14 de janeiro de 2015

Machu Picchu, de Tony Bellotto

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Tony Bellotto é compositor e guitarrista da banda brasileira Titãs, e talvez por isso bem conhecedor da face mais bizarra da vida no Rio de Janeiro (e que acaba por ser comum a grande parte das grandes cidades).

Num dia de calor infernal, o Rio para num brutal engarrafamento. Zé Roberto e Chica fazem nesse dia 18 anos de casados e, ela no seu carro e ele num táxi, em pontos diferentes da cidade, fazem uma retrospetiva do que tem sido a sua vida em comum e daquilo que querem fazer dela.

A narração é feita invariavelmente na primeira e na terceira pessoa, o que se torna um desafio. Mas não nos impede de querer saber mais e mais. Porque é que Zé Roberto se envolveu numa relação virtual com uma rapariga uns 20 anos mais nova. Porque é que Chica se envolveu com um colega de trabalho. Porque é que vivem com o filho comum de ambos, com a filha de um anterior casamento dele e com uma irmã desta.

Ao fim do dia, quando se juntam em casa, tudo se mistura, as personagens são imensas, os choques bastantes, as revelações um engano. O retrato de algumas famílias que infelizmente (ou não) se tornam cada vez mais comuns.

Nota: Não posso deixar de elogiar a fantástica capa. Por outro lado, tenho de criticar a péssima revisão da edição portuguesa.

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