28 de agosto de 2014

A imigração na Suécia (e como a descobri também através dos livros)

Quando cheguei a Estocolmo, uma das coisas que mais me impressionou e surpreendeu foi a quantidade de imigrantes pelas ruas, aparentemente sem trabalho dado as horas a que circulavam. Sobretudo homens jovens, oriundos do Iraque, Somália, Roménia... Mas também algumas mulheres, sobretudo mais velhas e de etnia cigana que pedem em cada rua.

E foi aí que liguei alguns pontos que tinha guardado na memória devido a livros que li:

1. Nos recentes livros dos suecos Erik Axl Sund (A rapariga-corvo e Fome de fogo, faltando ainda sair o último da trilogia), tudo começa com o assassínio ritualístico de rapazes sem família oriundos da Serra Leoa e sem uma família que os proteja ou que dê pela sua falta. E o tema nunca larga os livros.

2. No livro de Henning Mankell Faceless killers, escrito em 1990, o problema já existia, descrevendo-se campos de refugiados onde viviam imigrantes que não eram aceites em mais lado algum.

3. Stieg Larsson, autor da trilogia Millenium, era um acérrimo defensor dos direitos dos imigrantes na Suécia, aparecendo em tudo o que eram manifestações xenófobas e exercendo o seu contrapoder na revista em que escrevia, a Expo. Depois da sua morte, foi criada a Fundação Stieg Larsson, que continua a sua luta e todos os anos atribui um prémio a ativistas dos direitos humanos.


Ligados os pontos, pesquisei um pouco e apercebi-me de que este é de facto um fenómeno sueco onde, neste momento, cerca de 15 por cento da população é imigrante. Se isto nos revela uma sociedade aberta, em excesso pode também transformá-la numa sociedade perigosa, assim os imigrantes comecem a fazer mossa aos nativos.

8 comentários:

CAP CRÉUS disse...

Penso que seja uma bomba relógio. Lá, cá e em qualquer outra cidade onde isso seja lugar comum.
É dar tempo, que se eles quiserem partem isto tudo.

ana chagas disse...


Olá Vespinha :)

Pano para mangas este tema!

Há um enorme esforço da minha parte em evoluir a cada dia que passa, em tentar suplantar o negativo pelo positivo. Mas devo ser acima de tudo honesta, imperfeita mas honesta!

Não gosto de todas as pessoas, gosto de algumas pessoas. Não gosto de todos os "migrantes", gosto de alguns. A diferença entre gostar e não gostar reside na minha percepção sobre as suas atitudes e valores. Como diz o ditado " seja bem vindo quem vier por bem". Os outros... ora, pano para mangas!

ana chagas disse...


Olá Vespinha :)

Pano para mangas este tema!

Há um enorme esforço da minha parte em evoluir a cada dia que passa, em tentar suplantar o negativo pelo positivo. Mas devo ser acima de tudo honesta, imperfeita mas honesta!

Não gosto de todas as pessoas, gosto de algumas pessoas. Não gosto de todos os "migrantes", gosto de alguns. A diferença entre gostar e não gostar reside na minha percepção sobre as suas atitudes e valores. Como diz o ditado " seja bem vindo quem vier por bem". Os outros... ora, pano para mangas!

Vespinha disse...

Foi das coisas que mais me surpreendeu na cidade... Senti-me mais segura em Berlim do que em Estocolmo!

Teresa disse...

Agora fiquei "pasma" a ler isto! Em Estocolmo?? Tive uma colega que a filha casou com um sueco, vive em Gotemburgo e sempre falou maravilhas! Aliás s essa ideia alarga-se aos restantes Países Nórdicos!!

Vespinha disse...

Pois olha que é bem verdade. Não apenas pelo que vi, mas pelo que ouvi e pelo que li...

GATA disse...

Eu partilho as ideias do CAP CRÉUS e da ANA CHAGAS e acrescento que não gosto nada do rumo que o mundo actual - e falo de Portugal porque é onde eu vivo - está a seguir...

Não me agrada a 'destruição' da sociedade em parte provocada por imigrantes e filhos de imigrantes que não gostam de Portugal nem dos portugueses e quem têm um ódio latente ao país e às pessoas. A esses mandava-os de volta para o seu país! E os filhos, que nunca viram a terra dos país mas acham que é o 'paraíso na terra', eram os primeiros!!!

Enfim... tema complexo...

Vespinha disse...

Sim, é um tema bem complicado, porque a verdade é que não sou de todo xenófoba, mas consigo vislumbrar perfeitamente os problemas que o excesso de imigrantes podem gerar...