25 de março de 2013

Morte súbita, de J. K. Rowling


Nunca fui grande fã de Harry Potter, apesar de perceber que facilmente cativa quem tenha seguido a saga toda. Mas quando J. K. Rowling lançou o seu primeiro livro para adultos, não hesitei em encomendá-lo.

Como o li em inglês, e como a escrita de Rowling é mais fica de vocabulário do que outros livros em inglês que tenho lido, o arranque não foi fácil. Mas também pela quantidade de personagens e de oito núcleos familiares que têm pesos muito semelhantes ao longo do livro.

Tudo começa com a morte súbita de um cidadão de Pagford, pequena cidade inglesa. E a partir daí, grande parte da história ronda à volta de quem ficará com o seu lugar no conselho da cidade: os mais democráticos, como o falecido Barry Fairbrother, que defendem a manutenção de um bairro social e de uma clínica de toxicorrecuperação dentro dos limites da cidade? Ou os mais conservadores, que defendem precisamente o contrário? É no meio de todas estas disputas que se revelam os podres de cada família, os dramas das relações entre filhos e pais, os dilemas em volta de temas como a toxicodependência, a violação e a violência familiar.

O título em português é Morte súbita, em inglês The casual vacancy (vaga acidental no conselho de uma cidade), muito mais adequado a toda a história. É um livro de raiva, não é perfeito nem uma obra-prima, mas vale a pena dar-lhe uma oportunidade.

4 comentários:

MissLilly disse...

eu fiquei curiosa com o livro apesar das reviews. acho q mta gente estava a espera de um livro a la harry potter, eu nao, sabia q era um livro muito mais maduro. ao inicio custou a encaixar-me nos personagens, mas a meio do livro tornou-se interessante. gostei, acho que pelo menos nao faltou originalidade, nao e nada de especial, mas vale a pena le-lo

Vespinha disse...

Precisamente o que achei: vale a pena ler, mas não é uma obra-prima.

Cristina Torrão disse...

Também não sou fã de Harry Potter, li apenas o primeiro volume e vi 4 ou 5 filmes, mas não lhes acho grande piada. Por vezes, até lhes perco o fio à meada, porque me ponho com divagações e, quando volto ao filme, já não entendo nada. Ou seja: não me prendem.
Por outro lado, admiro a escritora, que se tornou conhecida em todo o mundo, sem "cunhas".
Depois desta opinião, fiquei interessada no livro :)

Vespinha disse...

Leia, Cristina, porque de Harry Potter não tem nada, é até bastante forte e adulto.