Foto roubada do Facebook do meu irmão. |
Ao anoitecer estávamos ao rubro. Para além de quem lá morava (os meus pais, avós maternos e nós os três), começavam a chegar a Avó Luísa e o Avô João, quando ainda estavam juntos, a madrinha Maria Luísa do meu pai e os tios bisavós Tia Ilda e Tio José quando ainda vivos. Muito mais tarde, com tudo já furibundo, apareciam os tios da minha mãe Nanã e Tio Quim, atrasados crónicos que só deixaram de se atrasar tanto quando passou a ser o meu pai a ir buscá-los a Campolide.
Jantávamos bacalhau com todos devagar, sempre muito devagar. Depois lavava-se a louça. E só depois, mais tarde mas julgo que ainda antes da meia-noite, vinha O SINAL. O Vovô desaparecia misteriosamente, e com ele julgo que o meu pai e a minha mãe, enquanto na sala de jantar nos tentavam entreter. Ouviam-se barulhos pela casa. E, de repente, a iluminação ia toda abaixo, voltando a ligar-se e a desligar-se três vezes seguidas. Tinha chegado o Menino Jesus! Corríamos para a sala, para junto da lareira, para abrir as dezenas de presentes que nunca nos faltaram. Os mais velhos ficavam sentados, nós de joelhos no chão e a minha mãe a tentar controlar a distribuição. Uma felicidade até cairmos para o lado.
No dia seguinte, dia 25, brincávamos, íamos almoçar à Avó Luísa e jantar à Nanã, para depois partirmos podres de sono para a casa da Beira. Era bonito.
2 comentários:
Era bonito, dizes. Foi bonito saber, acrescento.
homem sem blogue
homemsemblogue.blogspot.pt
Adorei a fotografia, que querido :-)
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