Enquanto ainda não arrisco andar de bicicleta, vou-me entretendo com o livro aqui ao lado, não propriamente sobre bicicletas mas sobre o tipo de pensamentos que nos podem ocorrer quando andamos nelas.
Mas o que eu quero mesmo é voltar a pedalar, vento na cara e roupa a esvoaçar. Porque sinto algo como isto:
... sempre gostei muito de andar de bicicleta. Trata-se de uma máquina que respeita o corpo e que se adapta a ele, quase perfeitamente. O acto de pedalar é feito de círculos desenhados no ar por todo o corpo. Existe um movimento de ombros específico para cada maneira de pedalar. Depois, como resultado, o vento no rosto. Mesmo em janeiro, inverno mesmo inverno, é melhor apanhar vento no rosto do que não apanhar. Sentir o toque abstracto do ar, essa matéria, é a certeza inequívoca de que estamos vivos. Se estamos a andar de bicicleta, então, é porque estamos vivos e temos todos os motivos para sorrir.
José Luís Peixoto, in Abraço
4 comentários:
O vento no rosto ganha outra dimensão, quando se anda de bicicleta com temperaturas negativas. Então, dá jeito adereços do tipo do que é aqui apresentado no post lá em cima, para manter as orelhinhas quentes :)
Não me estou a queixar, apenas a contribuir com mais uma experiência ;)
http://www.facebook.com/LisbonCycleChic/posts/312143218830536
As melhoras :)
Obrigada, já deve faltar pouco para recomeçar. :)
Já faltou mais! :) As melhoras e boas pedaladas! :***
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