30 de abril de 2015

Eu gosto de Sampaio da Nóvoa, e eis porquê

Há uns dois anos, a propósito das comemorações do 10 de Junho, ouvi falar pela primeira vez de Sampaio da Nóvoa. Li alguns dos seus pensamentos e concluí precisamente o que penso hoje: que pode ser um bom representante do país, pela vertente humanista que transpira.

Hoje republico na íntegra o que tinha saído aqui no blogue em setembro de 2013:


Doutorado em Ciências da Educação e em História, Sampaio da Nóvoa é mais conhecido por ter sido reitor da Universidade de Lisboa e por ter sido um dos mentores da fusão desta instituição com a Universidade Técnica. Mas nos últimos tempos tem-se dedicado a refletir e a pronunciar-se sobre o estado do país.

Sampaio da Nóvoa, que raramente faz um discurso sem citar poetas de língua portuguesa, começa a perfilar-se como um independente de esquerda com grande potencial para um cargo presidencial.

A avaliar pelo que tenho ouvido dele, e pelo apanhado abaixo feito pelo jornal i, tem precisamente o perfil que prezo num político: o respeito pelo ser humano, pelo cidadão, pelos seus direitos e deveres

Os seus discursos davam para fazer um programa eleitoral. O i foi perceber o que pensa o reitor sobre os principais problemas do país

Austeridade
“Hoje sabemos de ciência certa que a austeridade não é alternativa. O país empobrece, a recessão é cada vez mais profunda”, afirmou, na Aula Magna. Sampaio da Nóvoa defende que existem alternativas ao caminho da austeridade, mas isso não dispensa o rigor orçamental.    


Educação
É um defensor da escola pública e de uma aposta forte nas universidades e no conhecimento como saída para a crise. “O futuro está na valorização do conhecimento, está numa sociedade que se organiza com base no conhecimento”, defende.    


Desemprego
Defende que “o desemprego jovem é a morte a prazo de uma sociedade”. “Se me pusessem nas mãos parte considerável dos fundos comunitários e me deixassem trabalhar com as empresas, com as universidades e com a administração local resolvia o problema em três anos”, disse ao “Expresso”. 

   
Cidadania
Defende que o “revigoramento” da democracia passa pelo reforço dos movimentos sociais. Uma resposta para as “muitas pessoas que têm vontade de intervir”.


Estado Social
É um defensor de um Estado Social forte e um crítico dos cortes do governo nas áreas sociais. “Nestes dois anos não houve qualquer medida de fundo, qualquer mudança de futuro para Portugal, a não ser a obsessão pelo Estado Social.”

Partidos Políticos
Defende que os partidos têm de se renovar. “É preciso renovar a política nos partidos e na sociedade (...) combatendo a promiscuidade entre a política e os negócios.”


Pobreza
Em quase todas as intervenções fala dos mais desprotegidos. Foi para os que vivem “situações de pobreza” que dirigiu as “primeiras palavras” no discurso das comemorações do 10 de Junho. “É neles que penso neste 10 de Junho. A regra de ouro de qualquer contrato social é a defesa dos mais desprotegidos.”

4 comentários:

CAP CRÉUS disse...

Achas que tem chances?
Já nem sei que pensar.
Não quero o Marcelo.
O Rio devia ir para outra função.
Os outros nem vale a pena falar.

Vespinha disse...

Tem de se tornar conhecido das pessoas, é isso que lhe falta. Porque acho que em certos meios já é desejado há muito tempo. Agora como se faz isso, não sei...

Mas queria um presidente honesto, reto, humano. Não queria um fantoche como o que temos nem um espalha-brasas como aquele que podemos ter (MRS).

CAP CRÉUS disse...

Sim, estou como tu! Quero um tipo activo e que se coloque do nosso lado e não do lado dos amigos e compadres.

Unknown disse...

É uma excelente ideia para o nosso país.