Quantos de nós entrariam voluntariamente num campo de concentração para poder contar e enviar cá para fora notícias sobre o que lá dentro se passava? Witold Pilecki foi um militar polaco, com família e com filhos, que em 1940 foi para a rua de propósito para ser apanhado e levado numa remessa para Auschwitz.
Lá dentro, viu horrores que só lendo as suas palavras é possível imaginar, organizou grupos de resistência com o objetivo de um dia tomarem o campo e, sempre que podia, enviava relatórios cá para fora, na esperança de abrir os olhos e provocar uma invasão dos Aliados. Infelizmente, nunca foi levado suficientemente a sério, apesar do que relatava sobre massacres sobre todo o tipo de gente, levados a cabo usando os métodos mais inimagináveis. Talvez julgassem que era mau demais para ser verdade...
Witold conseguiu escapar do campo em 1943 e continuou a sua luta cá fora, mas acabou por ser executado no seu próprio país em 1947, pelo governo russo, acusado de traição.
Aprendi muito com este livro, sobretudo que mesmo nas condições mais adversas há pessoas com vontade e energia de pelo menos tentarem ultrapassá-las. E não fazia ideia de que isso tinha acontecido nos campos de concentração, pelas mãos de homens como Pilecki. Este é o seu relatório.
9 comentários:
Por acaso andava à procura de um livro para ler...acho que acabaste de me dar uma ideia! :)
Por acaso andava à procura de um livro para ler...acho que acabaste de me dar uma ideia! :)
Não te vais arrepender e, sobretudo, vais aprender! :)
Tropecei nesta história há uns meses quando fui investigar o que eram umas placas que encontrava à frente de algumas casas em Gouda
http://www.osexoeaidade.com/2013/08/para-nunca-esquecer.html
é nascondições mais adversas que se revela a massa de que somos feitos (ensaio sobre a cegueira, por ex).
recomendo-te "a noite" de elie wiesel.
Vou procurar!
Obrigada pela dica de leitura!
Joana
Em 89 fui a Auschwitz...
Terrivel :-(
Vou querer ler este livro.
Também lá estive, em meados dos anos 90. Não há descrição para o que lá se sente...
Enviar um comentário