Teresa é uma adolescente que emigra com os pais e com o irmão mais novo para os Estados Unidos, assentando nos subúrbios de Nova Iorque. Um ano depois da mudança, a adaptação ainda não aconteceu. Na escola é difícil saltar o muro da diferença, por isso Teresa refugia-se na amizade de um rapaz homossexual que, por motivos diferentes, também não se integra. Em casa, a atenção da mãe é pouca, deslumbrada pelo apelo consumista dos grandes armazéns onde passa grande parte do tempo. Em família, Teresa sente pelo irmão um misto de necessidade de distanciamento com instinto de proteção.
E então o seu mundo muda ainda mais um bocadinho, quando pai é internado no hospital. É a partir desse momento que Teresa se torna verdadeiramente numa ilha, cada vez mais pequena e isolada no meio do oceano.
Não consegui concluir se este é um livro para adultos, num registo um pouco diferente do habitual em Zimler, sempre muito focado no mundo judaico, se um livro para adolescentes. Seja o que for, em muitas passagens mexeu comigo e a dada altura tive mesmo de o deixar durante umas largas horas por não estar a aguentar o drama latente que estava a ler. Recomendo, mas para de seguida ler algo pelo menos um pouco mais leve. É que a capa tão colorida engana.
Nota: Apesar da nota final sobre a tradução, que justifica algumas opções para manter o tipo de discurso de uma adolescente de 15 anos, foi impossível distanciar-me de uma revisão deficiente. É que para quem lê muito é fácil distinguir as duas coisas.
5 comentários:
Diz-me só como tens tempo para ler tanto. A sério que também queria
Todos os dias à noite, entre 15 e 20 páginas... E ao fim de semana às vezes também um bocadinho :)
fiquei com muita vontade de o ler. acho que o vou encaixá-lo entre o 1.º e o 2.º da saga millennium :)
o meu sono chega ao fim de poucas páginas, portanto os livros rendem sempre bastante
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