2 de setembro de 2012

360


Fui com enorme expectativa ver 360. Pelo argumento (uma espécie de Babel, em que várias historias se cruzam umas com as outras e em que a ação de um pode influenciar o resto da vida de outro), pela realização (Fernando Meirelles, o mesmo de Cidade de Deus e Ensaio sobre a cegueira), e pelo elenco (Jude Law, Anthony Hopkins, Rachel Weisz, Ben Foster...). SMas soube a pouco.

Algumas personagens surgem tão de passagem que nem percebemos o que estiveram lá a fazer. Algumas histórias são tão superficiais que nem lhes percebemos o fundamento. Outras cruzam-se de modo tão fugaz que nem lhes percebemos o sentido. Salvam-se alguns momentos de tensão, como a relação do pai da rapariga desaparecida com a brasileira traída e a relação desta com o violador em recuperação.

E no fim fica uma sensação de vazio, como se houvesse ainda tanto por dizer.

9 comentários:

CAP CRÉUS disse...

Mas...recomendas?

Vespinha disse...

Acho que não... tenho outros dois em fila, que recomendo mesmo sem ver. Publico amanhã!

CAP CRÉUS disse...

:-)
Gracias!

dg disse...

eu acho que a mestria do filme está precisamente no que deixa por dizer e no que não conta. meirelles está quase tão bom quanto no 'ensaio sobre a cegueira', numa realização e fotografia que é para mim a cereja do filme. eu gostei - e é por isso que o mundo não cai ;). não veja o "dois dias em nova iorque", já há muito tempo que não via um filme tão chato, a vontade de sair da sala assaltou-me mais do que duas vezes... abraço, dg

Vespinha disse...

Sim, esse não vou ver, até agora não li UMA crítica boa. Obrigada!

Mary disse...

Ah, ah, ah! Adoro o modo displicente, quase en passant, como referiste um dos principais motivos por que foste ver o filme! ;-)

Vespinha disse...

You rule! :)

Anónimo disse...

eu gostei muito dessa sensação do ficou tanto por dizer...

Vespinha disse...

Eu não... é como nos livros!