A primeira coisa que me chamou a atenção neste livro foi a capa, a par com a de outros recentes da mesma coleção. A segunda, ter sido escrito por um dos precursores da literatura policial. A terceira, não ler um policial puro há muito tempo (acho que não os lia desde que devorei as Agatha Christie dos meus pais).
Neste livro há crimes, muitos crimes, cometidos a um ritmo a que quase escapamos. Crimes com armas brancas, com armas de fogo, com explosivos. Há suspeitos, muitos também, que vão mudando no decorrer da história. Há um detetive (de que nunca sabemos o nome) que escapa sempre a tudo. E há uma jovem rapariga em redor de quem tudo se passa, uma daquelas heróinas românticas viciada em morfina que acredita estar amaldiçoada e cuja simples existência parece ameaçar a vida de todos os que a rodeiam.
O que senti: alguma confusão no meio de tantas personagens (pareceram-me dezenas...) que se movem em espaços muito distintos e alguma dificuldade em acompanhar as deduções do detetive, pois é preciso estar com atenção e voltar algumas vezes atrás para relembrar do quê e de quem é que está a falar.
Se gostei? Sim, tendo em conta que foi publicado pela primeira vez em
1929 e que, portanto, muitos artifícios a que estamos hoje habituados
ainda não se usavam. Se recomendo? Também, acho que vale a pena ler um
clássico que acabou por estar na origem de tantos outros do mesmo
género.
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