9 de maio de 2011

A queda dos gigantes, de Ken Follett

Não é só no título, é mesmo um gigante este A queda dos gigantes. Gigante no tamanho (são mais de 900 páginas) e gigante no conteúdo. Guiada por Ken Follet, que tão bem o sabe fazer, ao longo de um mês viajei durante a noite para a luta pelos direitos das mulheres no início do século XX, para as minas de carvão da Inglaterra industrial, para as trincheiras da I Guerra Mundial, para os meandros da Revolução Russa e para a mudança de uma boa parte do mapa europeu. E aprendi muito.

Vi ganância, vi poder, vi miséria, vi morte, vi vida, vi amor e amizade. E concluí aquilo de que já suspeitava: que em grande parte dos casos a guerra não parte da vontade de um povo mas antes de um jogo de interesses de uma poderosa minoria. Em A queda dos gigantes simpatizei com muitos ingleses, russos, alemães e franceses. Mas também odiei outros tantos. Porque neste caso as partes representam o todo mais do que o todo representa as partes.

A Trilogia do Século ainda vai no primeiro volume, mais dois se esperam para daqui a 2 e 4 anos. E ainda bem. Porque pelo meio dá-nos tempo para refletir sobre erros que não se deveriam repetir.

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