde o meio-dia porque caiu, coisa frequente devido a alguma da medicação que toma. Vou ter com ela, acaba de fazer uma TAC cerebral - como toma heparina, uma pancada na cabeça pode causar um derrame. Um pouco de ansiedade à espera dos resultados.

18h00: TAC normal. Vamos esperar pela consulta de ortopedia por causa de um dedo inchado e dorido.

19h00: Luxação no dedo médio, ponta do nariz partida. Vamos esperar pela consulta de medicina interna. O hospital está um caos, com a greve dos enfermeiros. Os doentes com mais dificuldades têm de ser assistidos por familiares ou por um ou outro auxiliar (estes cheios de boa vontade).

20h30: Consulta de medicina interna. O médico pede análises, sobretudo de rotina para se certificar de que nada de estranho poderá ter causado a queda. Vou para casa, supostamente já não faço ali nada.

20h45: 2.ª circular entupidíssima nos dois sentidos.

21h3o: Duas barreiras policiais para conseguir chegar a casa. Na rua é o caos, com a manifestação dos donos dos carrosséis. Barulho infernal, de pessoas, camiões e helicóptero.

23h00: Telefonema da minha mãe. Um dos valores das análises é duvidoso. A troponina, proteína que pode indiciar atrofia cardiomuscular, está fora do normal. Ligo para o meu pai para me esclarecer melhor. Pode ser tudo ou pode não ser nada. Pode ser o início de um enfarte ou uma atrofia de qualquer outro músculo que gerou um falso positivo.

23h45: Chego de novo ao hospital, depois de ter tido de passar novamente pelas duas barreiras policiais e pelo ambiente de motim. Vão repetir a análise para ver a evolução da troponina. A minha mãe está cansadíssima.

01h00: Nova consulta de medicina interna. O valor baixou bastante, o falso positivo estava mesmo à espreita. Respiramos fundo, foi só mais um susto dos muitos que a saúde da minha mãe já nos pregou.

02h00: Chego finalmente a casa, visto finalmente o pijama e tiro finalmente do punho a fita cor-de-rosa do hospital, que antes não tinha tirado por sentir que ainda teria de lá voltar.

Esta semana há consulta de neurologia. A ver se as quedas acabam.

3 comentários:

sininho disse...

espero (mesmo) que corra tudo bem.
... a ver se descansas...

estouparaaquivirada disse...

Foi um dia mesmo dificil...,espero que tudo volte ao normal rápidamente.
As preocupações são sempre muitas.
Beijinhos e melhoras rápidas.

Cláudia Abreu Antunes disse...

Bem... espero que a esta altura a tua mae ja esteja melhor e tu ja tenhas descansado...