19 de setembro de 2013

Política de terra queimada

É a única interpretação que consigo fazer das decisões do nosso ministro da Educação. Para além de estar a dizimar a classe docente a nível físico e psicológico, de obrigar a compor turmas com quase 40 alunos, de ter imposto um calendário de adoção de novos manuais totalmente descoordenado, decide agora que a disciplina de Inglês deixa de ser obrigatória como Atividade Extra Curricular no 1.º Ciclo.

Isto é, passam a ser as escolas a decidir se terão ou não o Inglês como oferta, e muitas estão a optar por outras áreas como a Educação Musical ou a Educação Física. O que significa, na prática, que as crianças chegarão ao 2.º Ciclo com níveis muito variados de aprendizagem da segunda língua (de zero a quatro anos, na verdade). E a abrir um fosso cada vez maior entre os alunos deste país. E a colocar-nos cada vez mais longe da Europa.

Senhor Professor Nuno Crato, diga lá de vez a verdade e o que pretende fazer da Educação em Portugal. É que parece que ninguém o entende e que ninguém se entende.


6 comentários:

Só-Tiras disse...

Sem Inglês será mais difícil emigrar... quer manter o pessoal por cá.
A Lili tem 6 NEE numa turma!

Nadinha de Importante disse...

Com esta medida, ele consegue cuprir uma designação do tratado de Nice. Porque refer preferencialmente!

No entanto, a ideia é completar os horários dos professores efectivos, que por culpa da redução de turmas(aumento do número de alunos por turma), deixaram de ter horários completos!

A escola onde estava, o Inglês foi substituído, por professores de Filosofia, Biologia, Sociologia, Física e Química!

A ideia do ministro é acabar mesmo com o Ensino Público, quem tem dinheiro vai para o privado, quem não têm, vai trabalhar!

Mamã disse...

Acabou a falta de perceção, para o futuro...

Vespinha disse...

Há «casos » por todo o lado, esse dos NEE é mais um. Onde é que isto vai parar? A sério que começo a achar que o homem é lunático...

Gisela disse...

Deve querer vingar-se dos professores da infância...algum trauma mal resolvido. O problema tem surgido com os ministros da educação dos últimos 10 a 15 anos...

Vespinha disse...

Sim, é na Educação e na Saúde... Quando chegam ao poder, todos querem deixar a «sua» marca...