20 de abril de 2015

Morte à vista


Ontem foram cerca de 700, durante a passada semana falou-se em outros 400. Todos afogados no Mediterrâneo, enquanto tentavam chegar à ilha italiana de Lampedusa, fugindo dos seus países no Médio Oriente, no Norte de África e na África Subsariana. Procuravam escapar aos conflitos na Síria e na Líbia, ou a coisas ainda mais prosaicas como a seca e a fome.

A Europa não os pode acolher a todos. Mas também não os pode deixar morrer em embarcações em que são transportados por centenas de quilómetros como mercadorias, investindo todas as suas economias no que seria a viagem da sua vida mas que muitas vezes se transforma na viagem da sua morte. O que poderá o mundo fazer por eles?

3 comentários:

CAP CRÉUS disse...

Terrível!
Assustador.
Penso tanto nas crianças...:-(
Os "burrucratas" nada fazem!

João X disse...

Cara Vespa,

O que o mundo pode fazer por eles é simples.

Primeiro e antes de mais tem de acolher estas pessoas. Acolher e depois redistribuir por outros países. Não é difícil e tudo depende apenas da boa vontade das nações. Vetá-los à morte ou deportá-los de imediato é que é impensável.

Segundo - Temos de parar de semear o caos noutros países, nomeadamente no Médio Oriente. Antes das revoluções na Líbia e na Síria não haviam refugiados no mesmo nível que há agora. Quando espalhamos guerra a mesma tem consequências e nós, europeus, temos mais uma vez o nosso mundo perfeito invadido por uma realidade desagradável, acerca da qual a primeira coisa que sabemos fazer é culpar os traficantes e dizer que não os podemos acolher a todos.

Terceiro - Assumirmos as nossas responsabilidades com África e com a forma como subdesenvolvemos essa região do mundo através de centenas de anos de colonialismo e exploração. Depois de assumirmos tratar esses países como nossos iguais e ajudá-los em vez de os vetarmos a uma pobreza extrema sem horizonte de saída.

São três pontos extremamente fáceis de atingir.

Vespinha disse...

Tomara que todos pensássemos assim!