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Por isso tento sempre pôr-me no lugar de um alemão a viver na época. Teria conseguido rebelar-me? Ou teria colaborado numa tentativa de me proteger e aos meus? Nunca o saberei. Este livro interessou-me logo desde a sua introdução, sobre um artigo de Hannah Arendt:
... qualquer cidadão colocado perante determinadas circunstâncias pode praticar atos repreensíveis, brutais até. É o resultado de um fenómeno que Arendt chamou de «banalização do mal», que retira ao homem a sua capacidade de reflexão e de julgamento moral, criando nele e convicção de que tudo é permitido. Mas pode acrescentar-se que o contrário também é verdade: qualquer cidadão comum, perante determinadas circunstâncias, é capaz de atos de uma natureza extraordinária.
Em O bom alemão, Nicole e Fritz conhecem-se nos anos 60 e acabam por se apaixonar e mesmo casar. O passado de Fritz é aparentemente «limpo», mas a dúvida acaba por se instalar na cabeça de Nicole. Seria ele mesmo um bom alemão, o ser humano reto que a recolheu e que dela cuidou durante uma tarde de tumultos em Paris? Ou teria um passado mais obscuro?
Um livro que, apesar de por vezes exagerar no pormenor de algumas das descrições que faz de Portugal (afinal, julgo que será lido sobretudo por portugueses que conhecem os mínimos da História), nos mostra como os nossos juízos mudam as nossas vidas.
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