Sem fôlego

Poderia parecer um bocado estranho assistir a O legado Bourne sem a presença de... Jason Bourne. Mas não é. Através do outro «participante no programa», Aaron Cross (interpretado por Jeremy Renner), é desvendada uma série de mistérios acerca da trilogia, nomeadamente como é que um ser humano se transforma num super-humano e como é que cada «participante» é treinado ou aniquilado.

Apesar de ter sentido a falta de Matt Damon, a verdade é que Jeremy Renner nos consegue prender tão bem como Damon. Nada em águas gélidas do Alasca, luta contra lobos esfomeados, salta em picos de montanhas, guia motas no meio de trânsito caótico. E, mais tarde, com a cientista Marta Shearing (Rachel Weisz), parte em busca da substância que lhe permitirá ser um super-humano para sempre.

A cena de perseguição de mota em Manila, nas Filipinas, é das melhores que vi até hoje, com planos aproximados e de vários ângulos, causando uma tensão tal que mal me deixou ficar quieta na cadeira. E a presença de Edward Norton nunca me deixa indiferente. Nem a música de Moby.

PS: Quando olho para Jeremy Renner sem barba não consigo deixar de ver uma mistura de Kiefer Sutherland (aka Jack Bauer) com Pedro Granger. Serei a única?