Há uns dois anos, a propósito das comemorações do 10 de Junho, ouvi falar pela primeira vez de Sampaio da Nóvoa. Li alguns dos seus pensamentos e concluí precisamente o que penso hoje: que pode ser um bom representante do país, pela vertente humanista que transpira.
Hoje republico na íntegra o que tinha saído aqui no blogue em setembro de 2013:
Doutorado em Ciências da Educação e em História, Sampaio da Nóvoa é mais
 conhecido por ter sido reitor da Universidade de Lisboa e por ter sido 
um dos mentores da fusão desta instituição com a Universidade Técnica. 
Mas nos últimos tempos tem-se dedicado a refletir e a pronunciar-se 
sobre o estado do país.
Sampaio da Nóvoa, que raramente faz um discurso sem citar poetas de 
língua portuguesa, começa a perfilar-se como um independente de esquerda
 com grande potencial para um cargo presidencial.
A avaliar pelo que tenho ouvido dele, e pelo apanhado abaixo feito pelo 
jornal i, tem precisamente o perfil que prezo num político: o respeito 
pelo ser humano, pelo cidadão, pelos seus direitos e deveres
Os seus 
discursos davam para fazer um programa eleitoral. O i foi perceber o que
 pensa o reitor sobre os principais problemas do país
Austeridade
“Hoje
 sabemos de ciência certa que a austeridade não é alternativa. O país 
empobrece, a recessão é cada vez mais profunda”, afirmou, na Aula Magna.
 Sampaio da Nóvoa defende que existem alternativas ao caminho da 
austeridade, mas isso não dispensa o rigor orçamental.    
Educação
É
 um defensor da escola pública e de uma aposta forte nas universidades e
 no conhecimento como saída para a crise. “O futuro está na valorização 
do conhecimento, está numa sociedade que se organiza com base no 
conhecimento”, defende.    
Desemprego
Defende
 que “o desemprego jovem é a morte a prazo de uma sociedade”. “Se me 
pusessem nas mãos parte considerável dos fundos comunitários e me 
deixassem trabalhar com as empresas, com as universidades e com a 
administração local resolvia o problema em três anos”, disse ao 
“Expresso”. 
   
Cidadania
Defende
 que o “revigoramento” da democracia passa pelo reforço dos movimentos 
sociais. Uma resposta para as “muitas pessoas que têm vontade de 
intervir”.
Estado Social
É um defensor
 de um Estado Social forte e um crítico dos cortes do governo nas áreas 
sociais. “Nestes dois anos não houve qualquer medida de fundo, qualquer 
mudança de futuro para Portugal, a não ser a obsessão pelo Estado 
Social.”
Partidos Políticos
Defende
 que os partidos têm de se renovar. “É preciso renovar a política nos 
partidos e na sociedade (...) combatendo a promiscuidade entre a 
política e os negócios.”
Pobreza
Em
 quase todas as intervenções fala dos mais desprotegidos. Foi para os 
que vivem “situações de pobreza” que dirigiu as “primeiras palavras” no 
discurso das comemorações do 10 de Junho. “É neles que penso neste 10 de
 Junho. A regra de ouro de qualquer contrato social é a defesa dos mais 
desprotegidos.”
 

4 comentários:
Achas que tem chances?
Já nem sei que pensar.
Não quero o Marcelo.
O Rio devia ir para outra função.
Os outros nem vale a pena falar.
Tem de se tornar conhecido das pessoas, é isso que lhe falta. Porque acho que em certos meios já é desejado há muito tempo. Agora como se faz isso, não sei...
Mas queria um presidente honesto, reto, humano. Não queria um fantoche como o que temos nem um espalha-brasas como aquele que podemos ter (MRS).
Sim, estou como tu! Quero um tipo activo e que se coloque do nosso lado e não do lado dos amigos e compadres.
É uma excelente ideia para o nosso país.
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