1 de julho de 2010

Silêncio, por favor

Se tenho uma visão muito deficiente, que um dia me obrigou a colocar lentes intra-oculares, já a minha audição compensa-a em larga escala. E, se calhar por ouvir demasiado bem, eu não gosto de barulho. Em geral, de espécie alguma. Mas há certos barulhos que ouço com muita frequência e que têm o dom de me irritar ao ponto de não conseguir sequer pensar em mais nada a não ser no seu fim:

- televisão com o volume alto – em minha casa está sempre quase no mínimo; na casa dos outros, se tenho confiança acabo por pedir para baixarem o som;

- música em altos berros – se vem de casa dos vizinhos, entro numa espiral de irritação que por vezes só termina quando (delicadamente) lhes toco à porta para pedir para reduzirem o volume; em casa do meu pai (que adora ouvir música alto, apesar de ter uma boa audição) não tenho grande autoridade para a baixar;

- carros e motas a acelerar – se fosse polícia, multava todos os que ultrapassam os decibéis razoáveis permitidos por lei e que deviam ter sido controlados nos centros de inspecção automóvel;

- helicópteros – hoje em dia faz-se descolar um helicóptero por tudo e por nada: para observar o trânsito, para filmar desfiles e outros eventos, para controlar manifestações. Ao ouvir bater as pás de um helicóptero, consigo imaginar muito ao de leve o que será estar num cenário de guerra;

- crianças aos gritos – sobretudo se for a fazerem birra. E sobretudo se acompanhadas dos pais também aos gritos a dizerem-lhes para se calarem.

2 comentários:

Mary disse...

Esqueceste-te das vuvuzelas da moda...!

Vespinha disse...

Não, não esqueci... essas irritam-me mas hão-de passar! :)