22 de outubro de 2012

A responsabilidade de ter um animal

É quando os meus bichos ficam doentes que me apercebo de que não é qualquer pessoa que pode ter um animal, pois é nessas alturas que eles demonstram que não servem apenas para serem bonitos ou para nos fazerem companhia, que nos lembram que são seres vivos.

Ter um animal não é só alimentá-lo, brincar com ele e dar-lhe festinhas ou levá-lo a passear. É ficar ao lado dele quando está doente (como, no fundo, ele faz connosco), é não olhar à carteira quando é preciso comprar medicamentos ou pagar operações, é estar o máximo de tempo em casa para nos sentir por perto. É levantarmo-nos do sofá de 10 em 10 minutos para ver se está bem, é doer-nos o peito quando temos de lhe administrar medicamentos que sabemos que o estão a incomodar, é sentir um aperto por saber que está triste.

Eu este ano tive a certeza (já por duas vezes) de que posso e devo ter animais.

7 comentários:

CAP CRÉUS disse...

Nem mais!
É isso tudo!

MJ With Love disse...

Pois é!
E imagino (porque eu nunca tive animais, embora gostasse) que só passando pela situação se saberá efetivamente se se está à altura! :)

xx

Cristina Torrão disse...

Muito bem, Vespinha!

Lígia disse...

Nem preciso dizer que concordo a 100%, né?;)
Mas eu, que lido de perto com o outro lado, o lado daqueles que, mais que não poder, não devem ter animais e têm, continuo a ficar angustiada e aparvalhada com aquilo que vou encontrando...ainda hoje, o grupo de ajuda animal ao qual estou ligada, encontrou uma cadela abandonada com o pescoço todo enrolado com cordel, arame, corrente, que a estava a sufocar...Portanto, efetivamente não, ter animais não é para todos, não:(

Vespinha disse...

Essas histórias deixam-me doente...

Lígia disse...

E a mim...e a mim...:( Ser ativista da causa animal não é para todos, nem sequer para mim, mas então, desde 2007 que decidi que não me podia ficar pelo gostar apenas dos bichos, tinha de ajudar! A minha vida nunca mais foi a mesma e agora, tenho a certeza de que nunca vou ser totalmente feliz. Mas também te digo, pode não ser plenamente feliz, mas aqueles momentos em que vês um animal que estava na rua recuperar, ganhar confiança nas pessoas, e ser adotado por famílias impecáveis, são assim momentos em que a alma transborda de felicidade:') Portanto olha, tem de ir compensando!

sophia disse...

Concordo mesmo muito! E é por não haver essa responsabilidade que há tantos animais abandonados