16 de junho de 2012

A Fundação Saramago é uma honra


Não pude esperar muito para lá ir depois de saber que a Fundação José Saramago já tinha inaugurado. Depois de uns quilómetros de bicicleta, de um encontro com o outro fã mais próximo que conheço (o meu primo carioca) e de umas belas sardinhas, explorei com calma aqueles quatro andares:

- no 1.º a exposição sobre a obra - centenas de títulos de Saramago publicados em dezenas de línguas, manuscritos, artigos censurados, notas para os romances, fotografias, filmes, documentários e entrevistas, a medalha do Nobel, objetos pessoais e o seu escritório reconstruído;
- no 2.º fica a parte administrativa da fundação e, graças à timidez momentânea do meu primo, tive de ser eu a interpelar Pilar del Rio e dar-lhe os parabéns. Mudei, para melhor, a opinião que tinha sobre ela;
- no 3.º a loja, com os livros em várias línguas e merchandising vário;
- no 4.º a biblioteca, dividida numa parte pública e noutra (pertencente a Saramago) só aberta a investigadores mas que dá para espreitar.
Faz falta uma cafetaria, mas pode ser que ainda apareça.

A congregar tudo isto está uma arquitetura interior fantástica de dimensões inimagináveis quando se vê a Casa dos Bicos de fora. Longas escadas, divisórias de ferro, paredes de vidro, num estrutura labiríntica onde dá gosto perdermos-nos.

A entrada na Fundação será paga, mas durante o mês de julho é gratuita. Aconselho todos os que puderem a aproveitarem a oportunidade. Eu gostei imenso.

Não é o homem-bomba, é o homem-livro. Fotografia de Helena Gonçalves

3 comentários:

joana disse...

fiquei cheia de vontade de lá ir! e conheceste a pilar del rio! :O

Vespinha disse...

Sim, tive de me encher de lata! :)

joana disse...

ainda bem!!! :D