Sara Naomi Lewkowicz é fotógrafa e durante uns meses aproximou-se do casal Maggie e Shane, ela uma jovem mãe de duas crianças, ele um namorado recente com quem tinha ido viver.
Uma noite, estando em casa do casal, presenciou uma cena de violência doméstica em direto e fotografou todos os pormenores, desde os primeiros ataques verbais, passando pela violência física, por uma das crianças a querer proteger a mãe, até um vizinho chamar a polícia e Shane ser preso.
Há quem critique Sara por não ter intervindo, mas a meu ver o importante aqui é podermos ver as imagens verdadeiras daquilo que muitas vezes só vemos em reconstituições jornalísticas ou em testemunhos com caras disfarçadas. Leiam e vejam a história toda aqui e tirem as vossas próprias conclusões.
As minhas conclusões são que há homens capazes de uma violência atroz e mulheres muito estúpidas que para não ficarem sozinhas se sujeitam a tudo.
5 comentários:
A violência doméstica teima em não desaparecer. O que mais me incomoda é saber que raparigas muito jovens são vítimas de selvagens, aos quais elas chamam de namorados...
Eu acho qualquer mulher vítima de violência doméstica não poderia estar mais só... mas a falta de auto-estima, o medo impede por vezes a mudança de situação.
Sim, o problema deve ser mesmo esse, mas leste bem este caso? A primeira coisa que ela fez foi voltar para o pai dos filhos, e sabe-se lá porque é que o terá deixado...
Por maior que seja o "interesse documental" deste artigo, acho verdadeiramente inenarrável (entre muitas outras coisas) o facto de esta pseudo-amiga, em vez de intervir ou mesmo se ausentar, ter optado por fazer uma reportagem fotográfica da miséria alheia.
Quanto a mim, a agredida foi vitima não de um mas de dois agressores. E não sei qual deles o pior.
É um dilema, de facto. Mas se não houvesse imagens provavelmente não haveria impacto, porque é de imagens que hoje vivemos. As imagens dela mostraram aquilo que geralmente só nos contam, e que tendemos a nunca conseguir imaginar realmente como é.
Quantos fotojornalistas não tiveram de retratar a morte de uma criança em cenário de guerra em vez e de a ajudar? Ou crianças a morrer de fome em vez de as alimentarem?
É um caso muito polémico. Eles sabiam que ela era fotorepórter, aliás foi assim que se aproximou deles. Há profissões em que é preciso tomar decisões muito difíceis, e o jornalismo de reportagem é uma delas.
Boas fotos, triste reportagem.
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